quarta-feira, 29 de novembro de 2017

CIPÓ SUMA

Anchietia salutaris

Descrição : Planta da família das Violaceae, também conhecida como baúna, paraguaia, piraguara, suma. Planta de caule delgado, folhas muito irregulares e seus frutos são cápsulas.
Partes utilizadas : Raiz. Plantio : Multiplicação: por sementes; Cultivo: ocorre em todo Brasil. Prefere solos úmidos, férteis, arejados e com matéria orgânica. Existem duas variedades o suma branco e o suma roxo, ambos têm os mesmos efeitos fitoterápicos.
Colheita: Colhem-se as raízes na época da floração.
Habitat: É natural do Brasil, ocorre em todo o pais, especialmente em Minas, Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás.
História: É usado pela população indígena e ribeirinha desses regiões há centenas de anos. O decocto dessa planta, muito amargo e acre é usado também pelos caboclos contra o veneno de cobras. Faz parte da farmacopéia homeopática.
Propriedades medicinais: Calmante, diurética, depurativo.
Indicações: Acne, asma, bronquite, coqueluche, diabete, doenças venéreas, espasmo, excitar a salivação, furúnculo, herpes, moléstias da pele, psoríase, reumatismo, tosse, traqueobronquite.
Princípios ativos: Agliconas: caincetina; Salicilatos: salicilato de metila; ácidos orgânicos: ácido chiocotanico; Ácidos graxos; Resinas vegetais; Glicosídeos: caincina, ácido cainquico; Chiococina; Óleos essenciais.
Modo de usar: Pó diluído em água: diabete. 8 gramas para um copo de água fervente.
Efeitos colaterais: Sem toxidade nas doses recomendadas. A DLM e acima de 300ml para humanos acima de 60Kg. Os extratos etanólicos em doses muito maiores que a terapêutica apresentam sinais de toxidade não especificados, não havendo nenhum relato de morte por intoxicação.
Farmacologia: A atividade anti-inflamatória é conferida pelo salicilato de metila - bloqueio da síntese das prostaglandinas. O extrato estudado na República Dominicana possui atividade anti-inflamatória em cobaias; Inibiu o crescimento de células neoplásicas não especificadas e do Bacillus subtilis in vitro. (GrupoTRAMIL, Universidade de Antioquia, Santo Domingo, 1995).
Superdosagem: Não há relatos. Caso ocorra, além das medidas usuais para intoxicação, tratamento sintomático para vômito e diarreia deverão ser instituídos.

CIPO SUCURIJU

Mikania amara

Descrição : Da família das Compostas. Trepadeira de caule cilíndrico e ramos lenhosos, castanhopubescentes, folhas pecioladas, opostas, largo-oval--triangulares, acuminadas, até 10 cm de comprimento e 6cm de largura, peninervadas, coriáceas, glabras e luzidias na página superior e pubescentes na inferior; flores brancas dispostas em capítulos longo pedunculados, 4-floros, corimboso paniculados; brácteas foliáceas espessas, mais ou menos oblongas; fruto aquênio cilíndrico, glabro, de 4mm; papo composto de 40 cerdas avermelhadas. Abunda nos jardins e quintais de todo o Brasil, mais para efeito medicinal do que ornamental. Diz-se que o extrato "administrado a animais, provoca vômitos, diarreia, aceleração da respiração, diminuição da frequência do pulso, abaixamento da pressão sanguínea, albuminúria, abaixamento da temperatura e morte". (Dr. A. J. de Sampaio.) Entretanto, a infusão teiforme das folhas é comprovadamente tônica e não causa a mínima perturbação ao homem. As folhas e os ramos novos são muito aromáticos e, no estado fresco, aumentam seu aroma, mas após a secagem perdem quase todo o aroma. Depois de perderem o aroma, tornam-se amargas. Há a variedade do Guaco (M. argyrostigma, Miq., M. cuneata Schultz-Bip, M. guaco HBK., M. guaco De Rieux, M. tallafana HBK.), de folhas maiores, membranosas, com a base dilatada em pecíolo decorrente alado. Extremamente disseminado por todo o país; contudo a Amazônia e as Guianas são o seu habitat natural.
Propriedades medicinais: Febrífuga, estimulante, tônica, expectorante e anti-helmíntica; entra na composição de vários xaropes peitorais nacionais e estrangeiros e foi experimentada na Europa como antirreumática e febrífuga.
Indicações: Como planta medicinal têm sido objeto de longos estudos e embora apenas se conheça a presença, no caule e nas folhas, de um alcaloide febrífugo, suas virtudes medicinais não são contestadas embora sejam exageradas por uns e depreciadas por outros; constituindo-se "um recurso para combater as febres intermitentes, as tosses, a coqueluche, a gota, o reumatismo, a sífilis e até a hidrofobia, sendo ainda reputada útil contra o cólera-morbo e a mordedura de cobras e escorpiões.
cipo sucuruji

