sexta-feira, 29 de junho de 2018

Castanheiro-da-Índia – (Aesculus hippocastanum),


aesculus_hippocastanum
O castanheiro da índia é uma árvore robusta, frondosa, que pode atingir os 40 m de altura.
de flores brancas, hermafroditas, zigomorfas (com pétalas simétricas), dispostas em grandes paniculas terminais, eretas, cônicas e de pedúnculos curtos.
flores de aesculus
Os frutos são cobertos de pêlos mais ou menos espinhosos, com uma só semente arredondada, ou com 2 ou 3 achatadas, e tais sementes são semelhantes às vulgares castanhas, daí serem conhecidas por “Castanhas-da-Índia”, ou, popularmente, em certas regiões, por “Castanhas-de-burro”.
É uma árvore cultivada como ornamental e floresce na primavera. A madeira do castanheiro é utilizada no fabrico de caixas, utensílios de cozinha, bengalas, etc.
Existem mais de 25 espécies na família das hipocastanáceas (Aesculus), a maioria na América do Norte, ocorrendo algumas no Sul da Europa, no Himalaia, na China e no Japão. Propagam-se facilmente, por isso existem também inúmeros híbridos espontâneos.
O Castanheiro-da-Índia prefere os solos ricos e úmidos. A madeira, macia e leve, deteriora-se facilmente. Assim, não é recomendada para estruturas exteriores, sendo utilizada no fabrico de mobiliário interior, instrumentos musicais, em tornearia, embutidos e na fabricação de caixas. É também excelente para utensílios de cozinha, visto não ter gosto nem cheiro.
Além do Aesculus hippocastanum, de flores brancas, existe o híbrido Aesculus x carnea, de flores cor-de-rosa.

Marlieria ou Pindaíba – (Marlierea tomentosa)


marlierea tomentosa01
Árvore de médio porte, 12 a 18 metros, tronco reto e copa piramidal. Folhas simples, 15 cm, face superior lisa, face inferior com nervuras marcadas, de cor mais clara ou mesmo avermelhada.
Floração branca em cachos. Frutos em cachos, redondos ou alongados, 1,5 cm, preto e macio quando maduro, com uma única semente de 1 cm envolta em polpa branca adocicada. Germinação fácil, desenvolvimento lento.
Usos: Os frutos são muito procurados por pássaros e crianças. Planta muito atraente quando utilizada como ornamental, devido à beleza de sua folhagem e, principalmente, por sua floração abundante, alva e muito perfumada. Não deve faltar em reflorestamentos ou em parques de Mata Atlântica. Pode ser cultivada em vasos grandes.
Cultivo: Aprecia solos bem drenados e férteis, mantidos bem irrigados. Pode ser cultivada a sol pleno, ou ainda à meia-sombra.
Origem: Floresta Atlântica e restingas litorâneas na Região Sudeste, desde o Minas Gerais até o Rio Grande do Sul.
Família: Myrtaceae.
Observações: A casca do tronco é tida como medicinal, utilizada no tratamento de disfunções estomacais.

Moringa Oleífera


Moringa_oleifera01 (Small)
A Moringa oleifera pertence à família Moringaceae, que é composta apenas de um gênero (Moringa) e quatorze espécies conhecidas. Nativa do Norte da Índia, cresce atualmente em vários países dos trópicos. É um arbusto ou árvore de pequeno porte, de crescimento rápido, que alcança 12m. de altura. Possui uma copa aberta, em forma de sombrinha e usualmente um único tronco
Foi trazida para a América como uma planta ornamental (devido às suas delicadas e perfumadas flores) que atualmente pode ser encontrada na África, Ásia e América, enfim, em regiões tropicais. É uma árvore de cultivo relativamente fácil, que se destaca por produzir sementes com as quais pode ser obtida uma suspensão capaz de clarificar águas turvas pela ação coagulante; este processo é responsável não apenas pela remoção de partículas causadoras de turbidez como também pela atuação em algumas bactérias presentes na água.
A espécie Moringa oleifera, é considerada por botânicos e biólogos, um milagre da natureza. Uma esperança para o combate da fome no mundo. Rica em vitaminas e sais minerais, ela tem:
a) Sete vezes mais vitamina C que a laranja;
b) Quatro vezes mais cálcio que o leite;
c) Quatro vezes mais vitamina A que a cenoura;
d) Três vezes mais potássio que a banana;
e) Duas vezes mais proteína que o leite (cerca de 27% de proteína, equivalente à carne do boi);
e) Mais ferro que o espinafre;
f) Vitaminas presentes: A, B (tiamina, riboflavina, niacina), C, E, e beta caroteno.
g) Minerais presentes: Fósforo, Ferro, Selênio e Zinco.
Da Moringa Oleifera se utiliza:
Sementes
 – De sua semente se extrai um óleo similar em qualidade ao azeite de oliva. Por ser a única planta conhecida que floresce todo o ano, é, também, considerada melífera, própria para a criação de abelhas. Seu mel é considerado medicinal e alcança elevado valor no mercado europeu. Pela produção intensiva de flores e sementes, estudos recentes recomendam seu plantio para extração de biodiesel de suas sementes.
As sementes verdes podem ser cozidas, iguala feijão branco, soja, etc., e servidas na forma de salada.
Folhas – Suas folhas e flores são comestíveis, para humanos e animais. Vem sendo utilizadas para alimentação de ovinos, caprinos, galinhas caipiras, coelhos e vacas leiteiras.
Flores – Das flores se faz um prato apreciado na Indonésia e Timor Leste, chamado makansufa, As flores são fritas em óleo de coco, e imersas em leite de coco, sendo comidas com arroz ou milho. As folhas e flores podem, também, ser consumidas em vitaminas ou sucos com outros legumes, como beterraba, cenoura, ou frutas como a laranja, maçã, melão, mamão, caju, abacaxi. etc.
Moringa OleiferaFlores da Moringa Oleífera
As flores também poderão ser utilizadas em um chá medicinal, recomendado para resfriados, de uso popular em vários países. O suco das flores ou folhas, pode compor caldos ou molhos, na sua forma natural para preservar vitaminas e sais minerais. É excelente no tratamento para redução de peso, e por ser rica em nutrientes, facilita uma reeducação alimentar sem agressão ao corpo e ao metabolismo.
As suas flores são muito utilizadas para alimentação de abelhas tipo Europa (Apis) ou as nativas sem ferrão. Produzem muito néctar para a alimentação das abelhas, florescendo o ano todo.De suas folhas, flores ou sementes, se pode extrair um produto, utilizado como decantador no tratamento de água para consumo humano, similar aos produtos aos químicos utilizados pelas companhias de tratamento de água.  As folhas maceradas em poças de água barrenta provocam rápida limpeza. Se não estiver contaminada, fica própria para o consumo. No Nordeste brasileiro esta planta já está sendo utilizada para este fim.
Vagens – As vagens novas podem ser cozidas, iguala aspargos ou vagens de feijão. E bastante utilizada desta forma no Haiti.
Cascas – De suas cascas se faz artesanato, pois são muito maleáveis e proprias para moldar e fazer cestos, trançados, etc.. Pode ser processada para extrair uma fibra, para produzir tapetes. Sua seiva tem gosto adocicado.  A casca e a resina, tem tanino, que é utiulizado para o curtimento de couros para a fabricação de calçados, bolsas, vestuário, etc.
Batatas - Pode-se plantá-la em canteiros, como uma hortaliça, e quando a planta atinge cerca de 30 centímetros, arranca-se o pé e se extrai uma batata para consumo alimentar. O sabor se assemelha ao rabanete. A seiva e a batata, tem todas as vitaminas da plantas em concentração. Essa batata pode ser comida em saladas ou refogados. Ou mesmo em sucos de frutas ou legumes. Após esse período de 30 dias a batata desaparece e transforma-se na raiz da planta.
Ornamental – Em muitos países se planta a Moringa como ornamental pois ela produz flores o ano inteiro, sendo a única planta conhecida com essa capacidade.
Celulose – Sua madeira é mole, mas é excelente para produzir celulose para fabricação de papel.
Como aumentar o potencial de folhas e folhas da planta
Como as terras do Brasil são, em geral, muito férteis, a tendência da planta é crescer muito rapidamente e produzir um tronco alto. Para aumentar o potencial de folhas e flores, pode-se utilizar a seguinte estratégia:
  • Quando a planta atingir 80 cm, quebre o ponteiro, para ela soltar novos brotos;
  • Deixe os novos brotos crescerem mais uns 50 cm e quebre as pontas de todos eles;
  • Quando os novos brotos atingirem outros 50 cm, quebre as pontas destes tambem;
Este procedimento irá ajudar a planta a formar uma copa mais ampla. Posteriormente, poderão ser tomados alguns cuidados, como cortar as pontas mais altas para a planta permanecer numa altura mais baixa e desenvolver galhos laterais, o que aumenta o potencial e produção de folhas e flores, que são os principais objetivos.

