Aristolochia esperanzae
Descrição : Planta da família das Aristolochiaceae, também conhecida como cipó-buta, papo-de-perú, jarrinha, buta, pfeifenwinde, pipe vine. Há umas 50 espécies com os mesmos nomes populares. Planta que cresce apoiada nas árvores vizinhas, caules com sulcos revestidos de espessa casca. Folhas em forma de coração ou semelhantes a um rim. Flores amarelo claras e muito grandes. O fruto é constituído por cápsulas de 10 centímetros de comprimento.
Parte utilizada: Raiz .
Habitat: Brasil, das Guianas até Minas Gerais e São Paulo.
História: A família contêm mais de 400 espécies, sendo usadas cerca de 50, medicinalmente desde a antiguidade, por diversos sistemas médicos tradicionais : oriental, árabe e greco-romano. O nome deriva de seu uso na indução de partos feito pela escola hipocrática - aristos bom e lóquios parto. As variedades americanas são volúveis e as europeias são eretas, mas seu centro vegetativo e a América do Sul tropical; Em todo o interior do Brasil e empregado o extrato fresco como antiofídico, porém não há pesquisas que comprovem tal indicação.
Princípios Ativos: alcaloides, flavonoides, glicosídeos, óleo essencial (aristoloquina ou ácido aristoláquico), taninos .
Indicações: Cólica, estômago, rim, fígado, coração, febre, raiz contra picada de cobra.
Contraindicações/cuidados : Usar sob orientação médica. Não deve ser usada durante a gravidez.
Efeitos colaterais: É abortiva. Alguns dizem que o uso pode provocar câncer.
Modo de usar: Obs.: trepadeira que produz flores com cor de carne e odor de peixe podre, atraindo moscas varejeiras. Estas entram na flor em busca de alimento, ficam presas por um tempo e acabam auxiliando no processo de polinização (dentro da flor existem pelos virados para baixo, que não permitem a saída da mosca até que o pólen seja liberado pela planta). É abortiva e tóxica , índios usavam para envenenar flechas (substância aristoloquina, que pode matar). Uso medicinal: estômago, rim, fígado, coração, febres, raiz contra picada de cobra. O nome "mil-homens" foi dado pois o sanitarista Carlos Chagas utilizou esta planta para tratar operários ferroviários contaminados por um tipo de malária.
Posologia: Adultos: 10 a 20ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água; 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de cascas e raízes em decocção até 3 vezes ao dia; Banhos (orquite, doenças da pele): 50g de raízes para cada 1000ml de água; Dermatoses: extrato seco das cascas sobre a área afetada, compressas do decocto das raízes.
Farmacologia: Os aristolactanos do Angelico possuem atividade antitumoral contra diversas linhagens de células neoplásicas, aumentam a eficiência do sistema fagocitário e inibem o crescimento de varias bactérias in vitro. Os princípios amargos aumentam as secreções digestivas, facilitando a digestão; Os extratos possuem atividade hipotensora, fluidificante das secreções respiratórias, anti-inflamatória e sedativa. Tem efeito opsonizador, eliminando agentes patogênicos;
Toxicologia: O ácido aristolóquico possui atividade mutagênica e carcinogênica em estudos in vitro. Há comprovações em estudos, de efeito teratogênico em ratos. Essas reações ocorrem apenas no uso destas substâncias isoladamente e em doses imensamente elevadas as doses encontradas nos extratos do cipó mil-homens; Mesmo assim, recomenda-se que esta planta não seja usada por mais de 30 dias sem intervalo. Alguns autores recomendam a interrupção por períodos iguais ao uso.