CIPÓ PRATA

Banisteria argyrophylla

Descrição : Planta da família das Malpighiaceae, planta trepadeira lenhosa grande, de ramos finos e alongados. As folhas são opostas, ovadas, arredondadas na base, de cor verde-escuro na página superior e de aspecto prateado na página inferior; Flores franjadas, brancas e amarelas, reunidas em umbelas paniculadas ou em corimbos compostos terminais. O fruto é uma câmara com o dorso alado. Floresce no verão, reproduz-se por sementes em locais úmidos e sombreados.
Parte utilizada: Raiz, ramos, folhas.
Habitat: E planta nativa brasileira aparecendo na orla das matas, cerrados, campos e beiras de estrada principalmente em São Paulo e Minas Gerais.
História: Goza de boa reputação como diurético e eliminador do ácido úrico.
Propriedades medicinais: Diurética.
Indicações: Afecção renais (oligúria, anúria, disúria, dor lombar), afecção vesical (inflamação, dor), ácido úrico, anti-inflamatório, bexiga, blenorreias, clarear a pele e manchas, hemorragias ovarianas, nefrite.
Modo de usar: Infusão, decocto. - infusão de 20 g por litro de água. Tampar e deixar esfriar. Tomar 2 a 3 xícaras de cafezinho por dia.
Efeitos colaterais: Sem toxidade nas doses recomendadas. A DIM e acima de 300ml para humanos acima de 60Kg. Os extratos etanólicos em doses muito maiores que a terapêutica apresentam sinais de toxidade não especificados, não havendo nenhum relato de morte por intoxicação.
Posologia: Adultos: 2g de planta seca ou 4g de planta fresca (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infuso até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs.
Cipó Prata

CIPÓ MIL HOMENS

Aristolochia esperanzae

Descrição : Planta da família das Aristolochiaceae, também conhecida como cipó-buta, papo-de-perú, jarrinha, buta, pfeifenwinde, pipe vine. Há umas 50 espécies com os mesmos nomes populares. Planta que cresce apoiada nas árvores vizinhas, caules com sulcos revestidos de espessa casca. Folhas em forma de coração ou semelhantes a um rim. Flores amarelo claras e muito grandes. O fruto é constituído por cápsulas de 10 centímetros de comprimento.
Parte utilizada: Raiz.
Habitat: Brasil, das Guianas até Minas Gerais e São Paulo.
História: A família contêm mais de 400 espécies, sendo usadas cerca de 50, medicinalmente desde a antiguidade, por diversos sistemas médicos tradicionais: oriental, árabe e greco-romano. O nome deriva de seu uso na indução de partos feito pela escola hipocrática - aristos bom e lóquios parto. As variedades americanas são volúveis e as europeias são eretas, mas seu centro vegetativo e a América do Sul tropical; Em todo o interior do Brasil e empregado o extrato fresco como antiofídico, porém não há pesquisas que comprovem tal indicação.
Princípios Ativos: alcaloides, flavonoides, glicosídeos, óleo essencial (aristoloquina ou ácido aristoláquico), taninos .
Indicações: Cólica, estômago, rim, fígado, coração, febre, raiz contra picada de cobra.
Contraindicações/cuidados: Usar sob orientação médica. Não deve ser usada durante a gravidez.
Efeitos colaterais: É abortiva. Alguns dizem que o uso pode provocar câncer.
Modo de usar: Obs.: trepadeira que produz flores com cor de carne e odor de peixe podre, atraindo moscas varejeiras. Estas entram na flor em busca de alimento, ficam presas por um tempo e acabam auxiliando no processo de polinização (dentro da flor existem pelos virados para baixo, que não permitem a saída da mosca até que o pólen seja liberado pela planta). É abortiva e tóxica , índios usavam para envenenar flechas (substância aristoloquina, que pode matar). Uso medicinal: estômago, rim, fígado, coração, febres, raiz contra picada de cobra. O nome "mil-homens" foi dado pois o sanitarista Carlos Chagas utilizou esta planta para tratar operários ferroviários contaminados por um tipo de malária.
Posologia: Adultos: 10 a 20ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água; 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de cascas e raízes em decocção até 3 vezes ao dia; Banhos (orquite, doenças da pele): 50g de raízes para cada 1000ml de água; Dermatoses: extrato seco das cascas sobre a área afetada, compressas do decocto das raízes.
Farmacologia: Os aristolactanos do Angelico possuem atividade antitumoral contra diversas linhagens de células neoplásicas, aumentam a eficiência do sistema fagocitário e inibem o crescimento de varias bactérias in vitro. Os princípios amargos aumentam as secreções digestivas, facilitando a digestão; Os extratos possuem atividade hipotensora, fluidificante das secreções respiratórias, anti-inflamatória e sedativa. Tem efeito opsonizador, eliminando agentes patogênicos;
Toxicologia: O ácido aristolóquico possui atividade mutagênica e carcinogênica em estudos in vitro. Há comprovações em estudos, de efeito teratogênico em ratos. Essas reações ocorrem apenas no uso destas substâncias isoladamente e em doses imensamente elevadas as doses encontradas nos extratos do cipó mil-homens; Mesmo assim, recomenda-se que esta planta não seja usada por mais de 30 dias sem intervalo. Alguns autores recomendam a interrupção por períodos iguais ao uso.
Cipó Mil Homens

CIPÓ IMBÉ

Philodendron imbe

Descrição : Planta da família das Araceae, também conhecida como curuba, folha-de-fonte. Planta epífita, cujo tronco nodoso chega até 2 metros de altura, e alcança a espessura de um braço humano bem desenvolvido, soltando raízes adventícias, pelas quais se prende aos seus sustentáculos (árvores ou rochas). O caule termina numa frondosa copa folhear, que leva esta planta a ser classificada entre as mais belas plantas ornamentais. Suas enormes folhas longipecioladas penatífidas, ovais no ápice e sagitiformes na base, cujo limbo mede até 80 cm de comprimento, formam um grande tufo arredondado, que esconde completamente o tronco enquanto este é ainda baixo. As raízes adventícias, compridas, delgadas e resistentes, são usadas para fabricação de cordas.
Parte Usada : Folhas e cascas.
Indicações: Ácido úrico, bexiga, erisipela, inflamação reumática, orquite, rins, úlcera.
Modo de usar : O cozimento das folhas frescas e cascas do caule é recomendado, em banhos, nos seguintes casos: erisipela, inflamações reumáticas, orquite. O mesmo cozimento, em dose mais fraca (10 gramas para l litro de água) usa-se na hidropisia, tomando-se várias xícaras por dia. As folhas frescas, amassadas, aplicam-se sobre úlceras.
Cipó Imbe