Breu Branco – (Protium pallidum )


Protium_pallidum
O breu branco, é uma árvore é uma árvore pequena, de aproximadamente 10m de altura e com a espessura de 50-60 cm de diâmetro na base, seu tronco é fino, se comparado a grandes árvores da floresta. Habita matas de terra firme, em solo argiloso. Geralmente é encontrada nas margens do rio Jarí na Amazônia.
Sua resina macia, de odor natural agradável e fresco, produzido tem vários usos na cultura local, o principal é como defumador e incenso em rituais religiosos. É usado, também, como combustor para o fogo e como ingrediente para a calafetação de canoas. A coleta dos frutos é feita na Amazônia, no nordeste do Pará. Ao encontrá-lo no tronco, vê-se o reflexo claro da resina recém exsudada, semelhante a uma pedra bruta incrustada na madeira, que exala seu perfume fresco e envolvente quando tocado.
Para retirar o breu-branco do tronco da árvore, o mateiro passa o facão sob a base da crosta até retirá-lo. Quando não é extraído, a seiva vai “amadurecendo” e se solidificando até cair no chão para depois surgir novamente em seu tronco. Ainda incrustado na árvore, basta tocar o breu-branco para que o cheiro se solte.
Ao sofrer uma agressão, como uma picada de inseto, o Breu Branco libera uma seiva branca e brilhante como forma de defesa. A resina que sai pelos poros, a princípio lembra um mineral, com o tempo se solidifica e escurece. O breu-branco é quebradiço e inflamável, ao queimar libera um cheiro muito agradável.
Atualmente a indústria de cosméticos e perfumaria têm usado a fragrância do breu-branco como essência para a produção de perfumes, óleos e hidratantes.

Bétula – (Corylus avellana)


betula
Bétula é o nome de um gênero de árvores da família Betulaceae, (próxima dos carvalhos, Fagaceae), à qual pertence também a aveleira, Corylus avellana . As bétulas são  arbustos ou árvores pequenas ou de tamanho médio, características de climas temperados do hemisfério norte. Têm folhas alternas, simples que podem ser dentadas ou lobadas. O fruto é uma pequena tâmara, embora possam estar reduzidas em algumas espécies.
Cor e Variedade
As bétulas seja quais forem as suas dimensões, são elegantes e decorativas.
Existem bétulas de várias dimensões, são elegantes e decorativas. Especialmente as de casca branca.
As bétulas são decorativas em todas as estações, e ficam bem em qualquer lugar. Sozinhas ou em grupos de três, produzem um belo efeito se colocadas num gramado ou entre um grupo de plantas rastejantes sempre verdes.
Os ramos brancos e as folhas amarelas destacam-se sobre um fundo verde de tons escuros. Na natureza, as bétulas crescem em pequenos grupos. É possível recriar esta composição plantando várias árvores sem uma ordem definida. Preferem o terreno húmido, as bétulas são adequadas para locais frescos, como proximas de um lago ou ribeiro.
Plantando a Bétula
Material: 
muda de  Bétula em vaso, pá, forquilha, água e estacas
1 – Cave um buraco três vezes mais largo que o vaso e da mesma altura. Com uma forquilha lavre o terreno extraído.
2 – Retire a bétula do vaso e se as raízes externas estiverem emaranhadas liberte-as delicadamente com as mãos, sem as partir.
3 – Coloque a árvore no buraco de modo que a base fique ao nível do solo. Estique as raízes para os lados.
4 – Encha o buraco e compacte de modo a não deixar bolsas de ar. Regue abundantemente a base da planta.
5 – Sustenha as variedades pendentes colocando duas estacas, de modo que o tronco possa desenvolver-se direito.
Truque para podar Bétulas
Pode as bétulas no Verão quando as folhas estiverem desenvolvidas. Se podar os ramos nus a planta perderá demasiada seiva.

