quarta-feira, 26 de abril de 2017

BUVA


Erigeron bonariensis

É uma planta daninha do gênero conyza, apesar de trazer danos aos agricultores, essa erva possui diversas propriedades medicinais.
Descrição : Planta da família das Asteraceae, também conhecida como acatóia, capetiçoba, capiçoba, catiçoba, enxota, erva-lanceta, margaridinha-do-campo, rabo-de-foguete, rabo-de-raposa, salpeixinho, voadeira.
Parte utilizada: Planta inteira.
Propriedades medicinais: Diurética, vermífuga, vulnerária, anti-hemorroidária, antidiarréica, antissifilítica.
Indicações: Afecções urinárias (oligúria, anúria), feridas, úlceras, inflamação da próstata e testículos, corrimento, hidropisia e distúrbios hepáticos.
Modo de usar:
Infusão ou decocto: para hemorróidas, verminoses, diarreia e afecções urinárias.
Pó: preparar a partir da planta seca. Utilizar topicamente em feridas e úlceras.
Buva

Ghai hu


Bupleurum falcatum

Membro da família da cenoura, a raiz de chai hu é um remédio muito usado na China e no Japão, sendo as suas aplicações tradicionais gripes, constipações tipo gripe e febre, ciclos menstruais irregulares e distúrbios do fígado. E um bom tônico e, como todos os remédios amargos, estimula o apetite e o funcionamento digestivo.
Descrição : Planta da família das Apiaceae, também conhecida como bupleurum, chai hu, hare's ear, thorow-wax.
Parte utilizada: Folhas e brotos jovens (cozidas), raiz.
Princípios Ativos: Saikosídeos (substância parecida com saponina), rutina.
Propriedades medicinais: Analgésica, antibacteriana, anti-inflamatória, antimalarial, antiperiódica, antipirética, antiviral, carminativa, diaforética, emenagoga, hemolítica, hepática, peitoral, sedativa.
Indicações: Dismenorreia, circulação, febre, fígado preguiçoso associado com instabilidade emocional, hemorroida, herpes simples, inchaço abdominal, malária, proteção do fígado.
Na medicina tradicional chinesa, o ghai hu é combinado com ervas como a peônia branca (Paeonia lactiflom) e o alcaçuz (Glycyrrhiza glabrd) para tratar problemas como a irregularidade menstrual e o prolapso do útero.
Sistema imunológico - Investigações contínuas ao longo dos últimos 30 anos — sobretudo no Japão — sugerem que o ghai hu tem uma combinação única de benefícios medicinais. Tem uma forte ação anti-inflamatória, de certo modo semelhante à dos esteróides, que ajuda a reduzir e a prevenir a inflamação no corpo.
Ao mesmo tempo, favorece o sistema imunitário e protege o fígado e os rins. A sua aplicação principal é, portanto, nos distúrbios do fígado e dos rins, sobretudo quando estes estão sob pressão devido a inflamação crônica, toxicidade ou doença autoimune. Em problemas simples, tais como constipações, gripe c febre, a automedicacão não é perigosa, mas em doenças graves, como a doença autoimune, só deve ser tomado se recomendado por um profissional.
Contraindicações/cuidados: tóxica , usar somente sob supervisão médica. contraindicada para quem tem enxaquecas graves e conjuntivite.
Por vezes, pode causar sintomas gastrointestinais, como flatulência, náuseas e vômitos.
Modo de usar:
- Infusão ou decocção : malária, prolapso uterino e retal, herpes simples, hemorroidas, fígado preguiçoso associado a instabilidade emocional, desordens menstruais e inchaço abdominal;
- Raiz fresca com vinho: para enfermidades febris;
- raiz fresca com vinagre: como estimulante circulatório;
- Raiz misturada com sangue de tartaruga: malária. Claro que nos dias hoje não é mais possível de se fazer essa receita, devido a proibição da caça das tartarugas marinhas. Mais fica o registro como curiosidade.
Nota: o Bupleurum rotundifolium L., é utilizado como vulnerário, para diminuir as inchações das glândulas e também na gota.
Bupleurum

BUCHU


Barosma betulina

Tônico, antisséptico e levemente estimulante, o buchu é essencial na medicina tradicional da África do Sul e ajuda a aliviar as infecções do sistema urinário e a flatulência.
Descrição : Planta da família das Rutaceae. Espécies de buchu mais utilizadas são a Barosma betulina, de folhas "curtas", B. crenulata, folhas "ovais" e B. serratifolia, de folhas "longas". A espécie B. betulina é a mais valorizada, também conhecida como buchu.
Parte utilizada: Folhas.
Princípios Ativos: Mucilagem, alfa-pineno, alfa terpineno, barosma-cânfora, ácido ascórbico, canfeno, hesperidina, pulegona, resina, rutina, selênio.
Propriedades medicinais: antisséptica, anti-inflamatória, diurética.
Indicações: Inflamações das mucosas, colo e vagina, úlceras, problemas respiratórios e gástricos;
Infecções do sistema urinário - É um remédio específico para cistite e infecções do sistema urinário, tendo o seu óleo essencial uma notável ação antisséptica. Para infecções agudas. Outras plantas, como o arando (Vacdnium macrocarpuni), são melhores para problemas crônicos.
Contraindicações/cuidados: Mulheres grávidas. O óleo essencial pode causar irritação em pessoas sensíveis.
Modo de usar: infusão de 10-20 g/l de água fervente. Deixar esfriar 15 minutos. Tomar 200 ml três a seis vezes ao dia.
Buchu