CIPÓ DOCE

Gynostemma pentaphyllum

Descrição : Planta da família das Cucurbitaceae, também conhecida como erva da imortalidade, erva milagrosa, ginsen g do sul. Miracle herb ou herb of immortality, jaogulan e wunderkraut.
Parte utilizada: Folhas, caule.
Princípios Ativos: Saponinas (gipenossídeos), magnésio, zinco, cálcio, ferro, potássio, fósforo, polissacarídeos, vitamina B1, vitamina B2, vitamina C, caroteno, proteínas, fibras, sucrose.
Propriedades medicinais: Antitrombótica, anti-inflamatória, antioxidante, antitussígena, energizante, estimulante, hipocolesterolêmica, revitalizante, tônica.
Indicações: Estimulante no sistema imunológico e nervoso; tosse, bronquite, hepatite, problemas de pressão, circulação, colesterol alto, obesidade, asma, constipação, envelhecimento precoce.
Efeitos colaterais: Pode-se passar por um período conhecido como “período de reação desintoxicante”, que ação alérgica.
Cipó Doce

CIPÓ DE SÃO JOÃO

Pyrostegia venusta

Descrição : Planta da família das Bignoniaceae, também conhecida como flor-de-São-João, cipó-vermelho, bignonia de inverno, liana de llama, trompetero naranja, flame flower, flame vine, golden shower, orange ncreeper, orange trumpet creeper, orange trumpet vine.
Bela trepadeira lenhosa, grande, forte, perene de 2 a 4 m de comprimento.
Folhas opostas, compostas, de 2 a 3 folíolos e uma gavinha, ásperas, verde profundo;
As inflorescências paniculadas, axilares, são extremamente vistosas, vermelho alaranjado brilhante, lembrando labaredas.
Na aridez do inverno, incendeiam matas, cercas, pastos, e reproduz-se por sementes em terrenos arenosos.
Partes utilizadas : Flores.
Habitat: É nativa da América do Sul, é espontânea no Brasil, do Ceará ao Rio Grande do Sul.
História: Tem sido pesquisado e utilizado pelo Dr. José Maria Campos em Figueira - MG como planta medicinal e medicamento sutil.
Plantio : Multiplicação: por sementes e estacas do ramo; Cultivo: originário da América do Sul, medra de São Paulo até o Nordeste. Prefere solos arenoargilosos, secos e com matéria orgânica. Pode ser tutorado ou não; Colheita: colhem-se os ramos com flores e folhas, em julho.
Princípios Ativos:
flores: b-sitosterol, n-hentriacontano (n-C31H64), 7-O-b-D-glicopiranosilacacetina e meso-inositol (myo-inositol);
raízes: alantoína, esteróides b-sitosterol, 3b-O-b-D-glicopiranosilsitosterol) e flavanona hesperidina;
folhas: flavonoides, fenóis solúveis e taninos .
Propriedades medicinais: Tônico e antidiarreico (caule).
Indicações: diarreia, manchas brancas no corpo (leucoderma, vitiligo - flores), fraqueza geral.
Efeitos colaterais: A planta é tóxica, provavelmente em função do glicosídeo pirostegina. Há casos de envenenamento de bovinos após a sua ingestão.
Toxicologia: Sem toxidade no uso terapêutico e nas doses recomendadas. Os caboclos brasileiros dizem que suas folhas cruas, são tóxicas, havendo relatos de intoxicação de bovinos.
Posologia: Adultos: Uso tópico da tintura composta com Maminha-de-porca, aplicada estritamente sobre   as áreas despigmentadas pelo vitiligo, dia sim, dia não; 4g de flores frescas maceradas a frio ao sol por 12h ou 2g de flores secas (1 colher de sopa para cada xícara de água) em ou infuso até 3 vezes ao dia; Crianças: usam d 1 /3 a dose, de acordo coma idade.
Cipó de São João

