quarta-feira, 19 de abril de 2017

BELDROEGA

Portulaca oleracea

Flor ornamental semelhante a onze horas, porém também é uma hortaliça, muito cultivada na Europa. Seu valor nutritivo é muito grande.
Descrição : Planta da família das Portulaceae, também conhecida como portulaca, porcelana e caaponga.
Trata-se de uma erva carnuda, de 10 a 30 cm de comprimento, rasteira, ramosa.
Suas folhas sésseis, obovais, carnudas, agrupadas na extremidade dos ramos.
As flores são miúdas terminais, solitárias ou aglomeradas, hermafroditas.
O fruto é um pixídio.
Cresce em terrenos cultivados.
A beldroega é bem parecida com a flor chamada onze-horas (portulaca grandiflora), com a principal diferença de que a flor da beldroega é miudinha, insignificante, ao passo que a onze-horas é relativamente grande, de várias cores, e algo semelhante ao cravo, porém menor.
Partes utilizadas : Folhas com talos e sementes.
Habitat: Originária da Europa, hoje é espontânea em quase todas as regiões brasileiras em jardins, hortas, terrenos baldios e cultivados.
História: A beldroega é uma planta hortense semelhante em propriedades e sabor ao espinafre, que é muito apreciada por algumas pessoas, mas é quase desconhecida como verdura, embora apareça espontaneamente em quase todo o país e seu valor alimentar e terapêutico seja muito grande
Propriedades : Diurética, emoliente, emenagoga, laxante e anti-inflamatória.
Indicações :
O suco das folhas é emoliente e resolutivo, quando usadas topicamente sobre inflamações, queimaduras, eczemas, erisipelas e queda de cabelo.
A polpa é antioftálmica, vulnerária e vermífuga (uso interno).
A beldroega é um remédio eficaz nas afecções do fígado, bexiga e rins.
Dá bom resultado contra o escorbuto. O cozimento deste vegetal é diurético e aumenta a secreção do leite.
O suco cura inflamações dos olhos. As sementes combatem os vermes intestinais.
Os talos e folhas machucados, aplicados sobre queimaduras, aliviam a dor, aplicados sobre feridas, facilitam a cicatrização.
Princípios ativos : Ácido oxálico, sais de potássio (nitrato, cloreto e sulfato) ( 1% na planta fresca e 70% na planta seca), derivados da catecolamina (noradrenalina, DOPA e dopamina, em altas concentrações), ômega 3.
Propriedades Terapêuticas : Diurética, laxante, vermífuga, antiescorbútica, sudorífera, colerética, depurativa, emoliente, anti-inflamatória, antipirética e antibacteriana.
Uso pediátrico: As mesmas indicações possíveis.
Uso na gestação e na amamentação: A beldroega é reputada como galactagoga, desconhecendo-se efeitos adversos na gestação.
Dose : Suco, uma colher das de sopa de hora em hora. Chá, 50 a 100 gramas para 1 litro de água; 4 a 5 xícaras por dia.
Princípios Ativos : Ácido salicílico; Carboidratos; Proteínas; Lipídios; Sais minerais; Vitaminas: A, B1 ,B2, Niacina, C; Mucilagens flavonoides; Corante vermelho.
Beldoegra
Farmacologia: Não foram encontrados estudos sobre sua farmacologia, mas a quantidade de vitaminas, mucilagens, presença de ácido salicílico e seu longo uso pela população brasileira, além de médicos europeus que já preconizavam seu uso nas décadas de 40 e 50, justificam a sua inclusão no rol das plantas úteis.
Posologia: Adultos: A planta crua, como salada, é utilizada como mineralizante e nos casos de escorbuto e debilidade física, especialmente das crianças. 10g da planta fresca (2 colheres de sopa para cada xícara de água) em infuso até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs, para uso interno em afecções das vias urinárias, na lactação, inflamações oculares e amenorreia; 10g dos talos frescos (2 colheres de sopa para cada xícara de água) em infuso até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs , para uso interno em icterícia; Suco da planta toda, fresca, preferencialmente centrifugado, 1 colher de sopa de hora em hora para azia e acidez estomacal e o mesmo suco poderá ser aplicado topicamente nas afecções da pele. 10g de sementes em decocção como vermífugo; O emplastro das folhas frescas também se aplica topicamente em feridas e nevralgias.