BUCHINHA DO NORTE


Luffa operculata

Buchinha do Norte ou Luffa operculata, é uma trepadeira originária da América do Sul, utilizada empiricamente contra a rinite e a sinusite.
Descrição : Planta da família das Cucurbitaceae, também conhecida como cabacinha, buchinha, bucha dos paulistas, purga de João Pais, abobrinha do norte, abobrinha do mato, bucha dos caçadores, purga de bicho, purga de bucha, purga de alope, endoço, bucha dos pescadores, purga dos paulistas, bucha do norte, capa de bode, buchinha do nordeste.
É uma trepadeira de caule com 5 anguloso, gavinhas simples ou bífidas, compridas e vilosas. Folhas longo pecioladas, cordiformes ou reniformes, angulosas ou lobadas (de 3 à 5 lobos), um pouco ásperas.
Flores amarelas, campanuladas, pequenas, axilares. Frutos ovoides, moles, pequenos, ásperos e com pequenas nervuras ou saliências espinescentes e seriados.
Sementes compridas, lisas, com as margens regulares, sem alas.
Parte utilizada : Fruto Seco.
Plantio :
Multiplicação: reproduz-se por sementes;
Cultivo: em solos arenosos e secos;
Colheita: colhem-se as buchinhas quando maduras.
Habitat: E cultivada em vários países de clima quente, com fins medicinais.
É erva uma invasora e daninha, aparecendo em pastos e terrenos baldios em quase todo o pais.
História: Planta de uso popular, encontrada em mateiros e raizeiros, feiras livres, lojas de produtos naturais e algumas farmácias costuma ser usada como abortiva, com resultados perigosos devido a sua toxidade. Jamais deveria ser usada por leigos, mas sendo espontânea em várias regiões, é impossível controlar seu uso.
Somente o esclarecimento poderá colocá-la no seu devido lugar - planta de uso restrito, sob a supervisão de profissionaisgabaritados.
Origem : A buchinha é originária da América do Sul, e nativa no Brasil.
Principal uso : A aspiração do infuso aquoso dos frutos há muito tempo tem sido utilizada empiricamente contra a rinite e a sinusite. Porém, existem muitos relatos da ocorrência de hemorragias nasais após estas aspirações, resguardando seu uso. Entretanto, não foi da utilização desta planta no tratamento da sinusite que resultaram as intoxicações atendidas no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Neste, todas as ocorrências relacionadas à buchinha tiveram como vítimas mulheres, entre 16 e 25 anos, que ingeriram quantidades variáveis de chás preparados com os frutos, na tentativa de causar aborto.
Um caso de óbito foi registrado. São poucos os relatos na literatura referentes a intoxicações por esta espécie. Os que existem fazem alusões a intoxicações experimentais em animais. O mecanismo de ação do vegetal não está esclarecido e ainda existem dúvidas sobre o princípio causador do quadro toxicológico.
Principais Propriedades :
Das espécies Luffa acutangula Roxb., L. cylindrica (L.) Roem. e L. aegyptiaca Mill. foram isoladas glicoproteínas com açõesinibidoras da síntese proteica, embriotóxicas e abortivas, propriedades estas demonstradas em animais de laboratório (Ngai et al. 1992a, 1992b e 1993 apud Schenkel et al., 2001).
Da espécie L. operculata propriamente dita, não há experimentos específicos com o objetivo de elucidar a ação abortiva do fruto. O trabalho mais significante foi realizado por Matos & Gottlieb em 1967. Neste, os autores isolaram do extrato aquoso do fruto um princípio amargo denominado isocucurbitacina B. As cucurbitacinas são esteróides resultantes da oxidação de triterpenos tetracíclicos e estão largamente distribuídas na família Cucurbitaceae.
Para estas substâncias as atividades biológicas descritas na literatura são ações descongestionantes, laxativas, hemolíticas, embriotóxicas e abortivas. Recentemente trabalhos sobre o efeito necrótico destas substâncias em tumores estão sendo publicados. Assim, em virtude da série de relatos confirmando a toxicidade das cucurbitacinas, admite-se que a isocucurbitacina B seja o princípio tóxico de L. operculata.
Toxicologia : Nos casos descritos de intoxicação os sintomas apareceram cerca de 24 horas após a ingestão do chá. Náuseas, vômitos, dores abdominais e dores de cabeça são os sintomas primários, subsequentemente advêm hemorragias, podendo ocorrer o coma e a morte. Para o tratamento são recomendados apenas a administração de carvão ativado, e tratamento sintomático para distúrbios gastrintestinais.
Princípios Ativos: M-carboxifenil alaunina, cucurbitacina B, isocucurbitacina B, cucurbitacina D, gipsogenina e luperosídeos A, B, C, D, E, F, g e H. Os frutos contém um princípio amargo chamado buchinina.
Propriedades medicinais: Descongestionante, drástico, laxante.
Frutos: emenagogos, vermífugos, drásticos, vomitivos, hidragogos, anti-herpéticos, purgativos, expectorantes, anti-sinusíticos, esternutatórios, descongestionantes nasais, adstringentes, antidiabéticos e antissépticos.
Sementes: anti-helmíntico.
Indicações: rinite, ameba, herpes, sinusite, amenorreia, ascite, inflamações gênitourinárias e oftálmicas, hematomas, úlceras, feridas, hidropisia, clorose.
Contraindicações/cuidados: Indicada para sinusites e rinites é para ser utilizada apenas para uso externo nasal. Jamais deve ser fervida pois suas substâncias de princípio ativo têm característica cáustica sobre a mucosa nasal, podendo provocar hemorragias e danos a mucosa.
Efeitos colaterais: Dose elevada irrita mucosa e em uso interno é hemorrágica. Provoca náuseas, cólica, fortes dejeções.
Superdosagem: Como e uma planta ainda não estudada convenientemente, e difícil estabelecer um limite entre suas dosagens terapêuticas e tóxicas. Sabe-se que seu uso prolongado pode levar também a alterações do fígado e da função renal. Em caso de ingestão deve-se proceder as medidas usuais - lavagem estomacal, sonda nasogástrica e tratamento sintomático das reações apresentadas. Em caso de reações alérgicas e fotodermite por uso externo, o tratamento deverá ser sintomático e proporcional a reação apresentada.
Buchinha do Norte - Fruto
Buchinha do Norte - ViedadesBuchinhja do Norte FLorBuchinha do Norte Semente
Modo de usar:
- Colutório (para sinusite): 1 colher das de café de cloreto de sódio puro em uma xícara das de chá de água. Descascar a buchinha e retirar um pedaço fino com 1 cm 2 de área e colocar na solução salina. Deixar e maceração por 5 dias e coar. Pingar 1 a 2 gotas nas narinas de manhã e à noite. Não assoar o nariz; deixar que o fluxo escorra naturalmente. Repetir até no máximo 5 dias.
- Colutório (outra receita): ferver 1 g do fruto em água. Esfriar e pingar uma gota na narina. - Cortar a buchinha em 4 fatias, deixar uma das fatias de molho em água mineral por uma noite. Na manhã seguinte, gotejar esta água nas fossas nasais, 2 vezes ao dia e inspirar profundamente.
Farmacologia: Há relatos de seus possíveis efeitos medicinais mas não foram encontrados estudos comprobatórios de sua eficácia para estas indicações; Frutos: emenagogos, vermífugos, drásticos, eméticos, hidragogos, antiherpeticos, purgativos, expectorantes, anti-sinusite, descongestionante nasal, adstringente, antidiabeticos e anti-septicos; Sementes: antihelmiticas; Ressaltamos que em função de sua elevada toxidade, só o uso em sinusites, com o devido acompanhamento, poderá ser tolerado.