CIPÓ CRUZEIRO

Chiococca alba

Descrição : Planta da família das Rubiaceae, também conhecida como cainca, cainana, caninana, cipó cruz, purga preta, raiz preta, raiz fedorenta.
Encontrada em todo o Brasil, é um arbusto de raízes castanhas e rugosas externamente e vermelhas internamente de 2 a 4m de altura.
As flores são branco amareladas e o fruto é branco com duas sementes, semelhantes as do cafe.
Parte utilizada: Folhas, caules, flores, raízes.
Habitat: E natural da Amazônia ocorrendo no Cerrado e América central também, principalmente nos estados da Bahia e Minas Gerais.
Historia: E usado pela população indígena e ribeirinha dessas regiões ha centenas de anos. O decocto dessa planta, muito amargo e acre, e usado também pelos caboclos contra o veneno de cobras. Faz parte da farmacopeia homeopática.
Princípios Ativos: Ácido chiocotânico, ácido caincico, ácido caínquico, ácidos graxos, alcaloides, caincetina, caincina, chiococina, óleos essenciais, resinas.
Propriedades medicinais: Anti-inflamatória das vias urinárias, anti-ofídica, anti-reumático, diaforética, diurético, emenagoga, laxativa, pulmonar.
Indicações: Articulações inchadas, inchaço das pernas, nevralgias, palpitação nervosas, retenção de urina, reumatismo articular e muscular.
Contraindicações/cuidados: Deve ser evitada por gestantes.
Efeitos colaterais: Possível diarreia, náusea.
Modo de usar:
Decocto das cascas da raiz: tosses, rouquidão, bronquite, asma, angina, laringite, doenças do aparelho urinário, prisão de ventre, hidropisia, dartros, dores reumáticas, sífilis.
Decocção de 10 g de raiz em um litro de água por 15 minutos. Beber duas ou três xícaras por dia: colesterol, diabete, doresreumáticas, dores nas pernas, edemas, emagrecer, escassez de urina, inchação das pernas, ingurgitamento abdominal, prisão de ventre, retenção de urinas, reumatismo. Infusão com 10 g de pó de raízes para 1/2 litro de água.
Posologia: Adultos: 10 a 20ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em agua; 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de agua) de raízes em decocto até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs; Criangas de 2 a 5 anos: 2ml 3 vezes ao dia, as refeições; De 5 a 8 anos: 3ml 3 vezes ao dia, as refeições; De 8 a 12 anos: 4 ml 3 vezes ao dia, as refeições; Crianças: posologia por peso corporal: 0,4ml/Kg/dia com intervalos menores que 12 hs.
Interacao medicamentosa: Por ser rica em salicilatos, potencializa a ação da aspirina e e outros anti-inflamatorios que bloqueieam a ação das prostaglandinas e dos antiadesivos-plaquetários.
Cipó Cruzeiro

CIPÓ CRUZ

Arrabidaea chica

Descrição : Planta da família das Bignoniaceae, também conhecida como cajuru, carajirú, crajirú, carajunú, carajurú, crajurú, chica, china, cipó-pau, coá-piranga, cuica, guajurú, guajuru-piranga, guarajuru, cajuru, cajuru-piranga, piranga, parirí, paripari.
Parte utilizada: Folhas, flores.
Princípios Ativos: Ácido anísico, alcaloides, bixina, carajurina, carajurone (pigmentos flavônicos), cianocobalamina, cumarinas, 3-deoxiantociianidina, ferro assimilável, flavonoides, genipina, pseudoindicanas, quinonas, saponinas, taninos , triterpenos.
Propriedades medicinais: Adstringente, afrodisíaca, antianêmica, antidiabética, antidiarreica, antidisentérica, antileucêmica, anti-inflamatória, cicatrizante, desinfetante, emoliente, expectorante, fortificante.
Indicações: Afecção da pele de um modo geral, albuminúria, anemia, cólica intestinal, conjuntivite, diarreia, diarreia sanguíneas, enterocolite, feridas, hemorragias, inflamação uterina, icterícia, impigens, inflamações (uterinas e ovarianas), lavagem de feridas, leucemia.
Modo de usar:
Infusão das folhas: cólicas intestinais, diarreia, enterocolites, inflamações uterinas, leucemia, icterícia, anemia, albuminúria;
Infusão ou pomada das folhas para uso local: afecções da pele de um modo geral, impinges e na lavagem de feridas; ação de 4 folhas em meio copo de água: adstringente (diarreia, anemia, leucemia, inflamações uterinas, hemorragias).
Cipo Cruz

CIPÓ CRAVO

Tynanthus elegans

Descrição : Planta da família das Bignoniaceae, também conhecida como cipó-trindade. Arbusto que habita principalmente as matas dos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerias. É conhecido por esse nome por causa do aroma que lembra o do Cravo-da-Judéia. Planta volúvel, trepadeira sem gavinhas e espontânea, caule cilíndrico, cor castanho avermelhada, muito sulcado e aromático, folhas trilobadas, lanceolares, opostas; Bela inflorescência terminal branca ou amarelo ferrugem; Toda a planta cheira a cravo-da-india, que Ihe confere o nome.
Partes utilizadas : Caule.
Habitat: Mata Atlanta.
Historia: Muito usado pelos caboclos e em perfumaria.
Plantio : Multiplicação: reproduz-se por sementes e estacas da raiz;
Cultivo: Planta brasileira que ocorre de São Paulo à Amazônia. Prefere solos secos, arejados, sombreados e ricos em matéria orgânica. Pode ser tutorado ou não. Deve ser plantado de 2 em 2 metros podendo usá-lo como trepadeira em árvores;
Colheita: Colhem-se as raízes no outono, principalmente.
Princípios Ativos: alcaloides, eugenol, óleo essencial, taninos , tinantina, ácido tânico.
Propriedades medicinais: Afrodisíaco, analgésica, antirreumática, digestivo, estimulante, fortificante.
Indicações: diarreia, estômago, gases, impotência devido à fraqueza genital.
Superdosagem: Não há relatos, caso ocorra deverá ser feito o esvaziamento gástrico, lavagem com soro fisiológico e colocação de sonda nasogástrica. Crises convulsivas deverão ser controladas com medicação endovenosa.
Modo de usar:
- Tintura 4:1: tomar 1 a 5 ml como afrodisíaco 3 vezes ao dia;
- Infusão da vinha ou folhas: tomar um copo como digestivo e estimulante do apetite.
Posologia: Adultos:10 à 20ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluído sem água; 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de caules em decocção até 3 vezes ao dia.
Farmacologia: Os efeitos estimulantes do cipó-cravo foram comprovados em laboratório, em cobaias. Os Princípios amargos aumentam as secreções digestivas, também se verificou efeito anti-helmintico.
Cipó Cravo

