Cassia occidentalis
Descrição: Da família das Fabaceae, também conhecida como balambala, café-negro, Folio-do-pajé, fedegoso-verdadeiro, ibixuma, lava-prato, mangerioba, mamangá, mata-pasto, maioba, pajamarioba, pereriaba, taracurú (1 ,77).
Trata-se de arbusto ou árvore que pode chegar até 2 metros de altura (Maroni, 80).
De raiz grossas, folhas pequenas e ovais, caule com muitos ramos, flores amarelos-laranjas.
O fruto é uma vagem comprida. Toda planta tem cheiro forte, desagradável, de sabor amargo.
Origem : Cresce desde o Estado do Amazonas até o Paraná.
Parte utilizada: Cascas, folhas, sementes, raízes.
Princípios Ativos: Antraquinonas, aloe-emodina, antrona, aurantiobtusina, criso-obtusina, ácido crisofânico, crisofanol, crisoeriol, emodina, kaempferol-3-soforosídeo, ácido lignocérico, ácido linoleico, manitol, ácido oleico, ácido palmítico, reína, obtusina, obsutsifolina, rubrofusarina, sitosterol.
Propriedades medicinais: Analgésica, antianêmica (semente), antiasmática, antibacteriana, antídoto de venenos, antiespasmódica, antifúngica, anti-hepatotóxica, anti-herpética, anti-inflamatória, antimalárica, antirreumática, antisséptica, antivirótica, carminativa, emenagoga, depurativa, desobstruentes (raiz), diaforética, diurética, emenagoga, estomáquica, febrífuga, hepatoprotetora, hepatotônico, inseticida, laxante, oftálmica, purgativa, sarnicida, sudorífera, tônica, vermífuga (raiz).
Uso medicinal: Anemia, bronquite, cicatrização, coqueluche, complicações menstruais, contusão, distensão muscular, dor, dor de cabeça, dores gastrointestinais, doenças hepáticas, doenças venéreas, eczemas, epilepsia, erisipela, erupções cutâneas, febre, febre biliosa, ferida, fígado, fungo, gases, hepatite, hemorróidas, impaludismo, impigens, inflamação, inflamações uterinas, malária sementes tostadas, nevralgias, paludismo, porrigem (afecção cutânea), picada de escorpião, queimaduras (suco), reumatismo, sarampo, sarna, torção muscular, tuberculose, vermes.
Contraindicações/cuidados: Pode provocar aborto; as sementes não devem ser ingeridas cruas, por serem tóxicas. A ingestão das sementes cruas pode provocar degeneração dos tecidos do fígado, do coração e do pulmão.
Modo de usar:
- Grãos torrados como sucedâneo do café;
- As folhas jovens e os brotos: como tempero em alguns países;
- Cataplasma das folhas;
- Infusão das folhas;
- Decocção: ferver por 30 minutos, em ½ litro de água, 10 g de casca. Coar e beber 2 xícaras de chá ao dia (febres intermitentes);
- Pó da raiz: moer 3 raízes até obter pó fino. Ferver, coar e tomar em jejum (verminose e amarelão);
- Pó da semente: juntar 5 g de sementes em pó em 1 copo de água. Ferver. Coar e tomar em jejum, pela manhã (prisão de ventre).
Sinoímia Botânica : (Cavalcante, 96)
Senna ocidentalis
Senna allata
Cassia medica
Cassia allata
Cassia ocidentalis
Cassia reticulata
Cassia medica
Bibliografia :
(1) Exposiçao Internacional do Porto en 1865: Catalogo official, Tip. do Commercio, 1865
Cavalcante, Rogério. Plantas Da Amazônia, Clube de Autores, 2007
Matos, Harri Lorenzi, Francisco José de Abreu , Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas, Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2002
Maroni, Beatriz Castro , Luiz Claudio di Stasi, Silvia Rodrigues Machado, Plantas medicinais do cerrado de Botucatu: guia ilustrado, UNESP, 2006