sábado, 3 de dezembro de 2016

ROSA RUBRA

Rosa gallica.

Descrição : Planta da família das Rosaceae. Arbusto de ramos delgados, armados de espinhos, flores de cheiro suave e agradável. Também é conhecida pelos nomes de rosa-francesa, rosa-vermelha, roseira-francesa, roseira-rubra, rosa verdadeira e rosa de jericó.
As rosas podem ser arbustivas ou trepadeiras, com folhas compostas, pinadas, estipuladas e alternadas, tendo folídos com bordos serrilhados. As plantas geralmente apresentam acúleos. As flores, grandes e perfeitas, aparecem geralmente isoladas ou em grupos de 2 ou 3, sendo que algumas espécies possuem cachos com número variado de flores. As flores geralmente desabrocham no final da primavera ou início do verão e são polinizadas por insetos. As flores são perigíneas, com 5 sépalas, 5 ou mais pétalas, com vários estames inseridos nas bordas do hipanto, sendo que os vários pistilos surgem de dentro de sua cavidade. No fruto, o hipanto aumenta para se tornar carnoso e globular, e os pistilos se tornam aquênios, com uma semente cada. A parede do aquênio é geralmente dura e resistente a danos. Os frutos podem amadurecer do final do verão até o outono, mas eles persistem usualmente nas plantas ao longo do inverno, provavelmente como uma forma de atrair os dispersores. Os frutos geralmente têm cores brilhantes que variam de laranja e vermelho até púrpura, e são atrativos para os pássaros.
Habitat: O gênero Rosa ocorre principalmente nas zonas temperadas do hemisfério norte e tem origem na Ásia.
História: Existem evidências fósseis indicando que as rosas existem na Terra há mais de 40 milhões de anos (BARASH, 1991). No entanto, análises moleculares do DNA de rosas atuais mostram que elas devam existir há muito mais tempo, há cerca de 200 milhões de anos (FLOWERMONTHCLUB, 2003); As rosas estão entre as flores mais antigas em cultivo em todo o mundo, seja por sua beleza, perfume, qualidades medicinais ou uso culinário. O gênero Rosa é reconhecido por sua complexidade taxonômica devido, em parte, à hibridização, poliploidia e apomixia. O número de espécies descritas varia desde 30 até 4266, mostrando a dificuldade de definição existente, graças à diversidade morfológica que o gênero exibe. Apenas 2 espécies de Rosa contribuíram para o desenvolvimento das cultivares modernas. As rosas foram trazidas ao Brasil pelos jesuítas entre os anos de 1560 e 1570, mas somente a partir de 1829 ocorreu o plantio de roseiras em jardins públicos. O uso das rosas não é meramente ornamental, algumas espécies servem de alimento para animais silvestres, enquanto outras possuem propriedades fitoterápicas. produzem óleos e essências empregados na perfumaria e cosmética ou na culinária. Um receita de confeitos de rosas, romana, é a mais antiga referência do uso desta flor como ingrediente; No século X, os persas exportavam água de rosas para toda a Europa, Ásia e norte da África como aromatizante em bolos e biscoitos. No século XIV, as rosas eram usadas extensivamente em molhos para peixes e caças, e também em sobremesas, confeitos e conservas. No século XIX as rosas foram usadas como corantes e aromatizantes em chá, molhos, óleos, confeitos e conservas.
Parte utilizada: Flores.
Origem : Nativa da Europa e da Ásia,
Propriedades medicinais: Adstringente, cardiotônico.
Indicações: Afecção da garganta e da boca, atonia digestiva, diarreia. antisséptico local.
Princípios ativos: taninos ; Óleo essencial: citronela, geraniol, nerol fenil-etanol, linalool e citral. (sendo necessários 5 mil kg de pétalas de rosas para se produzir 1 litro de óleo essencial (GILL & POGGE, 1974); Hipantos; Carotenos; Pectina; D-sorbitol; Vitamina C; Ácidos málico e cítrico; Antocianinas; Geras; Princípios amargos.
rosa rubra
Farmacologia: Os chineses foram os primeiros a descobrir as qualidades medicinais das rosas: Algumas variedades cultivadas, principalmente R. damascena e R. gallica, são utilizadas para obter óleos essenciais e a água destilada de rosas. A essência extraída das pétalas é empregada como aromatizante em perfumaria e cosmética (Silvestre & Montserrat, 2001); Os botões florais e as pétalas de algumas rosas (R. gallica, principalmente) são utilizados em fitoterapia, para uso no tratamento de algumas afecções dermatológicas, devido à riqueza em taninos . Os hipantos das rosas (em especial de R. canina), além dos taninos com propriedades adstringentes, são ricos em carotenos, pectina, D-sorbitol, vitamina C e ácidos málico e cítrico, sendo recomendados nas dietas para ganhar peso. No entanto, o principal uso das rosas tem sido, sem dúvida, em horticultura ornamental (GILL & POGGE, 1974); Rosas silvestres proporcionam uma valiosa cobertura e alimento para a vida silvestre, especialmente pássaros e mamíferos, que agem como dispersores de sementes (GILL & POGGE, 1974), sendo também utilizadas como alimento por muitos ungulados domésticos e silvestres (MEYER, 2003).
Modo de usar:
Infusão das folhas. Tomar uma xícara de 3 a 4 x dia; gargarejos: afecção da garganta e da boca. Usar 6 gramas em um copo ode água fervente.
Posologia: O fruto de R. canina (rosa mosqueia) é usado em geleias, chás e é uma excelente fonte de vitamina C (DENSMORE & ZASADA, 1977); Suas folhas podem ser adicionadas a outras ervas na preparação de chás e suas pétalas são usadas no preparo de confeitos, xaropes, molhos e vinagres; 1g de pétalas secas ou 2g de pétalas frescas (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infuso para uso interno, até vezes ao dia e para gargarejes e compressas; 60g de pétalas para 750ml de vinagre para uso interno para 750ml de vinagre para uso interno e exno.