CIPÓ CHUMBO ORDINÁRIO

Cuscuta racemosa

Descrição : Planta da família das Convolvulaceae, também conhecida como anó-peipa, awó-pupa, fios-de-ovos, aletria, aletria-de-pau, cipó-de-chumbo, cipó-dourado, cuscuta, erva-de-chumbo, espaguete, fios-de-ouro, tinge-ovos, xirimbeira.
Erva trepadeira de caule fino, cor-amarelo-alaranjada e sabor amargo. A planta possui além de uma raiz normal, outras raízes que se desenvolvem no caule, e se apegam a outros vegetais, dos quais é parasita.
Partes utilizadas : Toda a planta.
Habitat: E nativa da Mata Atlântica e do Cerrado, ocorrendo em vários estados. Parasita menores e arbustos, até a sua aniquilação, sendo comum em cafezais.
História: E largamente utilizado na medicina caseira e faz parte da farmacopeia homeopática.
Plantio : Multiplicação: por caules que fixam-se nas outras plantas e por sementes; Cultivo: planta parasita que depende de outra para sobreviver. É encontrado naturalmente nas pastagens abandonadas. Tem coloração amarelada (parecendo fios de ovos). Têm flores brancas rosadas. Para cultivá-la basta semeá-la sobre outras plantas.
Colheita: Colhem-se os ramos com flores em agosto/setembro.
Princípios Ativos: Mucilagens, taninos , flavonoides.
Propriedades medicinais: Antiblenorrágica, antiflogística, adstringente, antidiarreica, antiulcerogênica, balsâmica, cicatrizante, colagoga, detergente natural, diurética, emoliente, estomáquica, expectorante, eupéptica, hemostática, hepática, laxativa, purgativa branda.
Indicações:
- Chá do caule: angina, icterícia, úlceras, disfunções gástricas e da vesícula biliar, constipação, edemas, hemorragias bronco pulmonares, afecções da garganta e das vias respiratórias, bronquites, tosses com expectoração sanguínea, catarros e rouquidão, cólicas hepáticas, diarreia sanguíneas, abscessos internos, hemoptises, congestões pulmonares, icterícia, angina, amigdalite.
- compressas com emplastro do caule: furúnculos e feridas.
Externamente em :
- decocto: gargarejos, úlceras, feridas.
- em pó: cicatrizante, furúnculos, abscessos externos, irritações, queimaduras leves na pele.
Contraindicações/cuidados: Evitar seu uso em pacientes com distúrbios da coagulação sanguínea.
Modo de usar: Infuso ou decocto: 0,5% - 50 a 200ml/dia (internamente) e a 5% (externamente); Purgante suave: ferver 1 colher das de café de caule em 1 xícara das de café de água por 3 minutos. Coar e beber à noite Extrato fluido: 0,25 a 1ml/dia. Pó: 0,25 a 1g/dia. Tintura: 1 a 5ml/dia. xarope : 20 a 100ml/dia.
Posologia: Adultos: 2,5 a12,5ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água; 4 g de erva fresca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de planta em infuso até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12 hs; Extrato fluido: 2,5 ml por dia; Xarope: de 30 ml a 60 ml para adultos, 1 /6 a 1 /3 da dose para crianças; Pó em uso tópico, como cicatrizante: até 1 g por dia.
Cipó Chumbo

CIPÓ CAPADOR

Echites peltata

Um trepadeira ornamental originária da Europa, trazida para o Brasil pelos imigrantes pode ser usada no tratamento de úlceras.
Descrição : Planta da família das Apocynacea. Outros nomes pelos quais é conhecida: cipó-de-pairia, cipó-santo, erva-santa, joão-da-costa, paina-de-penas. Na Argentina também essa planta é cultivada e recebe o nome de Gomero Enredadera.
Trata-se de uma trepadeira de caule longo e ramos ferrugíneo tomentosos, folhas opostas, longo pecioladas, largo-oval-cuspidadas, arredondadas na base, peitadas, até 16cm de comprimento, carnosas, lactescentes, ferrugíneo-hirsutas enquanto pequenas e, quando crescidas, são glabras na página superior e ligeiramente pubescentes na página inferior, pedúnculos axilares 6-8 flores, pedicelos ferrugíneo tomentosos, brácteas oblongo lanceoladas, obtusas, flores hipocrateaciformes, amarelo-enxofre com tubo branco, corola glabra com os lobos oboval oblongos.
Possui fruto (2 folículos) ereto, de 16cm contendo numerosas sementes que têm envoltórios de filamentos sedosos.
O caule e a paina (filamentos) que envolve as sementes é muito aveludada e de valor para a indústria de colchoaria.
Origem :
Foi introduzida na Europa há quase um século como planta ornamental, porém, de uns anos a esta parte deixaram de cultivá-la, substituindo-a por outras espécies do mesmo gênero, também brasileira, por terem se aclimatado com maior facilidade à vida nas estufas.
No Brasil, sua produção é muito grande nos Estados de Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Em Minas Gerais conhecem-na como capa-homem ou cipó-de-mucuna. Aliás, esta denominação está errada, de vez que pertence a várias leguminosas Papilionáceas;
Indicações:
Essa espécie de trepadeira que, além de sua beleza é medicinal e cuja cultura se torna necessária e importante.
As folhas são remédio enérgico contra as orquites e inflamações em geral, também recomendados no tratamento das úlceras crônicas.
Também o caule e as folhas são remédio enérgico contra as orquites e inflamações em geral.
Cipo Capador
Bibliografia :
CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. IBDF. 1984