Bucha Paulista

Bucha Paulista

Luffa cylindrica

O fruto dessa trepadeira é utilizado como purgante e vermífugo em forma de infusão.
Descrição : Trepadeira de até 5 metros, de folhas grandes, ásperas e verde escuras, que lembram a forma de uma mão aberta. Flores grandes amarelas. Fruto de até 50 cm de comprimento, cilíndrico, amarelo quando maduro e castanho escuro quando seco.
Habitat : Clima tropical, mas em regiões com 900 a 1200 metros de altitude, verões suaves ( 22 a 25 graus) e boa ventilação, tem mostrado boa produção. Prefere solo argilo-arenoso, fértil, bem drenado e com acidez fraca. Deve ser plantado na primavera. Exige fertilidade e se dá bem com adubação orgânica.
Indicações : A polpa do fruto da luffa cylindrica madura é usada pelo povo como purgativa e vermífuga. infusão com 8 gs para um copo de água fervida. Caules e folhas têm seu uso popular nas pertubações do fígado, prisão de ventre e anemia.
Dosagem : O fruto da bucha dos paulistas é bastante utilizado como esponja para banho.
Bucha

BRÓCOLIS

Brassica oleracea

Esse vegetal tem a capacidade de combater os radicais livres, por isso é indicado no tratamento de várias doenças.
Descrição : Planta da família das Brassicaceae, também conhecida como brócoli, brócolos, brocos, couve-brócolo.
Parte utilizada: Folhas, flores.
Princípios Ativos: Ácido fólico, betacaroteno (provitamina A), cálcio, ferro, fibras, flavonoides, indol, isotiocianatos, proteína, vitamina do complexo B, C, E, zinco.
Propriedades medicinais: Anticancerígena, anti-inflamatória, calcificante, calmante, diurética, emoliente, laxante, vitaminizante.
Indicações: Anemia, ansiedade, bloquear ou reduzir danos celulares no caso de tumores e câncer, carência de vitaminas A, C e E, colite, deficiência de calcificação, inflamação, irritabilidade.
Contraindicações/cuidados: Quando cozido (eleva o teor de enxofre) podendo causar irritação em pessoas com estômagos sensíveis e formação de gases intestinais e flatulência.
Modo de usar: Puro em saladas, refogado ou como ingrediente de massas, suflês, cremes e bolos.
Brócoli

BRIÔNIA


Bryonia dioica

Essa trepadeira tem um cheiro ruim, mais é um purgante muito forte, também é utilizada na produção de fécula.
Descrição : Família das Cucurbitáceas. É planta trepadeira de raiz tuberosa, muito grande, caules híspidos, angulosos, finos ásperos e com gavinhas espiraladas muito compridas; folhas pecioladas, cordiformes, alternas, palmadas ou subpalmati-fendidas, com 5 lóbulos de segmentos triantulares ou oblongos, aguçados e sinuados, revestidos de pelos ásperos nas duas páginas; flores verde amareladas, todas dispostas em pequenos racimos axilares, fruto baga globosa, vermelha, pequena, contendo 4 a 6 sementes envoltas em polpa mucilaginosa.
Sua raiz tem péssimo cheiro, mas constitui um purgativo de alto valor e em alguns casos é diurética e vomitiva, sendo também empregada para a cura da hidropisia, do reumatismo, da asma úmida, da coqueluche, assim como de outras afecções, porém seu emprego deve ser muito limitado porque seu uso é muito perigoso.
Essa planta contém 20% de fécula que, depois de fermentada, pode substituir a batata-inglesa, pois encerra, entre outras substâncias, a "bryoicina que é uma matéria cristalina azotada e também a "bryonina", glicosido formado por dois princípios amargos, porém não azotados. A briônia irrita a pele.
Origem : É originária da Europa onde tem grande cultura pelos seus dotes medicinais. Na França é conhecida como Navet du Diable e Vigne Blanche e em Portugal, onde a cultivam também chamam-se norça-branca.
Parte utilizada: Raiz.
Princípios Ativos: Glicosídeos (brionina), tanino, fitosterinas e resinas (briosterinas).
Propriedades medicinais: antirreumática, laxante, diurética, vermífuga.
Indicações: Usada na homeopatia para: tosse, resfriado, gripe, pneumonia, branco pneumonia, hemoptise, dispepsia com acidez, dor de estômago, congestão hepática, diabete, apendicite, pericardite, peritonite, meningite, dor de cabeça, dor lombar, glaucoma, sarampo, inflamação dos seios, febre puerperal, diarreia, crupe, vermes, reumatismo.
Contraindicações/cuidados: Toda a planta é venenosa, por isso deve ser empregada com a máxima prudência. Usar somente sob prescrição médica. As raízes e bagas contêm brionicina, que causa diarreia e enrijecimento tetânico; vinte bagas é uma dose mortal.
Modo de usar:
- Cataplasma : aplicar 30 gramas da raiz fresca e esmagada em uma gaze. Não se fazer uso constante e prolongado desta cataplasma , pois pode provocar graves irritações na pele;
- Vinho: macerar 60 gramas da raiz cortada em pedaços pequenos em um litro de vinho de boa qualidade. Deixar 24 horas, filtrar o vinho e colocá-lo em uma garrafa, tomando uma colher antes das refeições principais: diurético, reumatismo;
- Infusão de 3 gramas do pó da raiz seca em meio litro de água fervente. Deixar esfriar e filtrar com um tecido e beber em duas vezes: prisão de ventre, vermes;
Unguento : cozinhar, em pouca água, 20 gramas da raiz esmagadas. Misturar com vaselina. Aplicar sobre a região afetada: reumatismo.
Brionia

