Berberis vulgaris
O Berberis é uma planta usada tradicionalmente na homeopatia, contra males do estômago, devido a presença de alcaloides em sua composição.
Descrição : Também denominada uva-espim, a bérberis é uma planta da família das Berberiáceas, e deve seu nome à forma de suas pétalas que se assemelham a conchas pequenas, e tem o nome de uva-espim porque os seus frutos são dispostos em cachos como os da videira, mas de bagas menores.
Antigamente era usada na formação de cercas vivas, mas logo se verificou que prejudicava os cereais, motivo por que se destruíram quase todas as cercas constituídas com essa planta, através da qual se transmitia a ferrugem às outras plantas.
Sua folhagem é de cor clara e possui flores amarelas, com três sépalas, 3 pétalas também amarelas e seis estames. O ovário é unicelular e contém poucos óvulos.
Os estames são dotados de uma grande sensibilidade. Ao menor toque os estames se unem aos estigmas.
A madeira da bérberis, quando nova a planta, é de cor amarelada, tornando-se verde depois do 25.° ano, segundo informa Garnier em seu trabalho sobre os recursos medicinais da flora francesa.
A planta cresce bem nos terrenos calcários.
Parte utilizada: cascas das raízes, folhas, frutos.
Propriedades medicinais: Antimicrobiano, antipirético, aperiente, colagogo, colerético, diurética, eupéptico, espasmolítico, gástrica, hipotensora, laxante (frutos), oxitócico, protozoocida, refrescante (frutos), tônico amargo.
Em medicina homeopática é utilizado o seu fruto, que são bagas e encerram diversos alcaloides.
Tem propriedades estimulantes das funções digestivas, além de febrífuga e bactericidas.
Origem : Europa, Espanha e França.
Princípios Ativos: toda a planta, exceto os frutos, contêm alcaloides (2-3 %) (berberina, magnoflorina, berbamina, berberrubina e bervulcina). Os frutos contêm: dextrosa, levulosa, ácido cítrico, tartárico e málico; goma, pectosa.
Indicações :
Afecção do fígado, cálculos urinários, diarreia, dispepsias hiposecretoras, disquinesia, espasmos gastrointestinais, estômago, falta de apetite, febre, febre malárica, hipertensão, icterícia, inflamação da boca, intestino, litíase biliar, perturbações circulatórias, perturbações renais, vesícula.
Na Inglaterra, a berberina, extraída da planta, é indicada como estomáquica amarga, contra a diarreia, os vômitos da gravidez e na cura do hábito da morfina (desmorfinização). Também é utilizado como tônico, para o que se recomenda a seguinte receita: extrato fluido de bérberis, 2g; extrato fluido de cuprésseas elixir de gárria (garrus, do francês); xarope simples. Tomar uma colherada de sopa do produto de duas em duas horas, durante várias semanas.
Cuidados : Todavia, a planta tem efeitos tóxicos e reduz a pressão sanguínea.
Contraindicações/cuidados: contra indicado quando de obstrução das vias biliares, gravidez e lactância. Potencialmente tóxica pela presença de alcaloides com ação citotóxica. Usar sob controle médico, mesmo assim por curto período de tempo. A intoxicação se manifesta por entorpecimento, náuseas, vômitos, diarreia, afecção renal, paralisia do centro respiratório.