quinta-feira, 22 de março de 2018

cica


  • Nome Comum:cica, sagu, palmeira-sagu
  • Nome Científico:Cycas revoluta
  • Grupo:Arbustos
Esta espécie, erroneamente confundida com as palmeiras, alimenta os modismos de tempos em tempos. Na segunda metade do século XIX começou a ser plantada, no Brasil, como peça central nos canteiros geométricos e suas folhas eram usadas nas coroas fúnebres e nas ornamentações das igrejas. Atualmente, dela, é extraído um amido, chamado de sagu, usado na alimentação, mas atenção é extremamente venenosa se ingerida sem processá-la , devendo tomar cuidado com animais domésticos que podem encontrar nela um sabor palatável; os sintomas clínicos aparecem depois de 12 horas, e podem incluir vómitos,diarreia, fraqueza, convulsões e cirrose hepática. Apesar disto é uma das peças mais comuns nos jardins.
A Cycas revoluta é uma planta dioica, isto é, cada indivíduo só tem órgãos masculinos ou femininos; as masculinas formam cones cilíndricos carregados de pólen e as femininas grupos de megásporos marrons, que produzem sementes vermelhas, semelhantes a nozes. Com 200 milhões de anos é chamada de fóssil vivo e sofreram poucas mudanças desde que surgiram no planeta. Curiosamente um Encephalartos altensteinii, cultivado dentro de uma estufa no Royal Botanic Garden, em Kew, Inglaterra e parente muito próximo dela é, seguramente, a planta cultivada desse modo mais antiga do mundo; está lá desde 1770 quando foi trazida de África do Sul. 

Vários fatores malogram o desenvolvimento da cica, por exemplo:
-Excesso de regas. As folhas não devem ser molhadas com água tratada, por causa do cloro.
-Solo muito compacto que impede uma boa drenagem. É aconselhável adicionar areia para tornar a terra mais porosa.
-Pontos brancos ou amarelados nas folhas, escamas ceráceas ou cotonosas , teias finas, são causados por Cochonilhas, ácaros ou fungos (Alternaria ou Cercospora). Este é um dos problemas mais frequentes, normalmente ocasionado por excesso de regas, combinada com sombra em demasia e drenagem deficiente; nesse casos o combate com óleo de neem, resolve os dois primeiros e os fungos são controlados polvilhando cinzas.
-Muita sombra. A planta deve receber mais luminosidade natural.
-Preferem clima seco. A umidade em excesso tem que ser evitada. Devendo ser regadas com mais frequência na época em que novas folhas aparecem.
-Queimaduras nas folhas surgem quando foi cultivada em viveiro sombreado ou em ambientes internos e a colocamos, repentinamente, sob sol pleno, ou quando são aplicados, sob sol intenso, defensivos ou adubos foliar.
-Folhas novas retorcidas e velhas com pontos brancos e pretos. A causa é o ataque de vírus (mosaico). Não existe cura, para isto, a não ser evitar vetores como pulgões, mosca-branca e trips.
-Manchas amarelas e extremidades das folhas secas. Falta de potássio (o K do NPK). Cinzas de lenha, livres de sal e/ou gordura ou cloreto de potássio suprem a deficiência.
-Folhas jovens e brotações novas amarelando, evidenciam uso de fertilizantes errados ou mal aplicados. É preferível o uso de fertilizantes de liberação controlada.
-Brotações retorcidas, indicam falta de luz natural.
-Escamas pulverulentas caindo do tronco, são causadas pelo ataque de cupins. A aplicação de inseticidas alternativos, como o Metarril M103 + boveril B102, da Itaforte, controlam o problema.
Sinônimos estrangeiros: king sago, sago cycad, japanese sago palm, (em inglês); cycas du Japon, (em francês); cycas, (em italiano); cica, palma de iglesia, falsa palmera, (em espanhol).
Família: Cycadaceae.
Características: arbusto semi-lenhoso, com tronco grosso, podendo ramificar várias vezes, produzindo assim múltiplas cabeças.
Porte: 1,50 a 2,50 metros de altura, excepcionalmente alcança até 7 metros aos 80 anos de vida.
Fenologia: primavera.
Cor da flor: marrom.
Cor da folhagem: verde escuro.
Origem: Província de Fujian, no sudeste da China e nas Ilhas Ryukyu, pertencentes ao Japão e localizadas ao sul desse país.
Clima: subtropical/temperado (suporta frio, mas não geadas).
Luminosidade: sol pleno, meia-sombra. Sempre em áreas ventiladas,onde a umidade ambiente é maior, nunca em ambientes internos.
Autor: Raul Cânovas