BRIÔNIA BRANCA


Bryonia alba

Essa planta pode ser tóxica em contato com a pele, provocando urticária, mais medicinalmente pode ser utilizada para o tratamento do reumatísmo.
Descrição : Planta da família das Cucurbitaceae.
Parte utilizada: Raiz.
Princípios Ativos:
Raiz: amilase, bryoamaride, brionicina, brionina, bryonol, bryopolyose, bryoresin (20,000 a 68,000 ppm), ceryl-álcool, ácido chrysophanic, dihydrocucurbitacin-B, invertase, ácido linolenic, ácido oleico, ácido palmítico, peroxidase, phlobaphene, rhamnose, spinasterol, ácido esteárico, tanino, ácido trihydroxyoctadecadienic, trimetilamina, uréia;
- Planta: bryodulcoside, bryoioside, catechin-tanino, cucurbitacin-B, cucurbitacin-D, cucurbitacin-E, cucurbitacin-I, cucurbitacin-J, cucurbitacin-K, cucurbitacin-L, delta-7-estigmasterol, dihydrocucurbitacin-E, glicose, iso-23,24-dihydrocucurbitacin-D, estigmasterol, tetrahydrocucurbitacin-B; - Esporos ou pólen: kaempferol-3-o-rutinoside.
Propriedades medicinais: Catártica, diurética, emético, laxante.
Indicações: Reumatismos, gota, eliminar sais tóxicos, reumatismos.
Contraindicações/cuidados: Toda a planta é tóxica. Usar somente sob prescrição médica.
Efeitos colaterais: O contacto da seiva com a pele pode provocar uma urticária e uma vesicação dolorosa: quinze bagas são uma dose mortal para uma criança.
Modo de usar:
- Cataplasma : Aplicar 30 gramas da raiz fresca e esmagada em uma gaze. Não se fazer uso constante e prolongado deste cataplasma , pois pode provocar graves irritações na pele;
- Vinho: macerar 60 gramas da raiz cortada em pedaços pequenos em um litro de vinho de boa qualidade. Deixar 24 horas, filtrar o vinho e colocá-lo em uma garrafa, tomando uma colher antes das refeições principais: diurético, reumatismo;
- Infusão de 3 gramas do pó da raiz seca em meio litro de água fervente. Deixar esfriar e filtrar com um tecido e beber em duas vezes: prisão de ventre, vermes;
- Unguento: cozinhar, em pouca água, 20 gramas da raiz esmagadas. Misturar com vaselina. Aplicar sobre a região afetada: reumatismo.
Briônia Branca

Bredo


Amaranthus hypochondriacus

Descrição : Planta da família das Amaranthaceae, também conhecida como bredo e amaranta. Erva encontrada do amazonas ao Rio de Janeiro. Apresenta ramos mais ou menos avermelhados, folhas ovais verdes ou violáceas. Flores verde pálidas em espigas. O fruto é uma cápsula que apresenta uma única semente, castanha ou preta.
Parte utilizada: Folhas.
Propriedades medicinais: Adstringente, antisséptico, demulcente, diurético, regulador menstrual, tônico, vulnerário.
Indicações: diarreia, disenteria, menorragia, gengivites, amidalites, corrimento vaginal, ferimento, hemorragia nasal e nos intestinos, leucorreia.
Modo de usar:
- Infusão ou decocção para uso interno : duas colheres de sopa de folhas e flores secas em 1 litro de água fervente. 3 xícaras de chá ao dia: diarreia, disenteria, hemorragia nos intestinos;
- Infusão ou decocção para uso externo: seis colheres de sopa de folhas e flores secas em um litro de água: lavagem de ferimentos, hemorragias, gargarejos e bochechos para aftas e ulcerações bucais, irrigações vaginais, compressas.
Bredo

BRAÚNA PRETA


Melanoxylon brauna

Árvore de até dezessete metros de altura, nativa do Brasil, especialmente das regiões Nordeste, é a espécie de árvores conhecida com uma das mais duras e incorruptíveis madeiras de lei brasileiras, acastanhada, quase negra nos espécimes mais velhos.
Descrição : Planta da família das Fabaceae, também conhecida como baraúna, árvore-da-chuva, barauninha, bimbeira, canela-amarela, coração-de-negro, garauba, garauna, garauna-da-moda, garauna-preta, graúna, guirauna, ibirauna, ipe-taruman, maria-preta-da-mata, maria-preta-do-campo, muiraruna, muirauna, parova-preta, parovauna, perovauina, perovauna, rabo-de-macaco, ubirarana, ubirauna, ybira-uma.
Propriedades medicinais: adstringente, vasoconstrictora.
Indicações: diarreia tuberculosa, disenteria infecciosa, hemoptise, metrorragia.
Brauna Preta

BUXO

Essa é a palma utilizada no domingo de ramos e possui diversas utilizadades, desde o uso da sua madeira até no tratamento da veríola.
Descrição : O buxo é uma árvore que se mantém sempre verde, e cuja madeira é muito dura. Pertence à família das Celastrináceas.
Suas flores são verdes e as folhas lustrosas.
Os católicos utilizam os galhos dessa planta nas procissões do Domingo de Ramos.
A madeira é empregada no fábrico de bolas de bilhar e de objetos de uso doméstico.
A análise das suas folhas revelou que a planta contém um alcaloide, a buxina, uma substância cristalina, a buxeína e uma resina, a parabuxina. Também as suas cascas possuem tais substâncias.
História da planta :
O uso da planta em medicina é muito antigo.
São Hildegardo já a empregava no século XII para o tratamento da varíola, e mais tarde foi utilizada como depurativo.
Há muito tempo que é usada também contra o reumatismo crônico.
Antigamente foi usada para fazer crescer os cabelos. Tal propriedade, ao que parece, não está confirmada, mas há médicos que a utilizam ainda como febrífugo e colagogo, seja sob a forma de tintura ou de alcoolatura.
Parte utilizada: Toda a planta.
Princípios Ativos: alcaloide buxina, buxeína e parabuxina, óleos essenciais, taninos .
Propriedades medicinais: Antiasmática, antirreumática, antissifilítica, depurativa, diurética suave, laxante, purgativa, sudorífica, tônico capilar.
Indicações: amebas, febre, giárdias, micções noturnas involuntárias, queda do cabelo (evitar), reumatismo, secreção biliar (aumentar), sífilis, vias biliares e urinárias (inflamação).
A decocção das folhas é purgativa e sudorífica.
A tintura ou a alcoolatura é ministrada na dose de 4 g por dia. Se se deseja apenas uma ação sudorífica, a decocção surte bom resultado (40g de folhas secas num litro de água) até ficar reduzida a 2 terços, para ser usada em quatro ou cinco vezes.
Nota: antigamente, era usada para tratar malária, porém hoje é raramente usado, por causa de sua toxicidade.
Contraindicações/cuidados: Planta tóxica. Só deve ser usada sob orientação médica. O excesso causa distúrbio gastrointestinal incluindo náuseas, vômitos, diarreia, cólicas abdominais, convulsões, distúrbios hidreletrolíticos e até morte. O tratamento é sintomático e de suporte, visando principalmente ao controle dos distúrbios hidreletrolíticos.
Buxo
Modo de usar:
- Decocção de 40 g de folhas secas em 1 litro de água, até ficar reduzida a 2/3 do volume: sudorífica;
- Tintura ou alcoolatura: 4 g/dia. - infusão de meia colher de café por chávena de água;
- Pó das folhas. 0,5 g por dia; - folhas em compressas ou banhos: dores reumatismais, a gota e erupções cutâneas;
- Decocção: ferver 25 g de folhas de buxo em um litro de água. Quando a quantidade de líquido estiver reduzida a um terço, adoçar com muito açúcar e beber em duas vezes: febre;
- Decocção, por 10 minutos, de 60 g de casca em um litro de água. Beber durante o dia: reumatismo.