Ylang – Ylang – (Cananga odorata)


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Nome científico: Cananga odorata
Nome popular: Ylang Ylang ou Perfume Tree
Origem: Ilhas Comoro, Malásia, Indonésia e Madagascar
Família: Anonáceas
Suas flores produzem um óleo essencial muito utilizado na fabricação de perfumes famosos no mundo inteiro. Numa composição paisagística, o porte dessa planta e a floração extremamente perfumada podem acrescentar ao local um toque charmoso e peculiar. Estamos falando de uma exótica árvore de origem asiática, chamada “Ylang Ylang” ou Cananga odorata.
“Ylang Ylang”, significa “flor das flores” e o nome identifica muito bem essa árvore tropical que chega a atingir 20 metros de altura. Originária da Ásia tropical, mais precisamente da Malásia, Indonésia e Madagascar, a Cananga odorata pertence à família das Anonáceas.
Trata-se de uma árvore de grande porte e visual peculiar. Nos ramos pendentes, a folhagem macia divide o espaço com grandes cachos de flores caracterizadas pelas pétalas retorcidas e intensamente perfumadas. Essas flores são ricas em um óleo essencial muito usado em perfumaria.
Para ser bem sucedido, seu cultivo exige algumas condições adequadas às árvores tropicais, como clima quente e não sujeito à geadas. A Cananga odorata não é muito exigente quanto ao solo, por ser uma árvore de “madeira mole”, precisa de bastante água.
Seu crescimento é rápido e as primeiras flores aparecem cerca de 2 anos e meio após o plantio, Embora a extração do óleo essencial seja uma atividade que necessita elevado conhecimento técnico, pode se tornar uma alternativa rentável, pois o óleo alcança um bom preço no mercado em razão de sua aplicação em perfumaria e aromaterapia.
As flores da Cananga odorata podem servir de base para a confecção de extratos, sachets e poutporris.
No Brasil, ainda não existe uma produção comercial de Cananga odorata exclusivamente voltada para a extração de óleo essencial. Os óleos essenciais de Ylang Ylang utilizados aqui vêm principalmente de Madagascar. Só para se ter uma idéia, para obter um litro de óleo são necessários de 100 a 150 kg de flores.

Bracatinga rósea – (Mimosa Flocculosa)


Mimosa Flocculosa
Nome Científico: Mimosa Flocculosa
Nome Popular: Bracatinga-rósea, Bracatinga-de-campo-mourão, jurema
Origem: Brasil e Paraguai
Ciclo de Vida: Perene
A bracatinga-rósea é uma arvoreta ramificada de folhas verde-prateadas, nativa do Brasil. As folhas são típicas da família das mimosas, assim como na caliandra e na albizia, elas são compostas, com folíolos pequenos. As inflorescências são terminais e ramificadas, com capítulos de coloração rósea, felpudos devido aos numerosos estames.
A floração da bracatinga ocorre verão e dá origem a frutos do tipo vagem que amadurecem em de julho a outubro. O crescimento é rápido no primeiro ano após plantio, atingindo 2 a 4 m de altura. Pode ser plantada isolada ou em grupos, formando belos contrastes com outras plantas no jardim, devido à coloração de sua folhagem.
Deve ser cultivada a pleno sol, em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica e regas regulares.
Adapta-se melhor a solos úmidos, como planta palustre em lagos e córregos, do que em solos drenados, onde sua sobrevivência é baixa. Tolerante ao frio. Multiplica-se sementes.

Canforeiro – (Cinnamomum Camphora)


Canforeiro
Nome Científico: Cinnamomum Camphora
Nome Popular: Canforeiro. Arvore de Cânforo
Origem: Oriente
Ciclo de Vida: Perene
O canforeiro é uma árvore pertencente à família Lauraceae e ao gênero Cinnamomum, o mesmo da árvore que produz a canela. Esta árvore é nativa de algumas regiões do Extremo Oriente, particularmente do Taiwan, do Japão e da China meridional.
Esta árvore é a origem da cetona conhecida como cânfora, uma substância branca, cristalina, com um forte odor característico e obtida a partir da seiva. A extração é feita pela oxidação do pineno (parte principal da essência de terebentina). É uma combinação acíclica.
Apresenta-se em grandes massas brancas, grano-cristalinas, translúcidas de cheiro particular penetrante e de um sabor um tanto amargo. É pouco solúvel na água, dissolvendo-se facilmente no álcool, éter e demais solventes orgânicos. Volatiliza-se desde a temperatura comum.
É usada na fabricação de celulóide e de pólvora sem fumaça. Conhecida desde a antiguidade, a cânfora é utilizada como incenso e no preparo de medicamentos. Extrai-se a cânfora submetendo-se a madeira, a casca e as folhas pulverizadas da canforeira a destilação por arraste de vapor.
A cânfora é uma substância sólida à temperatura ambiente, de textura cerácea e aroma forte e penetrante.
Diz-se que seu cheiro é inibidor de aranhas e traças. Para tanto, é recomendável a diluição em álcool para o seu borrifamento nas paredes e armários.

Coité – (Crescentia Cujete)


Crescentia Cujete
Nome Científico: Crescentia Cujete
Nome Popular: cuité, coité, cabaceira, cuieira
Família: Bignoniáceas
Origem:
 América Tropical e Antilhas
Ciclo de Vida:
 Perene
Árvore perene de porte médio de até 12 metros de altura com ramos longos, pendentes e cobertos por folhas em toda a sua extensão. As folhas são simples, inteiras, alongadas, de diversos tamanhos, cor verde-escura e brilhante.
Não forma uma copa frondosa. As flores são relativamente grandes, hermafroditas (têm os dois sexos na mesma flor), formadas ao longo do tronco e ramos de cor branco-amarelada. Os frutos são ovóides ou arredondados, cor verde-clara, com 15 a 30 centímetros de diâmetro.
As cascas dos frutos tornam-se marrom-negros quando maduros e bem duros. A polpa é amarelada e contém muitas sementes. A planta se desenvolve e frutifica bem em condições de temperatura quente a amena, não tolera regiões frias sujeitas a geada.
A propagação é feita principalmente por sementes e pode ser feita também por enraizamento de estacas. A planta tem um lento crescimento, mas após alguns anos produz vários frutos grandes arredondados que despertam curiosidades.
A planta é adequada para plantio em parques e jardins, pelo exotismo de seus frutos gigantes, semelhantes à melancia, no tronco e nos ramos. As sementes podem ser consumidas, se cozidas ou torradas.
A polpa pode ser usada no preparo de xarope. Os frutos, depois da retirada da polpa e secos, podem ser usados como recipientes domésticos, chocalhos, cuias, pratos e colheres rústicos.

Pitanga-negra-selvagem – (Eugenia Sulcata)


Eugenia Sulcata
Nome Científico: Eugenia Sulcata
Nome Popular: Pitanga-Negra Selvagem
Família: Myrtaceae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene
Árvore que chega a ter uma altura de 3 a 6 m, dotada de copa mais ou menos piramidal.  É muito venerada não somente por seus frutos comestíveis, mas também pelo espetacular efeito ornamental proporcionado pela folhagem densa e floração abundante. Ou até pela excelente madeira, característica que já levou à quase extinção. Folhas simples, comprimento por 1 a 3 cm de largura. Flores solitárias ou em grupos de 3 a 5 nas axilas da extremidade dos ramos.
Frutos negros, de 1 a 2 cm de comprimento, de consistência firme e sem amargor. Assemelham-se apenas no formato aos de sua prima mais conhecida, a pitangueira (Eugenia Uniflora). Uma das diferenças mais evidentes são as sépalas persistentes bastante longas de tronco acinzentado descamante.
Floresce e frutifica em abundância. Os frutos são comestíveis ao natural. A planta é um espetáculo quando em floração e / ou com brotações novas, que são marrom-avermelhadas.
Gosta de climas tropicais e subtropicais, a sol pleno, em solos bem drenados ricos em matéria orgânica. Beneficia-se de uma boa adubação, podendo frutificar a partir de dois ou três anos de idade. Pode ser mantida com muito sucesso em vasos e bonsais. Seu habitat natural são as restingas da Costa Atlântica brasileira, bem como a grande bacia do Rio Paraná. Infelizmente ainda muito pouco conhecida, merece ser mais aproveitada no paisagismo brasileiro, pois além de dar alegria as crianças atraem vários pássaros e pequenos mamíferos.