CIPÓ CABOCLO

Davilla rugosa

Descrição : Da família das Dileniáceas, também conhecida como cipó-carijó, trepadeira de casca ligeiramente avermelhada, folhas cobertas de pelos ásperos, flores miúdas amarelo-pálidas, aromáticas. De caule áspero, tomentoso, ramos revestidos de pelos ásperos, folhas alternas, pecioladas, ovais ou elípticas, agudas ou obtusas, de 8-20cm de comprimento e 4-10cm de largura, inteiras ou serradas somente na parte superior, às vezes onduladas, sempre ásperas ou rugosas nas duas páginas e reticuladas na inferior; flores amarelo pálido, pequenas, de l cm com 5 sépalas glabras (duas cobrindo a cápsula) e 2-5 pétalas, estames numerosos, dispostas em racimos; o fruto é uma cápsula (folículo) com 1-2 sementes, contém glicosido e tanino e fornece raiz tônica, adstringente, purgativa e drástica. Os caules são muito flexíveis e utilizados para amarrilhos; poderiam talvez substituir o vime, se nisso houvesse qualquer vantagem. Vegeta em todo o Brasil, pelo menos nos Estados do Pará e da Bahia e deste ao Estado de Santa Catarina, sendo que neste último é seriamente atacada pela Licopolis Franciscana, Sacc. e Syd.
Partes utilizadas : Folhas e cascas.
Plantio : Multiplicação: por sementes; Cultivo: planta brasileira de todo país. Por ser trepadeira necessita de tutoramento ou plantio próximo às árvores. Prefere solos arenoargilosos, secos e arejados;
Colheita: colhem-se as folhas e ramos na floração e as raízes a qualquer época.
Habitat: Ocorre nos estados do Sul, principalmente na Serra do Mar.
História: A Agonia da e reconhecida tradicionalmente como excelente remédio para mulheres, referindo-se seu nome aos sintomas associados ao ciclo menstrual;
Princípios ativos: alcaloides: agoniadina, plumerina; Princípios amargos: Açúcares; Iridoides; Fulvoplumerina; Glicideos; óleos essenciais: farnessol, citronerol; Ácido plumerico; Plumerideo; Resinas.
Indicações: Empregada como purgante e no tratamento das doenças venéreas. Planta considerada pelo povo como poderoso estimulante, depurativo e afrodisíaco, aliás com suspeita de venenosa. Os ramos são igualmente purgativos e, sobretudo, diuréticos, também empregados na medicina popular para combater a icterícia; as folhas, talvez constituindo a parte mais importante, são remédio de comprovada eficiência contra as orquites de qualquer natureza (abuso venéreo, consequências de equitação, etc.), sendo ainda úteis nas linfatites, inchação das pernas, edemacia dos membros, úlceras crônicas, úlceras atônicas; as sementes têm propriedade emetico-catártica violenta. Ao que se sabe ficou provado que a planta fresca tem maior efeito curativo; antigamente entrava na composição da "pomada de Davilla rugosa", preparado farmacêutico que supomos obsoleto. também usada no tratamento externo de hemorróidas.
Propriedades medicinais : Indicada como emenagoga, antiespasmódica, depurativa, antifebril, anti-asmatica, anti-inflamatória, e purgativa em doses mais altas. Para casos de irregularidade menstrual, amenorreia, nas linfanginites, engurgitamento ganglionar, escrofulas, asma brônquica, fraqueza relacionada a menstruação, histeria, inflamações uterinas, constipação intestinal e digestão difícil; Sem toxidade nas doses recomendadas.
Contraindicações/cuidados: Não utilizar em crianças. Doses excessivas podem causar diarreia.
Superdosagem: Devera ser feito o esvaziamento gástrico, com sonda nasogástrica em sifonagem e tratamento sintomático. As resinas da P. lancifolia são muito irritantes para a mucosa gástrica em doses toxicas-4,9g/Kg de peso corporal. E recomendável o uso de bloqueadores dos receptores h2 da histamina - tipo cimetidina - e uso de óleo mineral e carvão ativado para reduzir as lesões da mucosa. Outras medidas de suporte: dieta zero, e hidratação venosa.
Toxicologia: As pesquisas garantem o uso em humanos nas doses indica das. A DLM e acima de 300ml para um adulto com mais de 60Kg. As resinas do gênero Plumeria são tóxicas em doses muito elevadas - causam grande irritação da mucosa do tubo digestivo provocando diarreia., esofagite, gastrite eventualmente sangramento digestivo.
Farmacologia: Estudos da fração alcaloídica de P. lancifolia (FAA) mostram que na dose de 10Omg/Kg VO protege a mucosa gástrica de cobaias. Em todos os modelos experimentais a FAA apresentou-se tão ou mais potente que a cimetidina (50mg/Kg de peso). O volume de secreção gástrica mostrou-se reduzido, assim como a acidez total, mas a atividade péptica do suco gástrico não foi alterada.
Farmacodinâmica: Possui ação anti-inflamatória e antiespasmódica comprovada, justificando sua indicação nas dismenorreias. Tern ação emenagoga e reguladora nos ciclos menstruais - sua ação na TPM baseia-se em sua função diurética, sedativa e anti-inflamatória.
Posologia: Adultos: 10 a 20 ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água; 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de cascas em decocção até vezes ao dia.

