terça-feira, 19 de junho de 2018

Palmito-juçara Euterpe edulis

PALMITO-JUÇARA
Euterpe edulis
Palmeira de porte médio para grande, que pode atingir entre 8 e 15 metros de altura e 15 centímetros de diâmetro. Tem tronco fino e alto. A sua floração é branca e em cacho. Quando maduros, os frutos são negros. A semente, única, é envolta por polpa fibrosa comestível, embora in natura não tenha um sabor muito agradável.

Palmeira de mata atlântica, ocorria de maneira expressiva e dominante por toda a floresta, entretanto sua exploração predatória pelo palmito, tornou-a quase extinta em várias regiões. Seus frutos que, amadurecem por todo o outono e inverno, são de grande importância para a alimentação das aves.

A existência desta planta neste habitat deve-se a alguns fatores únicos e primordiais: temperaturas médias de 17ºC a 26ºC; solo fértil com textura arenosa e argilosa; e a uma drenagem de água de boa para regular. Vale dizer: chão encharcado e argila pesada não combinam com esta espécie. E esta simbiose não é só da mata e do palmito.

A sua semente e fruto alimentam diversos animais, que vão de tucanos, sabiás e periquitos, à maritacas, jacus, tatus e capivaras, entre outros. Detalhe: por frutificar no inverno, período em que a maioria das outras árvores está sob estresse hídrico devido ao período seco, o palmito juçara torna-se fundamental à manutenção desses bichos. E não são só a eles. Serve de alimento também para o homem, já que suas palmeiras fornecem frutos, açúcar, óleo, cera, fibras, material para construções rústicas, matéria-prima para a produção de celulose, entre outras aplicações.

Uma curiosidade: apesar de ter uma frutificação abundante (cerca de três mil sementes/ano), apenas 20% desse total vira uma árvore. E uma das maiores ameaças ao palmito-juçara, além da redução e destruição de seu habitat, é o palmiteiro ilegal, que derruba as árvores sem perdão e sem prisão (já que quase sempre escapam ilesos do crime ambiental, já que uma palmeira derrubada implica também em tirar o alimento da boca de 40 espécies de mamíferos e aves).

A Mata Atlântica, reserva natural que hoje está restrita a 7% do território brasileiro, é a “casa” do palmito juçara. E a sua preservação está diretamente ligada à manutenção desta floresta.
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Rápido guia de cultivo

Germinação:  
- Mergulhe as sementes em água morna, e deixe-as descansando por 7 dias (troque a água diariamente para evitar o apodrecimento das sementes)
 - Use um vaso grande, de pelo menos 3 litros
 - Enterre as sementes aproximadamente o seu próprio tamanho (1 cm)
 - Matenha úmido e em local com aprox. 30˚C
 - Mistura ideal de solo: 50% perlita, 50% turfa ou fibra de coco
 - Germinação muito lenta: requer um mínimo de 2 a 4 meses para iniciar a germinação.


Solo, local e informações de cultivo:
  • Humidade: média-alta.
  • Temperatura: 10-30˚C. Sensível ao frio. Tolera encharcamentos, mas não estiagens.
  • Luz: sol pleno, meia-sombra.
  • Solo: qualquer substrato que tenha boa drenagem e seja fértil é suficiente. Se o solo não tiver boa drenagem, deve-se incluir uma grande parte de areia, perlita ou vermiculita. Inclua também matéria orgânica de qualidade para tornar o solo mais fértil.
  • pH do solo:
  • Irrigação: irrigue rgularmente
  • Enquanto jovem, pode ser plantada em vasos e interiores.
  • Sempre use vasos com furos para escoar a água excedente.
  • Necessita de boa ventilação