Guapuruvu – (Schizolobium Parahyba)


Schizolobium Parahyba
Nome Científico: Schizolobium Parahyba
Nome Popular: Guapuruvu, Badarra, Bacuruva, Birosca, Faveira, Ficheira,  Guavirovo, Pau-de-vintém, Pataqueira
Família: Fabaceae
Ciclo de Vida: Perene
O Guapuruvu, também conhecido como ficheira, é originário do México ao Brasil, sendo uma espécie característica da Mata Atlântica facilmente encontrada da Bahia ao Rio Grande do Sul. É uma árvore de grande porte e muita beleza, largamente utilizada em paisagismo urbano.
Além de ocorrer na floresta primária, esta espécie é comum na vegetação secundária, dominando as capoeiras altas e florestas secundárias. Pode formar grupamentos densos em grandes clareiras florestais.
Entre suas características estão o porte esguio e o crescimento rápido, podendo apresentar de 10 a 30 m de altura. Outra característica é ser uma árvore de duração conhecida. Sua morte ocorre após cerca de 40 a 50 anos. Antes disto, é muito comum a queda de galhos, porque sua madeira é muito fraca
Sua casca é cinzenta, com cicatrizes provocadas pela queda das folhas e lenticelas. As folhas são alternas, grandes, com cerca de 1 metro de comprimento, e caem com o passar do tempo.
Por sua altura e tipo de folhas, projeta sombra muito tênue, podendo-se manter gramados e canteiros debaixo dela. Durante os meses de inverno, todas as folhas caem, rebrotando após a floração, que acontece entre os meses de setembro a novembro, com vistosos cachos densos de flores amarelas, muito vistosas.
Os frutos amadurecem no outono e são vagens bivalvas, de forma obovada e cor parda. Cada um carrega apenas uma semente grande, lisa, oblonga e rígida, envolta por uma asa papirácea que se dispersa pelos ventos.
Suas raízes são superficiais, formando sapopemas (raiz que se desenvolve junto com o tronco das árvores, chegando a atingir dois metros acima do solo) nas árvores mais maduras
O guapuruvu é uma árvore de crescimento impressionante. Sua madeira é clara, leve e macia, prestando-se para a caixotaria, artesanato, construção civil e fabricação de canoas. Estuda-se também sua utilização como fonte de celulose.
É uma espécie pioneira, indicada para recuperação inicial de áreas degradadas. Sua floração é atrativa para as abelhas. Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente no primeiro ano após o plantio. Planta higrófita, prefere locais úmidos como as margens dos rios e é capaz de tolerar encharcamento.
Multiplica-se por sementes, sendo interessante a quebra da dormência através da escarificação mecânica (o tegumento da semente deve ser desgastado no lado oposto ao hilo), escarificação em ácido sulfúrico ou imersão em água quente. As sementes permanecem viáveis por muitos anos se armazenadas em local arejado e fresco.

Canafístula – (Peltophorum Dubium)


Peltophorum Dubium
Nome Científico: Peltophorum DubiumNome Popular: Canafístula, Farinha-seca, Sobrasil, Faveira, Tamboril-bravo, Ibirá-puitá, Guarucaia, Angico-amarelo
Família: Fabaceae
Origem: América do Sul
Ciclo de Vida: Perene
A canfístula é uma árvore decídua a semidecídua, com florescimento decorativo e muito utilizada na arborização urbana na América do Sul. Seu porte é grande, alcançando de 15 a 40 metros de altura, com copa ampla e globosa. O tronco atinge 50 a 120 cm de diâmetro e possui casca fina quando jovem, que engrossa e se torna escamosa com o passar do tempo.
Apresenta folhas bipinadas, alternas, com foliólulos ovalados e coriáceos. As inflorescências surgem no verão. Elas são grandes, terminais e do tipo espiga, carregadas de botões dourados que se abrem em flores amarelas da base em direção ao ápice. O fruto é um legume, seco, indeiscente, lanceolado e achatado, contendo uma a duas sementes elípticas.
A canafístula é uma excelente opção para o paisagismo urbano ou rural. Ela produz sombra fresca no verão e perde parte ou todas as folhas no inverno. Sua floração é um verdadeiro espetáculo de flores amarelas e forma um tapete de pétalas no chão. Ecologicamente é considerada uma importante árvore oportunista, que se beneficia de clareiras, sendo por este motivo utilizada em recuperação de áreas degradadas. Sua madeira é rosada, moderadamente densa e de boa durabilidade quando seca.
É utilizada em trabalhos de marcenaria, construção civil e no fabrico de dormentes, entre outros. Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente no primeiro ano após o plantio. Tolera o frio e geadas, adaptando-se ao clima subtropical e temperado.
Multiplica-se por sementes, que devem ser escarificadas para quebra de dormência. Emergem cerca de 15 a 30 dias após a semeadura. As mudas devem estar bem desenvolvidas antes de plantar no local definitivo, pois são sensíveis a formigas e ao vandalismo.

Orgulho-da-índia – (Amherstia Nobilis Wallich)


