Símbolo do escotismo, a flor-de-lis desperta muita curiosidade a respeito de sua origem e até controvérsias quanto à verdadeira planta popularmente batizada com este nome. É quase impossível precisar a exata origem do símbolo. A única certeza é que seu surgimento data de épocas bem remotas. Sabe-se que a imagem da flor-de-lis foi usada nas armas da França em 496. O desenho da flor era colocado no manto de reis na época pré-Cruzadas, na indumentária de luxo dos reis de armas, nos pavilhões, nas bandeiras e, ainda hoje, em vários brasões de municípios franceses. No ano de 1125, a bandeira da França apresentava o seu campo semeado de flores-de-lis, o mesmo acontecendo com o seu brasão de armas até o reinado de Carlos V (1364), quando passaram a figurar apenas três. Conta-se que este rei teria adotado oficialmente o símbolo como emblema para honrar a Santíssima Trindade.
Alguns historiadores relatam que o símbolo começou a ser utilizado no reinado de Luiz VII, o Jovem (1147) e também como emblema da cidade de Florença. Este rei teria sido o primeiro dos reis da França a servir-se desse desenho para selar suas cartas-patentes, principalmente em alusão ao seu nome Luiz, que na época se escrevia "Loys". Os reis que vieram a seguir conservaram a flor-de-lis como atributo real e o mesmo fizeram seus descendentes.
Certos estudiosos da heráldica (arte ou ciência dos brasões) afirmam que a flor-de-lis teve sua origem na flor-de-lótus do Egito, outros defendem que foi inspirada na alabarda ou lírio - um ferro de três pontas que se colocava fincado nos fossos ou covas para espetar quem ali caísse. Outra possível origem é a de que seja uma cópia do desenho estampado em antigas moedas assírias e muçulmanas. A flor-de-lis é símbolo de poder e soberania, assim como de pureza de corpo e alma.
A verdadeira flor-de-lis é uma Amarilidácea
Entretanto, a relação do símbolo com determinada flor é encontrada em praticamente todas as referências. Mas qual seria
esta flor? Seria um lírio? Ou seria uma íris? Algumas referências afirmam que a planta chamada íris é a verdadeira flor-de-lis.
Segundo o livro ilustrado dos Signos e Símbolos, de Miranda Bruce-Mitford, Luís XVII adotou a íris como seu emblema
durante as Cruzadas e o nome evoluiu de "fleur-de-louis" para "fleur-de-lis" (flor-de-lis), representando com as três pétalas,
a fé, a sabedoria e o valor. Realmente, há uma grande semelhança entre a íris e a flor-de-lis, quando as analisamos de perfil.
Outras referências sugerem que a flor-de-lis é uma espécie de lírio. Os espanhóis traduzem "fleur-de-lis" como "flor del lírio"
(flor-de-lírio) e, neste caso, defende-se o lírio - e não uma íris - como a verdadeira flor-de-lis. Há uma lenda que ajuda a
reforçar esta idéia, contando que um anjo teria ofertado um lírio a Clóvis, rei dos Francos, em 496 d.C., quando este se
converteu ao Cristianismo.
esta flor? Seria um lírio? Ou seria uma íris? Algumas referências afirmam que a planta chamada íris é a verdadeira flor-de-lis.
Segundo o livro ilustrado dos Signos e Símbolos, de Miranda Bruce-Mitford, Luís XVII adotou a íris como seu emblema
durante as Cruzadas e o nome evoluiu de "fleur-de-louis" para "fleur-de-lis" (flor-de-lis), representando com as três pétalas,
a fé, a sabedoria e o valor. Realmente, há uma grande semelhança entre a íris e a flor-de-lis, quando as analisamos de perfil.
Outras referências sugerem que a flor-de-lis é uma espécie de lírio. Os espanhóis traduzem "fleur-de-lis" como "flor del lírio"
(flor-de-lírio) e, neste caso, defende-se o lírio - e não uma íris - como a verdadeira flor-de-lis. Há uma lenda que ajuda a
reforçar esta idéia, contando que um anjo teria ofertado um lírio a Clóvis, rei dos Francos, em 496 d.C., quando este se
converteu ao Cristianismo.
A íris (Íris germanica) é uma planta da família das Iridáceas, originária da Europa. Já as espécies mais conhecidas de lírio (Lilium pumilum, Lilium speciosum, Lilium candidum) são plantas da família das Liliáceas, originárias da Ásia. A verdadeira flor-de-lis não pertence à família das Iridáceas, nem das Liliáceas: trata-se da Sprekelia formosissima, uma representante da família das Amarilidáceas, originária do México e da Guatemala. Conhecida em outros idiomas como lírio-asteca, lírio-de-Saint-James (St. James lily), lírio-de-saint-Jacques (Lis de Saint-Jacques) a Sprekelia formosíssima é a única espécie do gênero. O nome da espécie foi dado pelo botânico Linnaeus (Lineu) quando recebeu alguns bulbos de J. H. van Sprekelsen, um advogado alemão. Os espanhóis introduziram a planta na Europa, levando os bulbos do México, no final do século XVI.
Ficha da Planta
Nome Científico: Sprekelia formosissima
Nomes Populares: flor-de-lis, lírio-asteca, lírio de St. James, Jacobean lily, Lis de Saint-Jacques, Croix de Saint-Jacques
Família: Amarilidáceas
Origem: México e Guatemala
Características: Planta bulbosa, produz flores de cor vermelho-brilhante e folhas laminares que aparecem depois das flores.
Reprodução: Divisão de bulbos, durante o período de repouso
Luminosidade: sol pleno
Solo: Arenoso. Em vasos e canteiros, a mistura de solo ideal é a arenosa - 1 parte de terra vegetal, 1 parte de terra comum de jardim e 2 partes de areia.
Regas: Espaçadas no início do período vegetativo, intensificando para dias alternados até depois da floração, quando deve-se voltar a espaçar as regas. Recomenda-se evitar o excesso de água, pois pode provocar o apodrecimento do bulbos e o surgimento de doenças fúngicas.
Nomes Populares: flor-de-lis, lírio-asteca, lírio de St. James, Jacobean lily, Lis de Saint-Jacques, Croix de Saint-Jacques
Família: Amarilidáceas
Origem: México e Guatemala
Características: Planta bulbosa, produz flores de cor vermelho-brilhante e folhas laminares que aparecem depois das flores.
Reprodução: Divisão de bulbos, durante o período de repouso
Luminosidade: sol pleno
Solo: Arenoso. Em vasos e canteiros, a mistura de solo ideal é a arenosa - 1 parte de terra vegetal, 1 parte de terra comum de jardim e 2 partes de areia.
Regas: Espaçadas no início do período vegetativo, intensificando para dias alternados até depois da floração, quando deve-se voltar a espaçar as regas. Recomenda-se evitar o excesso de água, pois pode provocar o apodrecimento do bulbos e o surgimento de doenças fúngicas.
* Rose Aielo Blanco é jornalista, escritora e editora do www.jardimdeflores.com.br