sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Acorus


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Como ler uma infocaixa de taxonomiaAcorus
Acorus calamus
Acorus calamus
Classificação científica
Reino:Plantae
Divisão:Magnoliophyta
Classe:Liliopsida
Ordem:Acorales
Família:Acoraceae
Género:Acorus
Lineu
Distribuição geográfica
Map-Acoraceae.PNG
Espécies
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Acorus é um táxon de plantas colocado na categoria taxonómica de género, utilizado em sistemas de classificação modernos como o sistema APG III[1] e o sistema Angiosperm Phylogeny Website,[2] onde está colocado na sua própria família Acoraceae e na sua própria ordem Acorales, dentro das monocotiledóneas.
Antigamente classificava-se o género dentro das Araceae, como um membro aberrante, mas com as análises moleculares de ADN, foi determinado que não pertencia a essa família, mas que era o género que mais cedo diverge do resto das monocotiledóneas, dando-lhe a categoria taxonómica de ordem.
É nativo da América do Norte e Ásia, tendo-se naturalizado na Europa durante a Idade Antiga; conhecem-se variedades diplóides e tetraplóides, assim como triplóides de origem híbrido entre estas, que ao serem inférteis reproduzem-se rizomaticamente. são plantas herbáceas perenes, hemicriptófitas ou geófitas; os brotos que sobrevivem ao Inverno encontram-se na superfície do solo ou debaixo de terra. Preferem as zonas húmidas. As flores formam uma inflorescência que rodeia um caule engrossado ou espádice. As folhas e raízes das espécies de Acorus foram empregues como plantas medicinais devido à asarona que contêm; os óleos essenciais aromáticos são aproveitados em perfumaria.
Da espécie Acorus calamus, conhecida no Brasil como cálamo-aromático ou cana-cheirosa, pode ser extraído por destilação um óleo essencial utilizado em perfumaria e em medicina.

Filogenia[editar | editar código-fonte]

As Acoraceae[3] são semelhantes às Araceae, por possuirem espádice e espata, mas estão claramente separadas dessa família com base em análises de morfologia e de sequências de ADN.[4] Acoraceae[5] difere das Araceae devido a ter folhas unifaciais ensiformes, sementes perispermadas e endospermadas, e células com óleos aromáticos. Com base na morfologia da semente, altamente divergente, já Tillich em 1985[6] tinha sugerido que Acorus fosse excluída das Araceae.
Em termos morfológicos, Acorus possui muitos caracteres atípicos para uma monocotiledónea basal, mas também possui algumas que são esperadas: a formação da parede da antera de tipo dicotiledónea e os óleos essenciais, os dois são únicos para Acorus entre as monocotiledóneas basais. Por sua vez, o seu hábito com folhas unifaciais, ensiformes, a estrutura da sua inflorescência (um espádice de flores com perianto indiferenciado), o seu ovário sincarpo, e os seus frutos como bagas, não são o esperado para uma monocotiledónea "primitiva" segundo a visão tradicional.