Amherstia Nobilis Wallich
Nome Científico: Amherstia Nobilis Wallich
Nome Popular: Orgulho-da-Índia, pride of Burma, orchid tree, queen-of-flowering-tree
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Origem: Burma (Myanmar) e Índia
Ciclo de Vida: Perene
Conhecida mundialmente como a “Rainha das Árvores”. Considerada por muitos como a mais bela e nobre das árvores floríferas, a Amherstia nobilis é uma cesalpinácea da família das leguminosas originária de Burma (atual Myanmar), pequeno país localizado na Ásia, mais precisamente na porção norte-ocidental da península da Indochina, tendo grande parte do seu território coberto por florestas tropicais.
Esta árvore foi descoberta em 1826 pelo botânico Nathaniel Wallich (1786 / 1854) em um jardim de um monastério em Kogun (Burma) e o nome Amherstia foi em homenagem a Lady Sara Amherst, colecionadora e coletora de plantas na Ásia no século dezenove. Pouco depois do descobrimento da Amherstia o seu cultivo em coleções já teve inicio em 1837 em Burma e devido à impressionante beleza de suas flores foi levada para a Inglaterra aonde chegou a florescer em estufas especiais para plantas tropicais.
Também encontrada em estado nativo na Índia, a Amherstia é espécie única no gênero e no Brasil foi introduzida pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Devido à sua difícil propagação foi pouco disseminada em nosso país e os poucos exemplares existentes são vistos em jardins de colecionadores. No estado de São Paulo a multiplicação desta planta teve início na década de 50 no Instituto Agronômico de Campinas pelo Engenheiro Agrônomo Dr. Hermes Moreira de Souza e os primeiros exemplares foram distribuídos aos viveiristas no intuito de se conseguir a propagação comercial da espécie.
Nas publicações de língua inglesa a Amherstia recebe os nomes de “Queen of Flowering Trees” e “Pride of Burma” e sem dúvida nenhuma faz jus à denominação pois é uma árvore copada e densamente folhada com porte de 7 a 10 metros de altura e torna-se simplesmente espetacular quando desabrocha seus longos racemos de flores vermelhas com as corolas caprichosamente manchadas de amarelo – vivo. Floresce praticamente o ano todo, porém a floração intensifica-se a partir de agosto, setembro e durante os meses mais quentes do ano. Suas brotações apresentam duas a três folhas novas pendentes e de coloração marrom avermelhada o que torna a árvore extremamente ornamental mesmo quando sem flores.
A Amherstia requer clima quente, solo rico em matéria orgânica, bem drenado em um bom teor de umidade tanto no solo como no ar, sendo ideal o seu cultivo no litoral . Isto não significa que não possa ser cultivada em locais mais frios e secos ; nestes locais durante os meses de estiagem devem ser feitas irrigações periódicas pois suas folhas novas com a falta de umidade tendem a secar as bordas. O plantio das mudas deve ser feito em covas espaçosas (60cm de diâmetro por 60cm de profundidade) adubadas com 20 litros de esterco de curral bem curtido e 500g de superfosfato simples ou farinha de ossos.
Durante o desenvolvimento inicial a coroa ao redor do caule deve ser protegida com cobertura morta, livre de gramíneas ou outras forrações. Após 3 meses de plantio já deve ser iniciada a adubação química trimestral com NPK 10-10-10 primeiramente com 50g aumentando as aplicações conforme o desenvolvimento da planta. Plantas obtidas por alporquia e bem nutridas florescem já no primeiro ano de plantio.
As mudas de Amherstia são obtidas de alporquia e também através de sementes que devem ser coletadas debaixo da árvore logo que caiam , evitando que fiquem muito tempo expostas para que não ocorra um ressecamento das sementes dificultando a germinação.

Oiticica – (Licania Rigida)


Oiticica
Nome Científico: Licania RígidaNome Popular: Oiticica
Família: Crisobalanáceas
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene
A Oiticica (Licania rigida Benth), da família Chrysobalanaceae A Oiticica é uma planta típica do sertão nordestino, é uma árvore de espécie ciliar dos cursos de água temporários do Semi-Árido nordestino, sendo encontrada nos Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, e tem grande importância, quer pelo aspecto ambiental de ser uma espécie arbórea perene sempre verde que preserva as margens dos rios e riachos temporários na região da caatinga, quer como espécie produtora de óleo. Durante todo o ano, inclusive nos períodos de seca, comuns às regiões de ocorrência natural dessa planta,  mantém-se verde e fornece sombra ao homem e diversos outros animais.
A madeira é branca e de fibras entrelaçadas, muito resistentes ao esmagamento. A planta alcança facilmente 15 m de altura e ramifica-se pouco acima do chão e a copa pode atingir até 15-20 m de circunferência e a inflorescência se dá em espigas racemosas, situadas  nas pontas dos ramos, aparecendo no mês de Junho até Outubro.
As folhas, extremamente rígidas e coriáceas, se prestam para polir artefatos de chifre. Das suas folhas, troncos e frutos também se beneficiam as populações que constroem casas, utilizando a madeira, produzindo sabão e /ou combustível para a iluminação a partir do copioso óleo produzido pelos seus frutos e mesmo a produção de superfícies com capacidade de lixamento, pelo uso de suas folhas.
Não obstante à tamanha importância que a Oiticica desempenha sobre a condição humana e fauna no nordeste. Começa a frutificar antes do quinto ano, atinge a maturidade aos dez e pode produzir por mais de cem anos. É importante pelo óleo extraído das sementes, contidas em bagas de 7,5cm de extensão por dois de largura.
A casca do fruto é verde, mesmo quando maduro, mas se torna amarelo-escuro quando seca. Além de ser empregada na indústria de tintas de automóvel e para tintas de impressoras jato de tinta, além de vernizes, biodiesel e na apicultura, a Oiticica também é utilizada como planta medicinal, onde emprega-se o decocto ou macerado das folhas no tratamento do diabetes, e as folhas, extremamente rígidas e coriáceas, se prestam para polir artefatos de chifre.
Rico em iodo, é anticorrosivo, impede a formação de crostas e se usa na produção de borrachas, lonas de freios, tintas e vernizes. Atualmente existem avançados estudos para o aproveitamento de seu óleo na composição do Biodiesel. Em média, um pé de Oiticica produz 75 kg de frutos secos por safra, mas excepcionalmente, foram registrados exemplos com produção de até 1.500 Kg. Por todas essas vantagens também é muito aproveitada no paisagismo.
A floração é contínua até cem (100) dias, período  correspondente a abertura da primeira flor até a última. As flores são pequenas medindo de 2 a 5 mm de diâmetro, hermafroditas, amareladas no seu interior, agrupadas as centenas nas inflorescência. A abertura das flores coincide com a época mais seca do ano.

Uva-do-japão – (Hovenia Dulcis)