BORRAGEM


Borago officinalis

A semente da borragem, planta anual originária da Europa e Norte de África, contém até 25% de óleo e é muito usada pelos seus ácidos gordos ómega-6.
Descrição : Planta da família das Borragináceas, também conhecida como foliagem, borracha-chimarrona. As flores fornecem um corante azul muito bonito. Uma bebida refrescante pode ser feita com borragem no verão. Ela frequentemente cresce em regiões próximas a apiários, pois tem uma quantidade de néctar que as abelhas apreciam muito. As flores azuis podem ser desidratadas com sílica, para depois serem coladas em grinaldas de flores naturais desidratadas.
História : Seu nome vem da antiga língua dos celtas, Borrach que significa coragem. Há literatura que considera este nome proveniente do latim Borra. Os relatos antigos dizem que esta planta tem a capacidade de espantar a melancolia e trazer coragem, além de fazer as pessoas felizes e trazer um coração confiante. Os romanos também apreciavam muito a borragem. Plinius, um naturalista romano (23 a 79 DC) disse: "Eu, borragem, trago sempre a felicidade". Tabernaemontanus escreveu em seu livro de plantas medicinais na Idade Média: "Hoje em borragem , tomando-se cinco folhas de borragem, afasta-se toda a sujeira do sangue".
Seu uso e mencionado por Plínio (61 a,c.), por Dioscorides (40 a.c.), e por Galeno (129 a.c.). As folhas da borragem foram usadas na Europa como condimento e também como medicamento desde a Idade Media; As folhas e flores são adicionadas ao vinho e ao suco de limão para fazer as bebidas populares 'claricot' (similar a sangria) e 'cool tankard' (uma bebida celtica feita com vinho, água, limão, açucar e borragem).
Parte usada : Folhas, sumidades floridas.
Habitat: E uma erva nativa da Europa que foi disseminada extensamente em outras áreas.
Origem : Mediterrâneo.
Propriedades : Gota, afecções respiratórias (bronquites, tosses), escassez de urina, reumatismo, transtornos menstruais, furúnculo
Indicação : Seu uso medicinal data da Idade Média, quando se acreditava que exercia um efeito mágico sobre o corpo e a mente. Utilizado hoje apenas pela medicina popular, pois a medicina científica aconselha apenas seu uso externo devido a recente descoberta da presença de alcaloides tóxicos nas suas folhas.
Na medicina tradicional de hoje é considerada emoliente, depurativa, sudorífica, diurética e laxativa. É também considerada anti-inflamatória. Suas flores são empregadas na forma de infusões como expectorante e contra certas afecções do fígado e coração. Indicada contra tosse, reumatismo. Hoje se sabe que a borragem estimula as suprarrenais, favorecendo a produção de adrenalina, o hormônio que prepara o corpo para situações de tensão. As folhas carnosas e ásperas podem empregar-se como tônico da suprarrenal, no caso de stress, ou sequelas de terapia com esteróides. O óleo extraído das sementes pode ser empregado como alternativa ao óleo de prímula, para transtornos menstruais e reumáticos. Para aumentar a sudorese, empregam-se as flores, e as folhas para uma ação diurética. Uma atividade refrescante lhe é atribuída. Uma folha fresca abaixará a temperatura da boca, desta forma é útil em febres. Cultivada em hortas, esta erva é muito apreciada pois suas folhas são empregadas por séculos em saladas. Pelo fato de possuir potássio, é indicado para pessoas que precisam de uma dieta sem sal. Pode ser usado externamente como compressa em pele irritada ou inflamada.
Distúrbios de pele crônicos - Rico em ácidos gordos ómega-6, o óleo de borragem tem uma ação anti-inflamatória notável. Tomado durante meses, pode melhorar problemas como o eczema. Aplique na pele seca ou com comichão.
Princípios Ativo : Mucilagem, tanino, nitrato de potássio, sais (potássio, cálcio), alantoína, óleo essencial, saponina, óleo fixo, ácido salicílico, Vitamina C.
Modo de Usar :
Depurativo
Infusão: em 1 litro de água fervente colocar em infusão 20g de cada uma das seguintes ervas: borragem, agrião, dente-de-leão, fumaria, chicória-silvestre, cerefólio. Coar, adoçar e beber o líquido na dose de 3 a 4 cálices ao dia, a começar pela manhã em jejum.
Vinho depurativo - Colocar um punhado de sumidades floridas frescas de borragem em 1 litro de vinho de boa qualidade, deixar macerar por cerca de uma semana, coar e consumir em calicezinhos antes das refeições.
Gota, furúnculo
Cataplasma : cozinhar um punhado de folhas secas de borragem em pouquíssima água. Quando esta tiver evaporado, estender as folhas sobre uma gaze, espremê-la para fazer sair todo o líquido, e aplicar o cataplasma bem quente sobre a parte dolorida.
Reumatismo -
Decocção: em 1 litro de água, ferver por meia hora 10 g de folhas secas de borragem, filtrar, adoçar com mel e beber 3 a 4 xícaras ao dia.
Tosse
Decocção: 40g de folhas em 1 litro de água, ferver por um quarto de hora, coar, adoçar e beber em 2 ou 3 vezes durante o dia. infusão: 15g de folhas e flores de borragem em 1 litro de água. Deixar macerar por três quartos de hora. Filtrar, adoçar com mel e beber o líquido em xícaras, na dose de 1 xícara a cada 2 ou 3 horas. Esta infusão é emoliente e refrescante e é benéfica nas tosses secas e persistentes.
