terça-feira, 6 de dezembro de 2016

AGUAPÉ


Eichhornia crassipes

Conhecido como jacinto da água, essa planta aquática tem se mostrado eficiente em soluções ambientais na despoluição de águas e controle de pragas, seu uso medicinal também é possível, porém desde de que a planta seja cultivada para esse fim.
Descrição : Planta da família das Pontederiaceae, também conhecida como jacinto da água, aguapé-de-flor-roxa, baroneza, camalote, dama-do-lago, jacinto-d'água, murerê, mureru, muriru, murumuru, mururé-de-canudo, orelha-de-veado, orquídea-d'água, parecí, pavoã, rainha-dos-lagos.
Essa planta aquática conhecida como aguapé, possui raízes longas, (podem medir até um metro), rizomas, estolões, pecíolos, folhas e inflorescências.
Sua flor composta de belas flores azuis arroxeadas se assemelha a do jacinto.
A parte que fica fora d´água, podendo atingir uma altura que varia desde alguns centímetros até um 1 metro.
Ele se apresenta suspenso, flutuando livremente, enroscado em obstáculos, preso ao solo em locais de água rasa e até enraizado em áreas consideradas secas.
A planta possui uma grande quantidade de pecíolos cheios de cavidades de ar, isso explica o enorme poder de flutuar.
Parte utilizada: toda a planta.
Princípios Ativos: minerais da planta (1% do peso verde da planta): 28,7% de potassa, 21% de cloro, 12% de cal, 7% de anidrido fosfórico, 1,8% de soda, 1,28% de nitrogênio e 0,59% de magnésio.
Propriedades medicinais: sedante, anafrodisíaca, refrescante, febrífuga, diurética.
Indicações: febre, hepatite, excitação nervosa, furúnculos, abscessos, rins.
Modo de usar: decocção ou maceração das folhas em água para hepatite.
A mucilagem de aplica sobre furúnculos e abscessos.
A infusão das flores é utilizada como febrífuga e diurética.
Flor do Aguapé
Soluções ambientais com o aguapé :
Purificação de água contaminada, inclusive retirando metais pesados, é um filtro natural, pois apresenta a capacidade de incorporar em seus tecidos uma grande quantidade de nutrientes.
Suas raízes longas e finas, com uma enorme quantidade de bactérias e fungos, atuam sobre as moléculas tóxicas, quebrando sua estrutura e permitindo que a planta assimile componentes tóxicos.
Proteção de ovos de peixes (raízes) e alimento aos alevinos.
Forrageira para bovinos e suínos.
Confecção de artesanatos.
Adubação verde.
Também serve de abrigo natural a organismos de vários tamanhos e aspectos, servindo de habitat para uma fauna bastante rica, desde microrganismos, moluscos, insetos, peixes, anfíbios e répteis até aves.
Plantio :
A reprodução dos aguapés ocorre por meio de sementes e por brotações laterais, novas plantas são produzidas por estolões e o seu crescimento lateral ocorre a partir do rizoma.
Deve ser cultivada a pleno sol em água com pH corrigido e naturalmente fértil.
Não é necessário enterrar já que a planta é flutuante.
Evitar o uso de fertilizantes do tipo NPK e outros agroquímicos que podem envenenar os peixes e provocar uma explosão no crescimento da planta.
Contraindicações/cuidados:
Não utilizar esta planta como medicamento se ela não tiver sido cultivada para este fim, em água de boa qualidade, pois ela absorve metais pesados de água poluída.
Não se aconselha, entretanto, a utilização e presença de aguapés em lagos extensos, em represas com possíveis remansos ou mesmo em tanques de dimensões maiores, pelas dificuldades de remoção e controle.
TAXONOMIA DO AGUAPÉ :
Existem sete espécies, sendo a mais conhecida a
E. crassipes, o jacinto-de-água-comum, popularmente conhecida em alguns locais do Brasil por gigoga.
Outras espécies conhecidas são as:
E. azurea (jacinto-de-água-ancorado),
E. diversifolia (jacinto-de-água-de-folha-variável) e a
E. paniculata (jacinto-de-água-brasileiro).