Hovenia Dulcis
Nome Científico: Hovenia Dulcis
Nome Popular: Uva-do-japão, banana-do-japão,  caju-japonês, gomari,  passa-japonesa, macaquinho, pau-doce, uva-da-china, uva-paraguaia, cajueiro-japonês
Família: Rhamnaceae
Origem: China, Coréia e Japão
Ciclo de Vida: Perene
A uva-do-japão é uma árvore caduca, de porte médio, muito utilizada na arborização urbana. Sua copa é aberta, de formato globoso a oval. O caule apresenta rápido crescimento e pequeno diâmetro. Sua casca é escura, de textura lisa a levemente fissurada. As folhas são ovais, verdes, brilhantes, de disposição alterna e caem no outono e inverno. As flores numerosas, surgem no verão. Elas são pequenas, hermafroditas, perfumadas, branco-esverdeadas e atraem muitas abelhas. Os frutos são cápsulas secas, marrons, sustentadas por pedúnculos carnosos, doces e de cor castanha. Cada fruto contém de 2 a 4 sementes amarronzadas.
A dispersão das sementes é zoocórica (por animais). Os frutos da uva-do-japão têm sabor aprazível, mas devem ser colhidos maduros. Quando verdes, têm sabor adstringente e quando passados, fermentam e ficam com gosto alcoólico. Eles podem ser consumidos in natura ou na forma de geléias. É uma árvore apropriada para o paisagismo urbano, em estacionamentos, rodovias, praças e parques.
Devido ao seu tamanho um pouco avantajado (atinge cerca de 25 metros), a uva-do-japão não é indicada para arborização de calçadas sob fiação elétrica. Por ser uma árvore que frutifica em abundância, ela têm sido amplamente utilizada na recuperação de áreas degradadas, com o objetivo de atrair a fauna (aves e mamíferos). No entanto têm se revelado uma espécie perigosamente invasora, que reduz a diversidade das matas nativas e se multiplica rapidamente com a ajuda dos animais.
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, bem drenável e leve, com regas regulares no primeiro ano após o plantio. Não tolera encharcamento ou inundações. Multiplica-se por sementes e estacas.
As sementes podem ser escarificadas para quebrar a dormência. A frutificação inicia-se de 3 a 4 anos após o plantio.

Oiti – (Licania tomentosa)


Oiti
Nome Científico: Licania Tomentosa
Nome Popular: oiti, oitizeiro, oiti-da-praia, oiti-mirim
Família: Crisobalanáceas
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene
Árvore perene de crescimento relativamente rápido com 8 a 15 metros de altura. As folhas são simples, alongadas, de 7 a 14 cm. de comprimento por 3 a 5 cem. de largura, bordas lisas, superfície lisa e brilhante.
As flores são produzidas em inflorescências (cachos) e resultam na formação de grande quantidade de frutos por planta. As flores são inexpressivas, mas as folhas, quando novas, formam uma copa esbranquiçada que lhe confere grande destaque e interesse ornamental. Elas se desenvolvem bem em condições de clima ameno a quente, solos com boa drenagem, não sujeitos à inundação e boa disponibilidade de água.
A propagação é feita através de sementes. A planta produz grande quantidade de frutos de tamanho médio, polpa fina e a maior parte tomada por um grande caroço bem resistente, que é a semente. O Oiti forma uma bela copa frondosa e as raízes não são agressivas. Por isso ela é indicada para arborização de jardins, praças, avenidas e ruas. A sua madeira é de ótima qualidade para diversos usos, como postes, estacas, dormentes e construções civis.
Muito rústico, o Oiti resiste bem à poluição e por isso sobressai entre as espécies usadas na arborização urbana.

Goiaba-roxa (Psidium Guajava)


Psidium Guajava
Nome Científico: Psidium Guajava
Nome Popular: Goiaba Roxa
Família: Myrtaceae
Origem: América Tropical
Ciclo de Vida: Perene
Planta pioneira, indiferente às condições físicas do solo. Tolera bem tanto os solos mais úmidos, quanto os mais secos. Apresenta intensa regeneração natural devido, principalmente, à dispersão das sementes pelas aves. Arvoreta de 3 a 10 m de altura. Tronco tortuoso e ramificado, muito liso e descamante em placas, de coloração cinza-avermelhada ou arroxeada. Sua madeira é moderadamente pesada, dura, muito elástica, compacta, moderadamente durável.
Copa irregular e rala. Folhas simples, opostas, oblongas, ápice arredondado ou levemente agudo, base arredondada, pecíolo curto e canaliculado, pilosas na face inferior e glabras na superior, nervura proeminente na face inferior, com até 13 cm de comprimento. Perde parcialmente as folhas secas.
Flores solitárias, arroxeadas, terminais ou axilares, vistosas. Fruto baga, casca roxa madura, polpa de igual cor, mucilaginosas, sementes numerosas, pequenas e muito duras. Seu habitat são as formações florestais do complexo atlântico.
Por ser uma planta de fruto e folhagem de cores  exóticas, fica muito bem destacada quando  aplicada no paisagismo com a vantagem de atrair pássaros e pequenos mamíferos.

Assa-peixa – (Vernonia polysphaera)


Assa peixe
Nome Científico: Vernonia Polysphaera
Nome Popular: Assa-peixe, Cambará-branco
Família: Asteraceae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene
O Assa-peixe é um arbusto que pode alcançar até 3 metros de altura, de folhas verde-escura na parte superior e verde-clara na parte inferior. Reproduz-se por frutos-sementes em solos pouco férteis, como pastagens. Ele pode ser encontrado desde a Bahia até o Sul do país, incluindo a região Centro-Oeste, nas áreas do Cerrado. A planta também é chamada popularmente como assa-peixe branco, cambará-branco, cambará-guaçú e chamarrita.
Por ser uma planta de porte elegante e muito florífera, pode perfeitamente ser aproveitada no paisagismo, como planta isolada ou na composição de maciços.  Segundo os apicultores, o pólen retirado das flores dessa planta possibilita a produção de um mel muito saboroso, leve, de cor clara, que atende em cheio o gosto do povo europeu.
Numa rápida pesquisa pela internet, descobre-se que planta é nativa do Brasil, e que nasce em beira de estradas esgotos e terrenos baldios.
Apesar da característica, digamos assim, ”comum”, o assa-peixe é uma planta repleta de propriedades medicinais. Do gênero Vernonia, ela é rica em sais minerais e suas folhas ajudam a combater as afecções da pele, bronquite, cálculos renais, dores musculares, gripes, pneumonia, retenção de líquidos e até tosse. Mas, antes de utilizá-la e preciso ter certeza de que a planta é o assa-peixe, pois há outras espécies conhecidas pelo mesmo nome.

Murici – (Byrsonima Crassifolia)


Byrsonima Crassifolia
Nome Científico:
 Byrsonima Crassifolia
Nome Popular: Murici, Murici-da-praia, Murici-do-brejo
Família: Malpighiaceae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene
O murici (Byrsonima crassifolia, L. Rich), também conhecido como muruci, murici-da-praia ou murici-do-brejo, é uma árvore da família Malpighiaceae, ordem Malpighiales, nativa do norte e nordeste do Brasil. Sua altura média é de 6 a 16 m, suas folhas são simples, lisas, e atingem em torno de 13 cm. Suas flores são em forma de cachos amarelos, seu fruto é pequeno, em torno de 0,8 cm e em cacho.
Quando maduro fica mais macio, porém continua de cor verde. Suas sementes geralmente atingem o tamanho de 0,5 cm de comprimento, e são de um marrom-claro. Esta árvore é freqüente nas regiões de terrenos úmidos, próximos a rios e lagoas. Não é conhecida a utilização em paisagismo, apesar de sua beleza, especialmente quando em floração. Existem outras espécies de murici, inclusive arbustos, e a característica de todas elas é o fruto pequeno e comestível, de sabor ácido.
Fruta nativa do Nordeste brasileiro, é encontrada em regiões serranas e próximas ao litoral. Já conhecida desde 1570 pelos indígenas como mureci. Hoje conhecida como murici, murixi, muruci e fruta de jacu. A cor amarela, quando madura, chama a atenção.
Apesar do tamanho pequeno possui sabor e cheiro intensos e característicos, não se comparando a outro fruto. Pode ser usada na fabricação de sucos, doces, licores, geléias e sorvetes.