Toxicologia : Descobertas sobre sua composição química, como alcaloides isopirrolizidínicos, supinina, licopsamina, intermedina, ambilina e thesuinina tornam, segundo alguns estudiosos, esta planta imprópria para consumo. Segundo determinação do Ministério da Saúde, divulgada após a descoberta destes alcaloides no confrei, todas as plantas que contenham estes alcaloides só devem ser usados em aplicações locais, isto é, externamente. Estes tem ação tóxica e sua ingestão pode levar ao aparecimento tardio de cirrose hepática ou câncer do fígado. Este alcaloide está em maior quantidade nas folhas frescas do que nas folhas secas. Deve-se tomar um cuidado ao fazer preparações com a borragem. Deve-se filtrar muito bem para que se eliminem os pelos, visto que engolidos, podem causar irritações no estômago.
Posologia:1 a 3 g/dia de óleo da semente de borragem.para adultos, em uso interno como preventiva de deficientes, na TPM, displasia mamaria, depressão, hiperatividade infantil e cirrose hepática; 1 g/dia para crianças; O conteúdo de acido gama linolenico do óleo esta entre 20% e 26%; Tintura.
Precaucoes: Embora nenhuma evidencia direta esteja disponível, e recomendado cuidado a pacientes com epilepsia, pois ha relatos de redução do ponto de desencadeamento de crises convulsivas com o uso do óleo de prímula.
Superdosagem: Em doses (muito) elevadas pode causar intoxicação pela presença dos alcaloides pirrolizidmicos; Recomenda-se manter a dosagem indicada.
Borragem
Dica Culinária : Muito utilizado em saladas, suas folhas são saborosas. A borragem confere às saladas um sabor fresco, ligeiramente salgado e parecido com o do pepino, além de melhorar seu aspecto. Tempera-se com endro e cebola. Suas flores de muito graciosas que são pode-se fazer um confeito muito bonito. Mergulha-se a flor na clara de ovo e depois no açúcar de confeiteiro e deixa-se secar. Desde a Antiguidade suas flores são adicionadas ao vinho e podem também entrar na composição de bebidas alcoólicas, dando-lhe um efeito estimulante. Charles Dickens, autor inglês do século XIX, era apaixonado por este ponche, e oferecia a seus amigos americanos a sua receita particular, quando estes o visitava.
Ponche Charles Dickens • 2 copos (500ml) água • 1/2 copo (120ml) açúcar • 2 colheres de sopa (30ml) de raspas de limão • 1/4 copo (60ml) flores de borragem • 2 copos (500ml) de sherry - vinho de Xerez • 1 copo (240ml) brandy - conhaque • 4 copos (1 litro) cidra de maçã Despeje a água fervente sobre o açúcar, raspas de limão e borragem. Deixe agir por 10 minutos. Coe e adicione o conhaque, o Xerez e a cidra.
Flores de borragem cristalizadas • 1 copo (240ml) flores de borragem • 1/2 colher (chá) (2,5ml) água fria • 1 clara de ovo • açúcar granulado Lave as flores de borragem e remova o excesso de umidade com papel toalha. Misture a clara de ovo e água, bata bem. Mergulhe as flores na mistura e então no açúcar. Coloque em papel manteiga para secar. Acondicione não por muito tempo em vasilha muito bem fechada, longe de umidade
Farmacologia: No óleo de prímula o AGL e o triglicerol estão unidos na posição sn-3, mas no óleo da semente da borragem estão unidos na posição sn-2, o que explica a bio-disponibilidade inferior de AGL no óleo da semente da borragem comparado com o óleo de prímula; Por causa da ocorrência de alcaloides pirrolizidinicos tóxicos em outros membros da família boraginaceae, os alcaloides das folhas, sementes e óleo da semente de borragem foram investigados cuidadosamente.
A presença dos alcaloides pirrolizidimicos insaturados nas folhas, flores e sementes da borragem sugerem um potencial risco de hepatotoxicidade, embora a quantidade total de alcaloides na planta seja baixa -menos de 0.001%, estas sementes maduras e de aproximadamente 0.03%; A atividade antioxidante da borragem foi atribuída ao ácido rosmarino; O ácido linoleico e um ácido graxo com 18 carbonos, considerado um nutriente essencial porque só e obtido através da dieta; A enzima d-6-desaturase converte o ácido linoleico em ácido gama-linoleico, a enzima taxa limitante desta cadeia de reações; Dois carbonos são adicionados ao ácido gama-linoleico, formando o ácido dihomogama-linolenico (ADGL), que contém 20 carbonos e e um metabolite importante para a síntese de prostaglandinas anti-inflamatórias da serie 1 (por exemplo, PGE1) e ao ácido 15-(S)-hidroxi-8,11,13-eicosatrienoico (15HETrE) em diferentes tipos de células; Teoricamente - suplementação com ácido gama-linoleico, pode pular a etapa limitante da biossíntese destas prostaglandinas, aumentando a disponibilidade destes moduladores anti-inflamatórios. Outras circunstancias patofisiologicas também podem alterar a conversão do ácido linoleico para acido gama-linoleico.
Fontes comerciais de ácido gama-linoleico incluem o óleo da semente de borragem, o óleo de prímula e o óleo de semente de cassis, assim também como o óleo do fungo Mucor javanicus. Clonagem e introdução da enzima delta-6-desaturase em plantas que não a possuem naturalmente foi proposta como um meio de aumentar a quantidade do acido gama-linoleico na dieta.

