quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Endêmica de Sumatra

O planeta Terra é uma raridade em meio à tantos outros planetas e corpos celestes. Isso porque é o único planeta que se tem conhecimento que suporta a vida, possuindo variados tipos de seres vivos, água e vários compostos químicos indispensáveis para o suporte de vida na Terra.
Apesar disso, o mundo vive uma crise ambiental. Embora haja muito esforço e empenho de ONG’s e entidades que lutam pela preservação do meio ambiente, diminuição da poluição de rios, mares e do ar, além de lutar também ela manutenção dos seres vivos como animais e plantas, o que se vê é uma verdadeira epopeia. Áreas de preservação ambiental são destruídas; animais ameaçados de extinção são caçados sem discriminação e muitos indígenas sofrem com a política de divisão de terras, em vários locais do planeta.
Em meio a tudo isso, a natureza, ao que parece, busca se regenerar de alguma forma: seja no aparecimento de novas espécies de animais em um local abandonado, como a cidade ucraniana de Chernobyl e arredores, palco da maior tragédia nuclear da história da humanidade, onde foram registradas novas espécies de fungos e a existência de santuários animais, o meio ambiente parece tentar se adequar aos padrões estabelecidos pelos homens.
Quando se fala em natureza, muitos concordam que as plantas e animais deixam a paisagem mais rica e bonita, tendo atenção principal, nesse quesito, as flores. Muitas são as espécies existentes de tais plantas, cada uma com o seu cheiro e cores característicos, que embelezam o lugar onde são colocadas. Mas você já ouviu falar da Endêmica de Sumatra? Não? Então, aqui eis a sua chance. No nosso artigo de hoje, iremos falar um pouco mais sobre essa flor que atrai muitos visitantes, que ficam fascinados com o que veem, além de algumas informações interessantes sobre a mesma. Vamos lá?

A Endêmica de Sumatra

A Endêmica de Sumatra é uma flor bastante rara e característica, que é muito conhecida pelas pessoas como “flor-cadáver”. Tal nome se dá por causa do seu odor forte, que é comparado ao cheiro de uma carne que esteja no seu processo de putrefação. Tal flor é considerada como uma das mais raras e “fedidas” de todo mundo e, mesmo assim, atrai uma legião de turistas que querem, a todo custo, registrarem a sua florada, que dura somente três dias.
A sua raridade se dá por conta do tempo que a mesma leva para atingir a floração, que leva o tempo de dez anos entre uma floração até a outra. A sua inflorescência, ou seja, a floração, é considerada como a maior do planeta, podendo chegar a até três metros de altura e pesar nada mais, nada menos do que 75 quilogramas.
A sua raridade também se deve ao fato da grande dificuldade em cultivar tal planta, por conta de sua pouca aptidão em locais não adequados. Ou seja, para cultivar a flor artificialmente, as condições são muito peculiares, o que dificulta e muito o cultivo dela em cativeiro, por exemplo.
Tuberosa, a Endêmica de Sumatra, com o seu poderoso e nauseante odor, atrai insetos. É comum, ao visitar a planta, perceber vários e vários tipos de inseto ao seu redor. O nome “Sumatra” não é por menos. Isso porque a planta é originária de Sumatra, uma pequena ilha localizada na Indonésia, no Oceano Índico. Foi descoberta pelo botânico Odoardo Beccari, no ano de 1878.
A planta, que demora muito para florescer, tem uma expectativa de vida considerada alta: pode viver até os 40 anos. No entanto, sua floração ocorre, no máximo, por três vezes.
Apesar das condições bastante inóspitas a qual a flor cadáver floresce, em vários locais do mundo, existem mudas da planta, que, de alguma forma, conseguiram se adaptar ao clima característico das regiões em que se encontram.

A Rafflesia Arnoldii

No entanto, apesar do fascínio exercido pela flor cadáver aos turistas que a visitam, não é somente essa planta que detém o título de a mais fedida do planeta. Outras plantas também são conhecidas pelo seu característico odor e pelo seu peso, que pode chegar a mais de 11 quilogramas. Também é oriunda da mesma ilha da flor cadáver: Sumatra, e também é vista em Bornéu, outra ilha que faz parte da Indonésia.
Chamada de flor- monstro justamente pelas suas medidas, a planta é, na verdade, um parasita que, ao se fixar no solo, começa a “roubar” os nutrientes do solo, prejudicando outras plantas que estejam ao seu redor. Por conta disso, não realiza fotossíntese, nem possui caule, folhas ou raiz. O local preferido da flor monstro é próximo de árvores da espécie Tetrastigma, por conta de a árvore colher para si uma boa parte dos nutrientes do solo. Com isso, a flor-monstro pode angariar os nutrientes que são necessários para manter a sua vitalidade.
Assim como a flor cadáver, o seu odor forte também atrai uma grande quantidade de insetos, que faz com que eles sejam os principais agentes polinizadores da planta, assim como funciona com a flor cadáver.

A Ilha de Sumatra

As plantas citadas anteriormente tem uma localização comum: a ilha de Sumatra, como já é de conhecimento. Ela é considerada a sexta maior ilha de todo o planeta, e também é chamada por “Samatra”. Ela possui 50 milhões de habitantes – quase a população da cidade de São Paulo multiplicada três vezes. Era conhecida, antigamente, por abrigar em seu território grandes jazidas auríferas, que estavam localizadas, principalmente, nas montanhas da ilha.
Segundo historiadores, os primeiros habitantes da ilha de Sumatra chegaram ao local no ano 50 antes de Cristo, sendo que os viajantes que chegaram à ilha tinham ideais de expansão marítima. Sumatra, aos poucos, foi sendo alvo de grande atenção por parte dos mercadores, justamente, por estar localizada na rota de comércio entre a China e a Índia, o que possibilitou a criação de várias cidades mercantis, desenvolvendo o comércio na Ilha e, por fim, aumentando o número de habitantes, a medida do crescimento do comércio local. O primeiro reino a nascer em Sumatra foi o Kantoli.