
NOME CIENTÍFICO: Viola odorata L.

FAMÍLIA BOTÂNICA: Violaceae.
SINONÍMIA
Amor-perfeito, viola, viola-roxa, violeta, violeta-comum, violeta-de-cheiro, violeta-européia, violeta-roxa, violeta-perfumada.
HABITAT
Espécie alóctone, originária da Europa, Ásia Ocidental e África, crescendo em prados, relvados, charnecas e bosques abertos. É encontrada até 1.000 de altitude (383).
FITOLOGIA
Planta herbácea ou vivaz, polimorfa, acaule, pubescente. Cresce 10-20cm de altura. Rizoma espesso, vivazes, com estolões alongados, radicantes e floríferos. Raízes nodosas, ramosas, esbranquiçadas, munida de numerosas radicelas fibrosas. As folhas são dispostas em roseta, partindo de uma cepa. As folhas são radicais, verde-escuras, ovais-cordiformes ou reniformes, longipecioladas, obtusas, crenuladas, as dos estolões do ano anterior reniformes. As flores surgem na extremidade de pedúnculos que partem também da cepa e apresentam um perfume muito suave. Apresentam cor violácea intensa e são suavemente aromáticas. Pedúnculos glabros, recurvados na parte superior, os frutíferos deitados. As sépalas são ovais-obtusas. Estigma em gancho agudo. Cálice e corola com 5 sépalas e pétalas, respectivamente. Cápsula subglobosa, violácea, unilocular, polisperma, pubescente.
CLIMA
A planta prefere regiões de clima temperado a subtropical. Cresce melhor à meia-sombra e aprecia o frio.
SOLO
Prefere solos bem drenados, ricos em húmus e úmidos.
AGROLOGIA
- Espaçamento : 0,3 x 0,2m.
- Propagação: divisão de touceiras ou por estolões já enraizados, após o florescimento.
- Plantio: outono e primavera.
- Adubação: 3 a 4kg/m2 de composto orgânico ou húmus de minhoca, associados a 100g de fosfato natural. Pode ser feita uma adubação em cobertura com nitrato de cálcio, na quantidade de 5g/planta, 30 a 40 dias após o transplante.
- Mulching: utilizar, palha, casca de arroz ou plástico preto sobre o solo, em torno da planta.
- Florescimento: inverno-primavera.
- Colheita: inicia 4 a 5 meses após o plantio.
PARTES UTILIZADAS
Pétalas da flor, folhas, raízes e sementes.
FITOQUÍMICA
Ácido salicílico, violina, (283), ácido tânico (257), salicilato de metila, saponosídeo, vitamina C, e mucilagem (294).
PROPRIEDADES ETNOTERAPÊUTICAS
Béquica e sudoríficas (flores), purgativa (as raízes), peitoral (257), emoliente, diaforética (32), emética (raiz e folhas) (93), depurativa (303), antigripal (435), calmante, laxativa (283), expectorante, antiespasmódica, cicatrizante, sedativa e diurética. As flores são anticancerígenas (271).
INDICAÇÕES
Também utilizada para a bronquite, resfriado, defluxos (283), sarampo, coqueluche, inflamações da garganta (257) e do ovário, afecções cutâneas (303), escoriações, inflamações da boca e das gengivas, pele irritada (294), afecções dos olhos e intoxicações. As raízes são utilizadas para as cólicas menstruais (303).
FORMAS DE USO
- Infusão: 10g de flores ou 20g de folhas em 1 litro de água. Tomar 3 xícaras ao dia (32). O infuso pode ser utilizado em compressas para escoriações.
- Máscara: ferver durante 10 minutos 2 colheres da de sopa de folhas e 4 colheres das de chá de flor em ½ litro de água. Coar e misturar, ainda quente, com amido de arroz até obter uma pasta macia. Acrescentar 1 colher das de chá de glicerina, mistura bem e aplicar sobre a pele irritada.
- Decocção: ferver por 10 minutos 1 colher das de sopa de raiz em ¼ de litro de água. Coar e beber aos goles. Atua como vomitiva (294).
TOXICOLOGIA
Altas doses do rizoma e sementes causam severas gastroenterites, nervosismo e depressão circulatória e respiratória.
OUTRAS PROPRIEDADES
- As folhas são cristalizáveis para o preparo de doces.
- A essência serve para perfumar doces, caramelos e bolos.
- Também utilizada em perfumarias e indústria de cosméticos.
- É planta ornamental.
- As flores conferem sabor delicado às saladas, quando misturadas ao leite de cabra (257).