BOLSA DE PASTOR


Capsella bursa-pastoris

Essa planta é um poderoso adstringente, muito indicado em casos de vômitos e escarros de sangue.
Descrição : Planta da família das Brassicaceae, também conhecida como braço-de-preguiça, bucho-de-boi, chapéu-de-frade, panacéia; Planta herbácea, de até 60 cm de altura, folhas empubescidas, de forma variável, a saber, partidas (as inferiores), oval lanceoladas (mais acima). Flores brancas em cachos. Frutos cordiformes, com a parte estreita ligada ao pecíolo.
Parte utilizada: Planta inteira, exceto as raízes.
Princípios Ativos: Acetilcolina, ácidos (málico, acético, cítrico, fumárico), alcaloide (sinapina e bursina), colina, ergocristina, flavona diosmina, iohimbina, mirosina, potássio, resina, saponosídeo, tanino, tiramina.
Propriedades medicinais: Adstringente, antiálgica, antidisentérica, antiemética, antiescorbútica, anti-hemorroidária, anti-hipotensora, anti-inflamatória, antisséptica, antisifilítica, cicatrizante, diurética, estomáquica, hemostática, hipotensor, secante, tônica, vulnerária.
Indicações: Esta planta é um poderoso adstringente. É indicada nos casos de vômitos e escarros de sangue, disenterias, regras abundantes, hemorragia nasal, hemorragia uterina. Para esses fins, usam-se 20 a 30 gramas de folhas ou raízes para l litro de água, por infusão.
O suco fresco da planta, tomado em jejum, 30 gramas em um copo de água, é bom para combater a Blenorragia. Na falta da planta fresca, pode usar-se, para o mesmo fim, a planta seca, na dose de 100 gramas para l litro de água. Toma-se em jejum.
Aplica-se o suco fresco da planta, topicamente, para curar a supuração dos ouvidos. A planta fresca, machucada, aplicada em forma de cataplasma, sobre partes doloridas e inflamadas, alivia a de e a inflamação. Em gargarejos, na dose de 30 gramas para l litro de água, usa-se a bolsa-de-pastor para curar as inflamações da garganta.
Contraindicações/cuidados: Uso não é recomendado para gestantes, nutrizes e pessoas com pedras nos rins. Em doses elevadas, a bolsa-de-pastor tem efeito tóxico.
Modo de usar:
Folhas são consumidas cruas, em saladas, ou cozidas.
- Decocção de 30 g de folhas por litro de água. Tomar até 3 litros por dia (50 a 90 g da erva por dia);
- Infusão de 20 a 30 g de folhas para 1 litro de água; 30 g de suco fresco em um copo de água. Tomar em jejum: Blenorragia ;
- Cataplasma da planta fresca, contusa: áreas doloridas e inflamadas;
- Gargarejos: 30 g em 1 litro de água: afecções da garganta;
- Maceração a frio, de 6 colheres de chá de plantas para duas chávenas de água; deixar macerar por 8 horas, filtrar e tomar dia sim, dia não.
- Aplicações externas, para limpeza de feridas, erupções cutâneas e eczemas (infusão ou decocção; - tintura: macerar 30 g de folhas em 100 g de álcool a 60º. Após uma semana, filtrar o líquido e guardá-lo em um vidro.
Bolsa de Pastor