Bôrdo-japonês – (Acer Palmatum)


Acer Palmatum
Nome Científico: Acer Palmatum
Nome Popular: Ácer-japonês, Ácer-palmato, Ácer, Bordo-japonês-vermelho
Família: Sapindaceae
Origem: Japão, Coréia do Sul e China
Ciclo de Vida: Perene
O bôrdo-japonês é uma arvoreta elegante, de folhas delicadas que mudam de cor com o passar das estações. Seu porte é de 6 a 10 metros de altura, com raros indivíduos ultrapassando 16 metros. Seu caule pode ser simples ou ramificado desde a base, e sua copa é globosa. As folhas são decíduas, palmadas, membranáceas e apresentam de 5 a 9 lobos acuminados e profundamente marcados, com margens serrilhadas.
Na forma típica, as folhas são verdes e adquirem tons dourados a bronzeados no outono. Mas, atualmente há muitas cultivares ornamentais, com folhas mais largas ou estreitas, que já nascem avermelhadas, rosadas, douradas, ou que apresentam margens vermelhas, entre outras. Algumas das variedades mais populares são “Atropurpureum”, “Bicolor”, “Dissectum” e “Reticulatum”. As flores são discretas, avermelhadas e surgem em inflorescências do tipo rácemo, na primavera. Os frutos se desenvolvem em pares e são do tipo sâmara.
Por sua beleza excepcional, porte pequeno e raízes não invasivas, o bôrdo-japonês é uma árvore ideal para arborização urbana, sendo apropriado para jardins residenciais e calçadas, inclusive sob a fiação. Podem ser utilizados isolados, como destaque, ou em grupos, como em renques ao longo de caminhos, acrescentando uma atmosfera romântica à paisagem. Algumas variedades, de porte ainda menor, podem até ser conduzidas sob a forma arbustiva, que é muito graciosa também. É uma planta muito visada e popular para os entusiastas da arte do bonsai. Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, drenável e irrigado regularmente.
Planta de clima temperado, o bôrdo-japonês aprecia umidade e locais com estações marcadas, demonstrando assim toda a sua cor no outono. Ela se adapta bem ao clima subtropical e tropical de altitude. Devido à delicadeza de sua folhagem, esta árvore deve ser resguardada de locais com sol forte ao meio-dia ou com muito vento, principalmente se este for seco. Multiplica-se por sementes, por estacas e por enxertia.

Jaboticaba azul – (Myrciaria Vexator)


jaboticaba azul
Nome Científico: Myrciaria Vexator
Família: Myrtaceae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene
Arvoreta com 2 a 3 metros de altura, de folhas espessas e lanceoladas. Seus galhos são geralmente finos, com flores e frutos axilares (nascendo nas axilas das folhas). Frutos grandes (2 a 3 cm), azul-arroxeados, de excelente sabor.
São considerados tão bons ou melhores que qualquer outra espécie de jabuticaba. Os deliciosos frutos são consumidos ao natural, ou sob a forma de geléias. A planta é muito ornamental, de pequeno porte e lento crescimento, podendo ser cultivada com sucesso em vasos.  Leva em torno de 4 a 5 anos para iniciar a frutificação.
Árvores adultas ficam carregadas de frutos. Deve ser cultivada sob sol pleno, em solos férteis, profundos e ricos em matéria orgânica. As mudas devem ser plantadas em covas bem preparadas, caladas e adicionadas de esterco curtido, torta de mamona, farinha de ossos e húmus de minhoca. É muito exigente em água, devendo ser irrigada regularmente, com especial atenção durante a floração e frutificação. É pouco tolerante às secas ou geadas.

Jambolão – (Syzygium Jambolanum)


Syzygium Jambolanum
Nome Científico: Syzygium Jambolanum
Nome Popular: Jambolão, baga-de-freira, jamelão, azeitona-da-terra
Família: Myrtaceae
Origem: Índia
Ciclo de Vida: Perene
O jambolão é uma árvore frondosa, de porte médio e copa cheia, ampla, bastante ramificada. Pode alcançar 10 metros de altura. Suas folhas são coriáceas, lilás e escuras, com uma nervura central clara e saliente. Suas flores são hermafroditas, brancas ou amareladas, com longos e numerosos estames e reúnem-se em rácemos terminais.
Os frutos são do tipo baga, pequenos e ovóides como as azeitonas verdadeiras (Olea europea), de coloração branca que gradativamente torna-se vermelha e posteriormente preta, quando maduros. A polpa carnosa envolve uma única semente. De sabor doce, porém um pouco adstringente, os frutos são em geral agradáveis ao paladar.
Apresentam o único inconveniente de manchar a pele e as roupas e, por ocasião da queda, veículos e calçamentos também. Por este motivo, esta bela árvore de sombra refrescante no verão, não é muito indicada para arborização de ruas, avenidas e praças, reservando-se seu plantio para parques maiores e sítios.
Os frutos do jambolão podem ser consumidos in natura ou processados em compotas, licores, vinhos, tortas, doces entre outros. Deve ser cultivado sob sol pleno, em solo fértil, profundo e bem drenável, com regas periódicas no primeiro ano de implantação. Árvore tipicamente tropical, o jambolão aprecia o calor e a umidade, com crescimento rápido a moderado. Multiplica-se por sementes.

Carapanaúba – (Apidosperma Nitidum)


Apidosperma Nitidum
Nome Científico: Apidosperma Nitidum
Nome Popular: Carapanaúba, Canela-de-Velho
Família: Apocynaceae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene
A Carapanaúba é uma árvore de tronco sulcado e retilíneo, com até 25 m de altura e diâmetro de 40 a 60 cm. É encontrada em florestas, em toda a região amazônica até o sertão baiano, em Goiás e no Triângulo Mineiro, sendo praticamente indiferente às condições físicas do solo.
Possui, anualmente, quantidade regular de sementes, disseminadas facilmente pelo vento. Dá frutos em agosto e setembro. Recebe nomes populares como cabo-de-machadocanela-de-velho e peroba-de-rego. O nome Carapanaúbasignifica madeira de carapana (mosquito), por causa dos buracos em seu tronco. É encontrada em toda a Floresta Amazônica de terra firme, mas, na mata alta inundável da região amazônica, ocorre outra espécie de características praticamente idênticas a essa, a Aspidosperma Carapanauba.
O seu óleo é utilizado pelos caboclos contra a malária e como anticonceptivo. Embora a madeira da Carapanaúba seja pesada e dura, é muito pouco resistente, mas é fácil de trabalhar, servindo principalmente para a confecção de cabos e ferramentas.
Seu tronco muito utilizada no paisagismo e na decoração para fazer centro de mesas, bancos e suporte de plantas epífitas e orquídeas.

