papaia, mamão
papaia, mamão Carica papaya | |||||||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||||
Carica papaya L.[1] |
Carica papaya L. é uma espécie de fruteira tropical que produz os frutos conhecidos pelos nomes comerciais de ruberval, papaia ou ababaia (de papaya, da língua caribe via espanhol),[2][2][3] ou mamão. Carica papaya é, na actual circunscrição taxonómica do género Carica, a única espécie deste género monotípico, embora a família Caricaceae inclua várias espécies similares,[4] algumas da quais produzindo frutos conhecidos pelos mesmos nomes comuns ou nomes similares. A espécie é nativa das regiões tropicais das Américas, provavelmente da região sul do México e regiões adjacentes da América Central.[5] Terá sido inicialmente cultivada no sul do México[carece de fontes] vários séculos antes da emergência das civilizações clássicas mesoamericanas
Descrição[editar | editar código-fonte]
C. papaya é uma grande planta arborescente, com um único caule central, frequentemente não ramificado ou apenas ramificado na região terminal, que cresce até aos 5 a 10 m de altura, com folhas arranjadas em espiral confinadas ao topo do tronco e região terminal dos eventuais ramos. A parte inferior do tronco apresenta cicatrizes foliares conspícuas marcando os pontos de inserção de folhas e frutos de anos anteriores. Em geral não ramifica, excepto se o caule principal tiver sido cortado.
A folhas são grandes, com 50 a 70 cm de diâmetro, profundamente palmatilobadas, com 7 lóbulos. De forma incomum para plantas daquela dimensão, os espécimes de C. papaya são dioicos.
As flores são similares em forma às flores de Plumeria, mas são menores e apresentam um aspecto ceroso e translúcido. As flores ocorrem nas axilas das folhas, maturando em frutos de grandes dimensões, com 15 a 45 cm de comprimento e 10 a 30 cm de diâmetro. O fruto é do tipo baga,[6] inicialmente verde e rijo, mas amadurecendo para um fruto amarelo de polpa macia e alaranjada, por vezes com laivos âmbar o alaranjados na casca.
A espécie é nativa do sul do México, América Central e norte da América do Sul,[1][5] estando naturalizada nas Caraíbas, Flórida e diversas regiões de África. A espécie é cultivada como fruteira no Brasil, Índia, Austrália, Malásia, Indonésia, Filipinas, Angola, Hawaii[1] e muitas outras regiões dos trópicos e sub-trópicos.
Fruto[editar | editar código-fonte]
Mamão, papaia ou ababaia é o fruto do mamoeiro ou papaeira, árvores da espécie Carica papaya. Em Angola utilizam-se os termos mamão ou mamoeiro para identificar as variedades com fruto mais arredondado, designado-se por papaia ou papaeira aquelas que produzem o fruto mais alongado e mais adocicado. São bagas ovaladas, com casca macia e amarela ou esverdeada. A sua polpa é de uma cor laranja forte, doce e macia. Há uma cavidade central preenchida com sementes negras e rugosas, envolvidas por um arilo transparente.
Os mamões são consumidos in natura, em saladas e sucos. Antes da maturação, a sua casca apresenta um látex leitoso que deve ser retirado antes do consumo. Este látex contém substâncias nocivas às mucosas, sendo usado, inclusive, culinariamente, como amaciante de carnes. Tem um alto teor de papaína, uma enzima proteolítica, que é usada em medicamentos para tratamento de distúrbios gastrointestinais e para reabsorção de hematomas.
Cultivo[editar | editar código-fonte]
Originalmente do sul do México e países vizinhos, é atualmente cultivada na maioria dos países tropicais e nos Estados Unidos, onde foi introduzido primeiramente na Flórida, Havaí, Porto Rico, e nas Ilhas Virgens.
O mamoeiro produz fruto o ano todo, porém, no Brasil, a safra geralmente ocorre nos meses de maio, junho, agosto e outubro.
Existem diversas variedades de mamão e as mais conhecidas no Brasil são: mamão papaia, mamão formosa (um pouco maior e geralmente usado para fazer doces), mamão-da-baía, mamão-macho e mamão-da-índia.
Valor nutricional[editar | editar código-fonte]
Papaia, fruto cru | |
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Valor nutricional por 100 g (3,53 oz) | |
Energia | 179 kJ (40 kcal) |
Carboidratos | |
Carboidratos totais | 10.82 g |
• Açúcares | 7.82 g |
• Fibra dietética | 1.7 g |
Gorduras | |
Gorduras totais | 0.26 g |
Proteínas | |
Proteínas totais | 0.47 g |
Vitaminas | |
Vitamina A equiv. | 47 µg (6%) |
- Betacaroteno | 274 µg (3%) |
- Luteína e Zeaxantina | 89 µg |
Tiamina (vit. B1) | 0.023 mg (2%) |
Riboflavina (vit. B2) | 0.027 mg (2%) |
Niacina (vit. B3) | 0.357 mg (2%) |
Ácido pantotênico (B5) | 0.191 mg (4%) |
Ácido fólico (vit. B9) | 38 µg (10%) |
Vitamina C | 62 mg (75%) |
Vitamina E | 0.3 mg (2%) |
Vitamina K | 2.6 µg (2%) |
Minerais | |
Cálcio | 20 mg (2%) |
Ferro | 0.25 mg (2%) |
Magnésio | 21 mg (6%) |
Manganês | 0.04 mg (2%) |
Fósforo | 10 mg (1%) |
Potássio | 182 mg (4%) |
Sódio | 8 mg (1%) |
Zinco | 0.08 mg (1%) |
Licopeno | 1828 µg |
Link to USDA Database entry Percentuais são relativos ao nível de ingestão diária recomendada para adultos. Fonte: USDA Nutrient Database |
O consumo do mamão é recomendado pelos nutricionistas por se constituir em um alimento rico em licopeno (média de 3,39 mg em 100 g), vitamina C e minerais importantes para o organismo. Quanto mais maduro, maior a concentração desses nutrientes.
Numa porção de 100 gramas do fruto estão contidas 43 calorias e uma quantidade significativa de vitamina C (75% da Dose Diária Recomendada, DDR) e uma quantidade moderada de folato (10% da DDR), para além de uma variedade de nutrientes embora em quantidades negligíveis (ver tabela).