BOLDO DO CHILE


Peumus boldus

Originário do Chile, onde o boldo forma verdadeiras matas de arvores em diversas regiões e no norte se restringe quase que exclusivamente à cordilheira costeira dos Andes.
Descrição : Da família das Monimiáceas, também conhecido como boldo verdadeiro.
As matas de boldo no Chile são mais comuns até 900m de altitude, em geral sobre solos secos com exposição norte, pedregosos, sem terras finas.
Outrora o vale longitudinal chileno possuía extensas matas nativas de boldo, mas hoje estão praticamente destruídas. Frequentemente o gado é levado a pastar nas matas de boldo, o que dificulta ou impede a renovação natural desta planta quando o pastoreio é muito extenso.
É utilizada em combinação com outras plantas aromáticas, na indústria de licores e bebidas alcoólicas amargas. Os incas utilizavam as propriedades do boldo contra sangramentos e como amargo estimulante do estômago.
As propriedades medicinais do boldo foram descobertas incidentalmente através do carneiros. Encaminhados por acaso aos contrafortes da Cordilheira dos Andes, no Chile, alguns rebanhos de carneiros, não encontrando outro tipo de alimentação, passaram a comer as folhas de boldo, que cresce aí em abundância.
Depois de alguns meses, os pastores notaram que os animais estavam curados das doenças do fígado e da prisão de ventre que lhes são característicos. Daí então o boldo ficou conhecido como planta curativa.
Parte Utilizada : Folhas e óleo.
Habitat: Nativo do Chile central e do Peru.
Indicação : Atribuem-se ao boldo, incontáveis virtudes medicinais, tônicas e excitantes, constituem em decocções medicamento especialmente indicado para afecções do fígado e do estômago.
De modo geral atuam contra as seguintes enfermidades: hepatites, litíase biliar, cólicas hepáticas e congestões do fígado, flatulência , dispepsia, dores de estômago, distúrbios gástricos e digestivos, inapetência, fraqueza orgânica, tonturas e insônia, prisão de ventre e cólicas intestinais, reumatismo e gonorreia. Combate a má digestão, fortifica o estômago e os nervos.
Combate a insônia, limpa as manchas da pele, especialmente as do rosto causadas por distúrbios do fígado.
Usa-se o cozimento do boldo externamente para banhos e pedilúvios no combate ao reumatismo, à hidropisia, afecções da pele, sífilis, Blenorragia e a outras enfermidades semelhantes.
O boldo promove o aumento da produção e fluxo de bílis e regula a atividade da vesícula biliar.
perfume do boldo recorda aquele da hortelã e da melissa.
A madeira seca do tronco é excelente para serviços de torno em marcenaria e carpintaria, a madeira é castanho oliva, de grande dureza e durabilidade e de estrutura fina quando seca.
A casca é rica em taninos , e por esta razão é utilizada para curtir e até tingir fibras.
História: No Chile. a fruta amarelo-esverdeada é consumida como alimento, as cascas do caule são usadas na curtição e a madeira é usada na produção de carvão vegetal; As folhas do boldo têm sido usadas pelos nativos sul-americanos há séculos.
Faz parte da farmacopeia homeopática. O extrato de boldo também é usado para dar sabor a bebidas alcoólicas. Um estudo etnobotânico demonstrou a importância do boldo na cultura guatemalteca como planta medicinal.
Modo de Conservar : As folhas são utilizadas frescas ou secas ao sol, em local ventilado e sem umidade. Guardar em sacos de pano ou papel.
Origem : Chile
Propriedades : Afecções do fígado e do estômago, litíase biliar, cólicas hepáticas, hepatites, dispepsia, tontura, insônia, prisão de ventre, reumatismo, gonorreia,
Princípios Ativo : Alcaloides derivados de aporfinas: laurolitsina, reticulina, isoboldina, boldina, a N-metil-laurotetanine, laurotetanina, isocoridina. e norisocoridina; Alcaloides isoquinolínicos: pronuciferina, sinoacutina, 6a, 7 -dehydroboldina, coclaurina; Óleo essencial (46 compostos): p-cimeno, ascaridol , 1, 8 cineol, p-cimeno-7 -01, transverbenol, timol, eucaliptol, eugenol; flavonoides: peumosídeo boldosídeo; Ácido tânico; Gomas; Terpeno; Boldoglucina.
Modo de Usar :
Colecistites, eliminador de cálculo biliar (ácido úrico e oxalato de cálcio) - Em 1 xícara (chá), coloque 1 colher (sobremesa) de folhas picadas e adicione água fervente. Abafe por 20 minutos e coe. Tome 3 xícaras (chá) ao dia, sendo uma em jejum, e as demais 30 minutos antes das principais refeições.
Afecções gástricas, afecções hepáticas, afecções renais, inapetência - Coloque 3 colheres (sopa) de folhas picadas em 1 garrafa de vinho branco. Deixe em maceração por 5 dias, agitando o líquido de vez em quando. Coe. Tome 1 cálice antes das principais refeições.
Insuficiência hepática, colecistites, cálculo biliar (ácido úrico ou oxalato de cálcio), inapetência - Coloque 2 colheres (sopa) de folhas picadas em 1 xícara (chá) de álcool de cereais a 70%. Deixe em maceração por 5 dias, mexendo de vez em quando. Coe. Tome 1 colher (café), diluído em um pouco de água, antes das principais refeições. Antes da utilização, colocar as doses diárias ao sol, para evaporar o álcool nelas contido.
Colecistites, cálculos biliares decocção: ferver 15g de folhas de boldo em 1 litro de água, por dois minutos. Coar, adoçar e beber duas xícaras (chá) por dia. Vinho medicinal: macerar por três dias, 30g de folhas de boldo em um litro de marsala. Filtrar o líquido , colocá-lo em uma garrafa e consumir um calicezinho ao fim de cada refeição.
Contra Indicação : Tomada em doses maiores que as recomendadas, pode provocar vômitos. Cuidados com a planta seca: as folhas dessecadas vão reduzindo os teores das substâncias citadas à medida que envelhecem, até chegar ao ponto em que se tornam inúteis tanto para fins medicinais como aromáticos.
Os estoques velhos deverão portanto ser substituídos por folhas novas da última colheita. Adquirir a planta somente em casas especializadas, visto que a planta não cresce no Brasil, e somente é encontrada na forma seca.
Boldo do Chile
Precauções: Mudanças nas taxas sanguíneas de bilirrubina, glicose, colesterol, aspartato-arginina transferase, alanima de 1 gina-amino transferase e ureia, devem ser monitoradas.
Superdosagem: Quando consumido em quantidades excessivas. acima de 10 mg de extrato seco, pode causar vômitos, diarreias, tonturas, alucinações audiovisuais, tontura e convulsões.
Posologia: O efeito do extrato de Boldo no tempo de trânsito intestinal foi estudado em uma dose de 2,5 g dia; 1 a 4 gotas em água de tintura diluída em água, 3 vezes ao dia; 2g de folhas secas ou 4 g de folhas verdes -1 colher de sopa para cada xícara de água, em decocto ou infuso, 2 a 3 vezes ao dia;
Pó: 1 a 2g ingeridos 3 vezes ao dia, antes das principais refeições:
Extrato fluido: 1 a 3 gotas em água, até 3 vezes ao dia; Extrato é3 vezes ao dia.
Interação medicamentosa: Pode potencializar o efeito de depressores do SNC, com risco de depressão respiratória. Não devem ser usados concomitantemente; Pode causar reação semelhante se o produto contiver álcool.
Potencializa o efeito de diuréticos; Uma mulher com 67 anos, usando 2 mg de varfarina: teve aumento nos parâmetro anticoagulantes ao usar boldo após refeições e feno-grego antes. Uma semana após o término do uso de boldo e feno-grego, os parâmetros anticoagulantes retornaram à escala terapêutica. Como a paciente recusou-se a parar de tomar os produtos, foi diminuída a dose de varfarina em 15% para manter os parâmetros dentro da escala terapêutica.
Toxicologia: Doses de 0,5mg/g foram letais para ratos e de 15g causaram intoxicação fatal em cães; A morte ocorreu por depressão respiratória; Estudos mais recentes relatam baixa toxidade em animais; A boldina pode causar alterações mitóticas das células e mutações em fermentos; A boldina administrada a humanos e ratos não mostrou aumento significativo de aberrações cromossomiais em outro estudo.
Boldo do Chile
Farmacologia: A variação genética do óleo essencial, assim como do conteúdo de alcaloides depende da estação, local, sexo, altura da cobertura de árvores, idade da folha, e intensidade de luz; Doses orais de 0,5 mg/g a 15 gramas foram letais para ratos e causaram intoxicação fatal a cães.
Em ambos casos, a morte foi causada pela depressão respiratória. Fisiologicamente o boldo estimula o sistema nervoso central (SNC), causando reflexos exagerados, coordenação perturbada e convulsões. Em grandes doses, o boldo causa a paralisia dos nervos motores e sensoriais, e eventualmente também a paralisia das fibras musculares, causando a morte por parada respiratória.
Em determinados animais/culturas celulares, eventos de recombinação mitótica tais como cruzamento e conversão gênica foram induzidos pela boldina, também apresentando pequenas mutações em células de levedura. Em outro estudo o efeito clastogénico em linfócitos humanos da substância boldina foi testado in vitro, com uma administração de até 900 mg kg em camundongos, porém nenhum aumento significativo na frequência de aberrações cromossômicas foi observado.
Riscos de saúde sérios existem com uso interno desta erva em seres humanos; Os extratos de boldo e do alcaloide boldina exibem propriedades coléricas que estimulam o fluxo biliar. Além das ações benéficas ao trato gastrintestinal, a boldina também mostrou exercer efeitos anti inflamatórios e antipiréticos. O composto boldina é um inibidor eficaz na síntese da prostaglandina; Em vários estudos, o composto boldina demonstra ações citoprotetoras e antioxidantes.
Em um estudo, a boldina impediu a hemólise dos eritrócitos por radicais livres; O óleo essencial do boldo demostrou efeitos antimicróbicas contra vários organismos, incluindo Streptococcus pyogenes, espécies do gênero Micrococcus e do gênero Gandida; Outros estudos sobre da boldina demonstraram um bloqueio neuromuscular do nervo frênico diafragma de camundongos sensibilizam o receptor de rianodina e induzem a liberação de cálcio para armazenamento em músculos esquelético isolados, absorvem a radiação ultravioleta, sugerindo um possível uso como protetor solar; Uma patente foi concedida para o uso do boldo em produtos cosméticos/dermatológicos para impedir o processo de envelhecimento; O boldo também foi estudado como um marcador radioativo de células do sangue e proteínas plasmáticas, mapeando a endocitose dessas células.
Boldo Baiano