Lactuca sativa
Veja aqui a descrição e todos os benefícios e malefícios da Lactuca Sativa, popularmente conhecida como alface, uma das hortaliças mais populares e baratas do Brasil.
Descrição : Planta herbácea de caule carnoso e esverdeado; folhas simples, flores amareladas, em capítulo, grandes, membranáceas, arrendondadas e curvas como conchas que abraças o caule umas sobre as outras.
Sua coloração é verde ou violácea.
Existem inúmeras variedades de alface, sendo as mais conhecidas as de folhas lisas, crespas e frisadas e as retorcidas.
Erva sobejamente conhecida no Brasil e usada nas mesas, principalmente como salada, é, no entanto, altamente medicinal.
Assemelha-se ao ópio, porém, menos violenta.
Seu suco lactescente, principalmente quando extraído do caule antes da frutificação, pode curar a icterícia e produz um narcótico usado nas farmácias (lactucarium).
Sob o prisma botânico existem três qualidades de alface: crispa (crespa, frisada), capitata (L. capitata DC-A (repolho, repolhuda, paulista), e longifólia (orelha-de-mula, romana), por elas devemos espalhar todas as variedades (parece que existem duzentas), grandes ou pequena, verde escuras ou verde claras, folhas compridas ou redonda amarelo douradas ou pardo avermelhadas e mesmo vermelha, crespas ou lisas, doces ou amargas, tenras ou duras, espinescentes, de sementes brancas ou sementes pretas.
Partes utilizadas : Folhas, caules e látex.
Plantio : Podem ser cultivadas o ano todo, mas se desenvolvem melhor quando cultivadas entre março e julho.
Colheita : Colhe-se a alface cerca de dois meses depois da semeadura, antes que as folha endureçam e surjam flores.
Modo de Conservar : As folhas devem ser consumidas frescas, podendo ser guardadas em sacos plástico e conservadas em geladeiras, por alguns dias.
Habitat e origem: Originária da Ásia e de distribuição mundial.
História: É planta de distribuição mundial, usada largamente como alimento. Serve também como forragem para aves e o gado.
Benefícios Medicinais da Alface.
Indicações : laxante, eupéptica, mineralizante, desintoxicante, diurético, antiácido, antirreumático e sonífero.
Dosagem : É utilizada como calmante e como base para produtos de beleza (rejuvenescedores).
É útil também contra a insônia, excitação nervosa, palpitações, reumatismo, hipocondria e conjuntivites.
Princípios Ativos : O suco do seu caule é rico em óleos essenciais, sais minerais, albumina e princípio amargo.
Encerra esse suco a "lacitucina", princípio ativo e amargo, além de "mannita", "asparagina", albumina, resina, cera, sais, etc. além de óleo essencial, as folhas, no seu estado fresco, contêm mais de 95% de água e menos de 2% de matéria azotada, proteína, manganês e outras matérias minerais, além do cobre.
Modo de usar:
- Suco cru e o chá das folhas, talos e raízes, em descanso noturno: sonífero, calmante do estômago e do sistema nervoso, béquico e iqueterícia;
- Sumo da alface: em loções e cremes: rejuvenescer e acalmar a pele, aliviar queimaduras de sol na pele;
- Lactucário (leite): propriedades hipnóticas, icterícia;
- Cataplasma : ferver algumas folhas de alface em pouca água, por cinco minutos, deixar amornar e untar as folhas com azeite de oliva, estendendo-as sobre uma gaze, aplicar sobre a região atingida, para evitar inflamações: contusões, inchaços, pele irritada e avermelhada;
- Decocção: cozinhar 60 g de folhas de alface em meio litro de água, filtrar o líquido, quando morno. Tomar três cálices ao dia: laxativo branco, insônia;
- Infusão das folhas: tranquilizante, tosse, afecções da pele, emoliente, antirreumático, sonífero, nevralgias intestinais, irritações do intestino, digestivo, laxativo suave, vertigens;
- Suco das folhas, em uso externo: contusões e amaciante da pele;
Saladas: às refeições, as folhas frescas também podem ser usadas em cataplasmas por suas propriedades refrescantes e emolientes. Crianças: de 1/6 à Vz dose de acordo com a idade.
Superdosagem: Para ocorrer uma superdosagem a dose teria que ser extremamente alta, ou o consumo de folhas frescas em salada por pessoa extremamente alérgica.
Os sintomas incluem sudorese, taquipneia, taquicardia, dilatação da pupila, tontura, zumbidos e sonolência. O procedimento seria o usual - esvaziamento gástrico, lavagem com soro ou solução de permanganato de potássio e tratamento sintomático.
Posologia:
Adultos: 10 a 20ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de folhas secas ou caules em infusão até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs. Xarope: 1 colher de sopa a cada 6 horas.