quinta-feira, 11 de junho de 2015

Violeta-Africana

https://ervasnaturais.files.wordpress.com/2011/04/foto-violeta-africana-01.jpg
NOME CIENTÍFICO: Viola odorata L. 

FAMÍLIA BOTÂNICA: Violaceae.

SINONÍMIA
Amor-perfeito, viola, viola-roxa, violeta, violeta-comum, violeta-de-cheiro, violeta-européia, violeta-roxa,  violeta-perfumada.

HABITAT
Espécie alóctone, originária da Europa, Ásia Ocidental e África, crescendo em prados, relvados, charnecas e bosques abertos. É encontrada até 1.000 de altitude (383).

FITOLOGIA
Planta herbácea ou vivaz, polimorfa, acaule, pubescente. Cresce 10-20cm de altura. Rizoma espesso, vivazes, com estolões alongados, radicantes e floríferos. Raízes nodosas, ramosas, esbranquiçadas, munida de numerosas radicelas fibrosas. As folhas são dispostas em roseta, partindo de uma cepa. As folhas são radicais, verde-escuras, ovais-cordiformes ou reniformes, longipecioladas, obtusas, crenuladas, as dos estolões do ano anterior reniformes. As flores surgem na extremidade de pedúnculos que partem também da cepa e apresentam um perfume muito suave. Apresentam cor violácea intensa e são suavemente aromáticas. Pedúnculos glabros, recurvados na parte superior, os frutíferos deitados. As sépalas são ovais-obtusas. Estigma em gancho agudo. Cálice e corola com 5 sépalas e pétalas, respectivamente. Cápsula subglobosa, violácea, unilocular, polisperma, pubescente.

CLIMA
A planta prefere regiões de clima temperado a subtropical. Cresce melhor à meia-sombra e aprecia o frio.

SOLO
Prefere solos bem drenados, ricos em húmus e úmidos.

AGROLOGIA
  • Espaçamento : 0,3 x 0,2m.
  • Propagação: divisão de touceiras ou por estolões já enraizados, após o florescimento.
  • Plantio: outono e primavera.
  • Adubação: 3 a 4kg/m2 de composto orgânico ou húmus de minhoca, associados a 100g de fosfato natural. Pode ser feita uma adubação em cobertura com nitrato de cálcio, na quantidade de 5g/planta, 30 a 40 dias após o transplante.
  • Mulching: utilizar, palha, casca de arroz ou plástico preto sobre o solo, em torno da planta.
  • Florescimento: inverno-primavera.
  • Colheita: inicia 4 a 5 meses após o plantio.

PARTES UTILIZADAS
Pétalas da flor, folhas, raízes e sementes.

FITOQUÍMICA
Ácido salicílico, violina, (283), ácido tânico (257),  salicilato de metila, saponosídeo, vitamina C, e mucilagem (294).

PROPRIEDADES ETNOTERAPÊUTICAS
Béquica e sudoríficas (flores),  purgativa (as raízes), peitoral (257),  emoliente, diaforética (32), emética (raiz e folhas) (93), depurativa (303), antigripal (435), calmante, laxativa (283), expectorante, antiespasmódica, cicatrizante,  sedativa e diurética. As flores são anticancerígenas (271).

INDICAÇÕES
Também utilizada para a bronquite, resfriado, defluxos (283), sarampo, coqueluche, inflamações da garganta (257) e do ovário, afecções cutâneas  (303), escoriações, inflamações da boca e das gengivas, pele irritada (294), afecções dos olhos e intoxicações. As raízes são utilizadas para as cólicas menstruais (303).

FORMAS DE USO
  • Infusão: 10g de flores ou 20g de folhas em 1 litro de água. Tomar 3 xícaras ao dia (32). O infuso pode ser utilizado em compressas para escoriações.
  • Máscara: ferver durante 10 minutos 2 colheres da de sopa de folhas e 4 colheres das de chá de flor em ½ litro de água. Coar e misturar, ainda quente, com amido de arroz até obter uma pasta macia. Acrescentar 1 colher das de chá de glicerina, mistura bem e aplicar sobre a pele irritada.
  • Decocção: ferver por 10 minutos 1 colher das de sopa de raiz em ¼ de litro de água. Coar e beber aos goles. Atua como vomitiva (294).

TOXICOLOGIA
Altas doses do rizoma e sementes causam severas gastroenterites, nervosismo e depressão circulatória e respiratória.

OUTRAS PROPRIEDADES
  • As folhas são cristalizáveis para o preparo de doces.
  • A essência serve para perfumar doces, caramelos e bolos.
  • Também utilizada em perfumarias e indústria de cosméticos.
  • É planta ornamental.
  • As flores conferem sabor delicado às saladas, quando misturadas ao leite de cabra (257).