Tamboril – (Enterolobium Contortisiliquum)


Enterolobium Contortisiliquum
Nome Científico: Enterolobium Contortisiliquum Nome Popular: Tamboril, timburi, timbaúva, orelha-de-macaco, orelha-de-negro, tambori, timbíba, timbaúba, timboúva, timbó, tambaré, ximbó, orelha-de-preto, tamburé, pacará, vinhática-flor-de-algodão, araribá, árvore-das-patacas
Família: Fabaceae
Origem: América do Sul
Ciclo de Vida: Perene
O tamboril é uma árvore decídua e frondosa, que alcança de 20 a 35 metros de altura e de 80 a 160 de diâmetro de tronco. Suas folhas são alternas, bipinadas (recompostas), com 3 a 7 pares de pequenos folíolos oblongos. Apresenta copa ampla, com ramificação cimosa e raízes longas e calibrosas.
As inflorescências surgem na primavera e são do tipo capítulo, globosas, com cerca de 10 a 20 flores brancas. Os frutos que se seguem são vagens, recurvadas e semilenhosas, em formato de rim ou de orelha, o que rendeu a esta espécie diversos nomes populares. Eles surgem verdes e se tornam pretos em junho e julho, quando amadurecem. Cada fruto pode conter de 2 a 12 sementes, brilhantes e de cor marrom. O tamboril ocorre naturalmente em florestas pluviais e semidecíduas do norte ao sul do Brasil. É uma árvore que fornece boa sombra na primavera e verão e perde suas folhas no inverno, deixando a luz do sol passar.
Desta forma ela é bastante apropriada para arborização de regiões com estações bem marcadas. É uma espécie pioneira, de rápido crescimento inicial e muito rústica, apropriada para áreas de reflorestamento. Sua madeira é leve, macia, pouco resistente e utilizada para o fabrico de canoas, caixotaria em geral, brinquedos, compensados, etc. As saponinas encontradas nos frutos e na casca são aproveitadas para produção de sabões.
Estas saponinas dos frutos também são responsáveis por intoxicações em herbívoros, que ocorrem geralmente durante a escassez de alimentos. Deve ser cultivada sob pleno sol, em solo fértil, preferencialmente úmido e irrigado no primeiro ano de implantação.
Multiplica-se por sementes. Após a quebra da dormência com desponte, escarificação, ácido sulfúrico ou água, as sementes germinam em 10 a 20 dias. Elas devem ser semeadas em saquinhos preparados com solo adubado. Após 4 meses em viveiro, sob meia-sombra as mudas já podem ser plantadas no local definitivo.

Palmito-juçara


palmito-jussara
Nome científico: Euterpe edulis
Família: Palmae
Ocorrência: ocorre do sul da Bahia ao Rio Grande do Sul em toda a Mata Atlântica.
Importância: comestível e ornamental.
Ecologia da planta: é uma espécie esciófita; mesófita ou higrófita (vive em ambiente úmido) ocorre em floresta pluvial Atlântica; a dispersão das sementes se dá por pássaros (ornitocoria); gosta de clima quente e úmido, na bacia do Paraná ocorre nas formações vegetais higrofitas principalmente em matas ciliares.
Propriedades: Para o homem sua utilidade além do palmito comestível, reside no fato de que sua madeira pode ser utilizada, desde que em ambiente seco, na fabricação de ripas que são aproveitadas na construção de telhados, paredes e assoalhos das casas. Tem sido muito utilizada em paisagismo.
Seu crescimento é lento e sua frutificação se dá em média oito anos após o plantio, sendo este um dos motivos para a sua extinção em locais onde era abundante.
Cultivo: as sementes germinam logo que os frutos se abrem e inicia-se a dispersão, devem ser colocadas sob sombreamento de 50% em serragem ou solo rico em húmus, as sementes germinam irregularmente por um período de 7-40 dias. As mudas devem ser transplantadas para os sacos plásticos ou em tubetes 40mm; estão prontas para serem plantadas no campo em 5 meses.
Descrição botânica: árvore de 10-15 metros de altura; com estirpe de 10-20 cm de diâmetro, regularmente anelado. As folhas pinatipartidas têm 1,0-1,5 metros; fornece frutos do tipo drupa elíptica arredondado.
Fenologia: floresce nos meses de setembro a dezembro, os frutos amadurecem de abril a agosto.
Outras informações: o palmito-juçara tem sido explorado com fins comerciais há muito tempo, no interior do estado de São Paulo encontra-se extinto em florestas naturais. É necessário incentivar as áreas de plantio, e não consumir produtos frutos de exploração predatória. A palmeira demora de 8 a 10 anos para se desenvolver.

Palmeira-rabo-de-raposa


Palmeira-rabo-de-raposa
Descrição: Palmeira solitária, de grande interesse para o paisagismo, principalmente pela folhagem. Tronco simples colunar, cinza claro e um pouco mais grosso na sua parte mediana-superior. Seu palmito, grande e vistoso, também impressiona. Pode atingir até 12 metros de altura.
O diâmetro do tronco é de cerca de 15 cm. Folhas pinadas com a região terminal recurvada e folíolos numerosos, verde escuro, crescendo em diferentes ângulos, dando a folha uma aparência plumosa, como um rabo de raposa, de onde vem seu nome popular. A copa tem um diâmetro de 3 a 4 m.
As inflorescências são bem ramificadas e nascem abaixo da linha do palmito. Inflorescências e infrutescências em diferentes estágios de desenvolvimento podem ser vistos na mesma planta ao mesmo tempo. Suas folhas justificam seu nome popular.
Os frutos são ovalados, grandes (5cm) e vermelhos quando maduros.
Originária da Austrália, é muito elegante e ainda pouco conhecida.
Crescimento: palmeira de crescimento rápido quando a pleno sol e com bastante disponibilidade de água. Em condições climáticas e de solo seco cresce mais devagar e fica meio amarelada.
Prefere solos um pouco ácidos. Suporta frio desde que por períodos curtos. Se adapta melhor em climas tropicais e sub-tropicais amenos.
Uso: de aspecto nobre e plumoso, essa belíssima palmeira, pode ser usada em jardins médios a grandes, como espécime único ou em grupos e fileiras. Pode ser também utilizada como planta envasada em interiores desde que com bastante luminosidade e espaço. Por tolerar maresia pode ser plantada no litoral.