Medronheiro
Medronheiro | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Arbutus unedo L. | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Mapa de distribuição. Legenda:
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O medronheiro (Arbutus unedo) é uma árvore frutífera e ornamental da família Ericaceae, também conhecida como meródios, ervedeiro, êrvedo ou êrvodo.[1] É uma planta nativa da região mediterrânica e Europa Ocidental podendo ser encontrada tão a norte como no oeste da França e Irlanda. Sobrevive em zonas de elevado declive onde dificilmente outras culturas sobrevivem.[2] O seu fruto é denominado medronho. Em Portugal, pode ser encontrado por todo o país, mas a maior concentração ocorre nas serras do Caldeirão e Monchique.
Descrição[editar | editar código-fonte]
O medronheiro tem normalmente um crescimento do tipo arbustivo até uma altura de aproximadamente 5 metros com ramos eretos, que brotam do tronco a partir de 0,50 metros do solo e que são também bastante espaçados entre si.
A copa do medronheiro é arredondada com folhas persistentes de formato elíptico que assumem uma coloração verde-escura semelhante à do sobreiro, e também possuem um brilho ceroso na face superior.
As flores desta árvore da cor branca ou levemente rosadas são muito decorativas. Logo, ela é considerada uma planta ornamental. Além disso, o medronheiro produz frutos comestíveis, bastante apreciados sobretudo no sul de Portugal, onde são usados na produção de licores e aguardentes destiladas do tipo licor de medronho. Os frutos são esféricos e carnudos, com sementes, revestidos de numerosas saliências piramidais.[4]
Utilização[editar | editar código-fonte]
Do medronho, para além de poder ser comido em fresco, fazem-se imensos derivados, desde a geleia, a aguardente até aos licores.[5]
Aguardente de medronho[editar | editar código-fonte]
A Aguardente de medronho é o ex-libris dos destilados do Algarve. Tudo indica que esta aguardente começou a ser produzida de forma artesanal, para fins medicinais, pelos Árabes em Monchique, por volta do século X. Em 1940 existiam em Monchique 55 alambiques e 3 mercadores de licores (Gascon). Em 1905 existiam em Loulé 61 fabricantes de aguardente (Ataíde de Oliveira).
Na Grécia a aguardente é produzida com a designação koumaro, proveniente dos frutos do arbusto designado por koumaria (medronheiro), e está documentada desde o tempo dos Bizantinos (que terminou em 1453). Em Espanha também há experiências de produção de aguardente de medronho e de outros pequenos frutos. Na ilha da Sardenha – Itália - também se produz aguardente de medronho (corbezzolo/corbezzoli) mas o mais tradicional são os licores, compotas e rebuçados de medronho.