Acianthera dutrae (Pabst) C.N.Gonc. & Waechter
César Neubert Gonçalves & Jorge Luiz Waechter, Hoehnea 31:114. (2004).
Pleurothallis dutrae Pabst, Bradea 1:362. (1973). (basiônimo)
Specklinia dutrae (Pabst) Luer, Monogr. Syst. Bot. Missouri Bot. Gard. 95:260. (2004).
Pabstiella dutrae (Pabst) Luer, Monogr. Syst. Bot. Missouri Bot. Gard. 112:119. (2007).
Specklinia dutrae (Pabst) Luer, Monogr. Syst. Bot. Missouri Bot. Gard. 95:260. (2004).
Pabstiella dutrae (Pabst) Luer, Monogr. Syst. Bot. Missouri Bot. Gard. 112:119. (2007).
Descrição
Descrita em data relativamente recente (1973) por Guido Pabst, como Pleurothallis dutrae, esta é uma das poucas espécies epífitas endêmicas do Sul do Brasil – em princípio, até onde se sabe, tem sua ocorrência restrita à floresta ombrófila mista (araucarieto) de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
Foi transferida para Acianthera em 2004, por Cesar Neubert Gonçalves e Jorge Luiz Waechter. Carl Luer a transferiu no mesmo ano para Specklinia e, em 2007, para o gênero Pabstiella; os nomes são considerados sinonímias, sendo nome aceito Acianthera dutrae (Pabst) C.N.Gonç. & Waechter.
Apresenta crescimento reptante. O rizoma tem entre 0,5 e 1cm de comprimento, e as folhas, que são de lineares a lanceoladas, apresentam em média comprimento entre 1 e 3cm e largura entre 0,5 e 0,7cm.
A inflorescência surge por racemo, na base das folhas, e tem entre 1,5 e 2,5cm de comprimento, com uma a três flores no máximo. As flores abrem sucessivamente e são de um colorido amarelo-queimado. A sépala dorsal tem entre 0,6 e 0,7cm de comprimento por 0,1-0,2cm de largura, com cinco veias púpura bem definidas. As sépalas laterais medem um pouco mais, entre 0,7 e 0,8cm de comprimento por 0,2-0,3cm de largura, apresentam também cinco veias, e são normalmente quase que totalmente fundidas entre si – existindo entretanto exemplares com flores completamente separadas, como se pode ver em algumas das fotos desta página.
As pétalas são espatuladas, com três veias, e medem cerca de metade do comprimento das sépalas, entre 0,3-0,4cm de comprimento, e largura entre 0,1-0,2cm.
O labelo é da cor das veias das pétalas e sépalas e tem comprimento entre 0,4 e 0,5cm, mas estreito, com largura entre 0,1 e 0,15cm. É trilobado e apresenta nos lobos duas calosidades erguidas, como pequenos dentes, característica marcante da espécie.
A coluna mede entre 0,3 e 0,4cm de comprimento.
A espécie floresce no meio do inverno.
Na descrição da planta (Bradea, vol. I, n. 36, dezembro/1973), Pabst comenta que a espécie foi coletada por João Dutra, de São Leopoldo, Rio Grande do Sul, em 1931, na região de Bom Jesus, nos Campos de Cima da serra gaúcha. Mas como Dutra não chegou a publicar a espécie, falecendo antes, em 1939, foi homenageado por Pabst com o nome da planta.
João Dutra, que hoje tem em São Leopoldo uma rua homenageando sua memória, tinha na verdade uma lista de mais de 120 novas espécies de Orchidaceae, que não chegou a publicar em vida. Grande parte dessa lista foi publicada por Pabst em 1959 na revista Sellowia(Orchidaceae novae riograndenses a cl. Joao Dutra descriptae vel nominate sed nunquam Luci editae, Itajaí, v. 10, n. 11, p. 125-140, 1959), e com o passar dos anos outras espécies foram sendo publicadas.
Foi transferida para Acianthera em 2004, por Cesar Neubert Gonçalves e Jorge Luiz Waechter. Carl Luer a transferiu no mesmo ano para Specklinia e, em 2007, para o gênero Pabstiella; os nomes são considerados sinonímias, sendo nome aceito Acianthera dutrae (Pabst) C.N.Gonç. & Waechter.
Apresenta crescimento reptante. O rizoma tem entre 0,5 e 1cm de comprimento, e as folhas, que são de lineares a lanceoladas, apresentam em média comprimento entre 1 e 3cm e largura entre 0,5 e 0,7cm.
A inflorescência surge por racemo, na base das folhas, e tem entre 1,5 e 2,5cm de comprimento, com uma a três flores no máximo. As flores abrem sucessivamente e são de um colorido amarelo-queimado. A sépala dorsal tem entre 0,6 e 0,7cm de comprimento por 0,1-0,2cm de largura, com cinco veias púpura bem definidas. As sépalas laterais medem um pouco mais, entre 0,7 e 0,8cm de comprimento por 0,2-0,3cm de largura, apresentam também cinco veias, e são normalmente quase que totalmente fundidas entre si – existindo entretanto exemplares com flores completamente separadas, como se pode ver em algumas das fotos desta página.
As pétalas são espatuladas, com três veias, e medem cerca de metade do comprimento das sépalas, entre 0,3-0,4cm de comprimento, e largura entre 0,1-0,2cm.
O labelo é da cor das veias das pétalas e sépalas e tem comprimento entre 0,4 e 0,5cm, mas estreito, com largura entre 0,1 e 0,15cm. É trilobado e apresenta nos lobos duas calosidades erguidas, como pequenos dentes, característica marcante da espécie.
A coluna mede entre 0,3 e 0,4cm de comprimento.
A espécie floresce no meio do inverno.
Na descrição da planta (Bradea, vol. I, n. 36, dezembro/1973), Pabst comenta que a espécie foi coletada por João Dutra, de São Leopoldo, Rio Grande do Sul, em 1931, na região de Bom Jesus, nos Campos de Cima da serra gaúcha. Mas como Dutra não chegou a publicar a espécie, falecendo antes, em 1939, foi homenageado por Pabst com o nome da planta.
João Dutra, que hoje tem em São Leopoldo uma rua homenageando sua memória, tinha na verdade uma lista de mais de 120 novas espécies de Orchidaceae, que não chegou a publicar em vida. Grande parte dessa lista foi publicada por Pabst em 1959 na revista Sellowia(Orchidaceae novae riograndenses a cl. Joao Dutra descriptae vel nominate sed nunquam Luci editae, Itajaí, v. 10, n. 11, p. 125-140, 1959), e com o passar dos anos outras espécies foram sendo publicadas.
Época de floração
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Fotos
Fotos no Habitat
Estudos