CIPÓ CABELUDO

Microgramma vacciniifolia

Descrição : Planta da família das Polypodiaceae.
Arbusto do flora brasileira, particularmente dos estados do Rio de janeiro, Bahia, Minas Gerais e São Paulo.
A extremidade dos ramos mais jovens se apresenta coberta de pelos de cor castanho clara.
É de sabor amargo e cheiro aromático.
Parte utilizada: Planta inteira.
Princípios Ativos: taninos , matérias aromáticas e pépticas.
Propriedades medicinais: Béquica, antidiarreica, antidisentérica, diurética, antinefrítica, anti-inflamatória renal, antirreumática, adstringente, balsâmica.
Indicações: Bronquite, catarros crônicos, coqueluche, laringite, hemoptise, hematúria, frieiras, rachaduras e coceiras na pele, escarros sanguíneos, gota, reumatismo, varizes, lesões cardíacas, dilatação das veias.
Modo de usar:
Infuso ou decocto: 2,5%; 50 a 200ml/dia.
Tintura: 5 a 25ml/dia. xarope: 20 a 100ml/dia.
Cipó Cabeludo

CIPO CAATINGA

Mikania glomerata

Descrição : Planta da família das Asteraceae. Subespécie: Mikania glomerata var. montana Hassl., também conhecida como cipó-caatinga, cipó-catinga, cipó-sucuriju, coração-de-jesus, erva-de-cobra, erva-cobre, guaco-liso, guaco-de-cheiro, guaco-trepador, guaco-verdadeiro, guape, micânia.
Parte utilizada: Folhas (preferencialmente as mais jovens.), planta florida frescas ou secas.
Princípios Ativos: Óleo essencial rico em: resinas, taninos , saponinas, glucosídio, diterpenos e sesquiterpenos (cineol, borneol e eugenol), substância amarga (guacina, cumarinas, guacosídeo), ácido caurenóico, ácido isobutiriloxi caurenóico, heterósida, ácido cinamoilgrandiflórico, ácido entkaur-16-eno-19-óico, ácido namoilgrandiflórico, ácido estigmast-22-en-3-ol, estigmasterol, flavonoides, esteróis.
Propriedades medicinais: Antiasmática, antiespasmódica, antigripal, anti-inflamatória, antimicrobiana, antinevrálgica, antiofídica, antirreumática, antisséptica das vias respiratórias, antitussígena, aromática, béquica, broncodilatadora, calmante, cicatrizante, conservante, depurativa, emoliente, estimulante, estomáquica, expectorante, febrífuga, hepatoprotetora, hipotensora (folhas frescas), peitoral, sedativa, sudorífera, tônica.
Indicações: Ácido úrico, afecções do trato respiratório, albuminúria, ansiedade, artrite, asma, bronquite, contusões, coqueluche, dermatites, eczema pruriginoso, febre, ferimentos, gota, hemiplegia (paralisia de um lado do corpo), inflamação de garganta, inflamações intestinais, insônia, malária, manchas de pele, micoses, nevralgia, picada de insetos e cobras, pruridos, resfriado febril, reumatismo, rouquidão, sífilis, tosses rebeldes, úlceras.
Contraindicações/cuidados: Devido às cumarinas, é contraindicado para pessoas com hepatopatias (antagonista da vitamina K), trombocitopenia e coagulopatias.
Contra indicada para pessoas que usam anticoagulantes ou heparina (aumenta o risco de sangramento).
Não indicada para menores de um ano de idade e mulheres na menstruação.
O uso excessivo pode causar taquicardia, vômitos e diarreia. Pode causar vômitos e diarreia se usado em excesso.
Podem ocorrer acidentes hemorrágicos, quando usado em tempo prolongado.
Modo de usar:
Uso interno:
Extrato fluido: 1 a 4 ml / dia. - tintura: 50 a 20 ml / dia (2 a 4 colheres de chá ao dia);
Infuso ou decocto a 2%: tomar 50 a 200 ml/dia;
Infusão : 2 xícaras de cafezinho de folhas frescas em ½ l d'água 1 xícaras de chá 4 vezes ao dia (reumatismo e problemas das vias respiratórias).
Xarope : 10 a 40 ml / dia; - xarope : 4 xícaras das de cafezinho de sumo de folhas frescas em ½ litro de xarope: tosses em geral. Tomar 1 colher das de sopa a cada 4 ou 6 horas;
Xarope: ferver 6 folhas picadas em um litro de água, coar, misturar o suco de um limão, 3 colheres de sopa de mel: tosse e bronquite. Tomar um cálice 4 vezes ao dia.
Xarope: decocção de 15 a 20 folhas de guaco, duas colheres de sopa de poejo ou broto de assa-peixe e uma colher de chá de gengibre ralada, em 100 ml de água. Cobrir e deixar esfriar, adoçar com 150 a 200 g de açúcar ou rapadura e dissolver: crise de tosse, asma e bronquite. Tomar 1 a 2 colheres das de sopa 2 a 3 vezes ao dia. Para as crianças, reduzir a dose à metade;
Suco: 2 folhas frescas batidas com água (1 copo) em liquidificador;
Elixir: de 20 a 80 ml de chá, tomar 1 vez ao dia;
Uso externo:
Infuso ou decocto a 5%: aplicar várias vezes ao dia;
Suco da planta: fazer fricções sobre a parte dolorida reumatismo, fazer fricções sobre áreas doloridas.
Cipó Caatinga

