Cassia alata
Descrição: Planta da família das Fabaceae, também conhecida como mata pasto, maria preta, manjeroba do Pará, (Matos, 286) ou sene.
Origem : América do Sul (Weor, 170)
Arbusto ereto e glabro, até 5m de altura (Weor, 170),.
Ramos vigorosos, estípulas lanceoladas, acuminadas, até 2cm; pecíolos fortes e glandulosos, folhas pinadas, grandes, de 30-90cm de comprimento.
Folhas compostas de 6-14 pares de folíolos curtíssimo peciolados, ovais até oblongos, obtusos nas duas extremidades, de 5-17cm de comprimento, os dos pares inferiores, às vezes inequiláteros, membranosos, distintamente nervados, raque angulosa, pulverulenta, achatada na parte superior e com uma crista transversal saliente conecta aos folíolos opostos.
Flores grandes, amarelo citrino, dispostas em racimos alongados nas axilas superiores ou no ápice dos ramos, sépalas de 1cm, pétalas ovais de 2cm e brácteas cor de laranja;
O fruto é uma vagem bivalve quase preta, coriácea, deiscente, tendo em toda a extensão longitudinal uma grande ala crenilada e muito saliente; sementes castanhas, comprimidas, achatadas, dispostas paralelamente aos septos.
História : Os antigos Astecas já reconheciam as suas propriedades.
Habitat: É encontrada desde a Amazônia até Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás.
Parte utilizada: Folhas, inflorescências, raízes.
Princípios Ativos: Princípios antraquinônicos e amargos, as flores são ricas em flavonoides e vitamina "C", toda a planta possui tanino e ácido crisofânico
Propriedades medicinais: laxante, sudorífera, purgativa (Anais, 184), considerada também antirreumática, diurética e febrífuga
Indicações:
A decocção da planta inteira (a qual encerra) é muito recomendada na Índia contra a picada das cobras e no México empregam-na para combater as afecções sifilíticas.
Empregada as folhas topicamente, frescas e aquecidas ou seca e pulverizadas, para curar os dartros, a herpes, impingem, pano branco, a sarna e outras doenças da pele, também úteis contra os antrazes e as úlceras;
A infusão da raiz constitui um drástico poderoso, de bom emprego nas irregularidades menstruais e nas obstruções do fígado
Contraindicações/cuidados: Usar com cautela, sob recomendação médica, pois doses elevadas podem provocar nefrite aguda que pode ser fatal, em função das antraquinonas, especialmente em lambedores e xaropes caseiros feitos com as folhas.
Efeitos colaterais: O uso prolongado ou em altas doses pode entoxicar os rins.
Modo de usar:
Brotos recém colhidos atritados sobre a pele: infestação da pele por bactérias e fungos, impigens, panos brancos, herpes, sarna e outras afecções da pele, uma vez por dia, por uma semana;
- refresco de uma inflorescência em 200 ml de água com açúcar, batido no liquidificador. Beber duas vezes por dia: hemorroidas;
- decocção das raízes: forte ação purgativa, emenagoga e antifebril.
Sinonímia Botânica :
Cassia alata.
Senna alata.
Cassia fistula (Matos, 9)
Cassia grandi (Weor, 170)
Cassia singueana (Van-Dúnem, 3)
Bibliografia :
_ Anais da Faculdade de Farmácia e Odontologia da Universidade de São Paulo, Volume 9, Faculdade de Farmácia e Odontologia da Universidade de São Paulo, 1951.
Matos - Harri Lorenzi, Francisco José de Abreu , Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas, Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2002.
Weor - Samael Aun , Glossário da Medicina Oculta de Samael Aun Weor, Ed, EDISAW, 2012.
Van-Dúnem - Manuela Batalha , Medicamentos ao alcance de todos: plantas medicinais de Angola, Cooperação Portuguesa, Embaixada de Portugal, 1994