CIPÓ AZOUGE

Apodanthera smilacifolia

Descrição : Planta da família das Cucurbitaceae, também conhecida como cota, catingueira, azougue, mercúrio-vegetal, chá-de-boubas (Minas); cipó-santo, remédio-de-gálico.
Planta trepadora grande, de raiz cilíndrica, amarela, com 3cm de diâmetro e ate 4m de comprimento. Caule glabro de 1 cm de diâmetro e ate 10m de comprimento com casca rugosa cinza esverdeada, por dentro e amarelo-palido.
Ramos fortes e flexíveis verde-claro com folhas curto- pecioladas, opostas, alternadas com cirros, oblongo- lanceoladas, agudas, cordiformes na base, 8 a 20cm de comprimento por 4 a 10cm de largura, membranosas, com margens denteadas e espinhosas, glabras em ambas as paginas, verde-claro brilhante na superior e verde-esbranquigado na inferior; Flores masculinas pequenas, cálice branco tubular pubescente, pétalas tri-nervadas com 3 a 4 estames dispostas em racimos compostos. Flores femininas e frutos não relatados.
Parte utilizada: Toda a planta.
Habitat: Planta da flora nacional.
História: Uso tradicional na medicina caseira.
Princípios Ativos: alcaloides, taninos , flavonoides, saponinas.
Propriedades medicinais: anti-inflamatórios, antiofídica, antissifilítico, antitóxica (do fígado), depurativo do sangue, laxante enérgico.
Indicações: Boubas, dartros secos, doença venérea, dores nos ossos, eczemas úmidos, erupções da pele, escabiose, escrófulas, ferida, furúnculos, herpes, moléstias da pele (especialmente os eczemas secos e úmidos e manchas da pele), picada de cobra, pruridos, reumatismo sifilítico, sífilis, úlceras de pele, urticárias.
Modo de usar:
Infuso, decocto, pó, extrato fluido, tintura, xarope, elixir, vinho.
Infusão de 20 g em um litro de água. Tomar 3 xícaras das de chá por dia.
Banhos: reumatismos, ulcerações da pele, herpes, escabiose, escrófulas, boubas, eczemas, dartros, pruridos, urticárias, erupções da pele.
Posologia: Adultos: tintura hidroalcoólica para uso tópico ou pomadas. Geralmente se encontram em (armadas de manipulação: 2g de erva seca (1 colher de chá para cada xícara de água) de raízes em decocto ou 4g de folhas (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infuso ate 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12 hs; Com 40g de raízes água se preparam compressas para as afecções da pele; Crianças: apenas uso tópico.
Cipó Azougue

CINTO DE NETUNO

Laminaria saccharina

Descrição : Da família das Laminariáceas. Alga marinha de disco coriáceo e estirpe curto, compacto, cilíndrico, até 30cm, com talo alongado em lâmina inteira, avermelhada ou amarelada, fortemente ondulada e verrucosa, até 3m de comprimento e 40cm de largura, esporângios acompanhados de pelos estéreis (pará-fises).
Tem ainda outras aplicações como produção de algarina, algelinetos e derivados, indústria têxtil (impressão, etc.), usos nas farmácias. Como as outras algas, constitui um excelente adubo para qualquer tipo de plantação.
Habitat : Floresce em grande escala na Europa, na América e na Ásia. Existe também em quantidade razoável na costa do Brasil, solidamente presa aos rochedos litóreos que só as grandes vasantes das marés deixam a descoberto.
Princípios Ativos: É comestível e contém bastante manita e hidratos de carbono; quando muito bem tratada, depois de seca e reduzida a pequenos pedaços, possui ácido láctico e álcool, este em percentagem muito elevada (14 litros por 100 quilos de matéria seca), sendo que o resíduo, novamente tratado, dá ainda mais sete litros de álcool.
Hoje é uma das espécies preferidas para a extração de iodo, mas é necessário tratar-se uma tonelada de cinzas para se obter 10 quilos deste importante metaloide; essa tonelada de cinzas corresponde a cinco toneladas de algas secas ao Sol e a 25 toneladas de algas frescas.
Os tecidos desta alga dilatam-se muito pela hidratação e por isso são aproveitados na cirurgia. — Antigamente usavam, na Europa, como açúcar, os corpúsculos brancacentos e doces que se desenvolvem nas lâminas desta planta e que encerram 12% de manita.
Cinto de Netuno

CINERÁRIA MARÍTIMA

Senecio cineraria

Descrição : Planta da família das Asteraceae, também conhecida como moleiro empoeirado. É uma planta anual, possui folhas cinzas prateadas, possui flores amarelas ou brancas.
A cinerária marítima, que apesar do nome não vive no mar, é uma planta ornamental, muito conhecida pelos jardineiros norte-americanos.
Pode ser encontrada em serras e montanhas de clima temperado, cresce como moita e atinge até 80cm de altura
Parte utilizada: Folhas, flores.
Origem : Região mediterrânea.
Princípios Ativos: alcaloides (jacobina), flavonoides, taninos , mucilagens.
Propriedades medicinais: Antiespasmódica, anti-histérica, anti-inflamatória, cicatrizante, descongestionante, emenagoga.
Indicações: Conjuntivite, inflamação, inchaço das pálpebras, olhos irritados e cansados, restabelecer o fluxo sanguíneo, acalmar dores.
É matéria-prima de um colírio usado no tratamento da catarata, o remédio á base da planta melhora o grau de transparência do cristalino, lente natural dos olhos. Daí, ajuda a tratar a visão embaçada pela catarata.
Contraindicações/cuidados: Contém alcaloides pirrolizidínicos que são hepatotóxicos, logo é melhor apenas usar externamente.
Efeitos colaterais: O uso interno pode prejudicar o fígado.
Modo de usar:
Infusão 1 colher das de sopa de folhas e flores em 1 copo de água fervente. Tampa até anormal. Coar e aplicar sobre as pálpebras em compressas, com algodão, durante 15 minutos.
Sumo de 3 xícaras das de chá de folhas e flores frescas espremidas em 1 pano. Aplicar o suco nas pálpebras inchadas com chumaço, também sobre chagas.
Cinerária Marítima