domingo, 12 de novembro de 2017

CHORÃO

Acalypha Poiretii

Descrição: Da família das Euforbiáceas. Planta de caules hirsutos e folhas pecioladas, oblongo ovais, acuminadas, serradas, membranosas, pubescentes, verdes, pelúcido-punctuadas; flores monoicas, vermelhas, dispostas em grandes amentos ou espigas terminais e axilares, as femininas cilíndrico-elipsóides.
O fruto é uma cápsula tuberculada contendo sementes faveolado-punctuadas. É muito ornamental, cultivada nos nossos jardins e nos de vários países asiáticos, não estando bem estudado se foi para lá levada do Brasil ou se também é espontânea; o sábio Muller d'Argovia, monógrafo da família, não encontrou diferença alguma nos indivíduos brasileiros e nos procedentes da Cochinchina, da Ilha Maurícia e de outros pontos.
Outra espécie, a Casuarina equi-setifolia, L., da família das Casuarináceas, é árvore grande, afila, até 20m de altura e l m de diâmetro na base; casca cinzenta nos ramos novos e castanho escura nos velhos; ramúsculos filiformes, quadrangulares, delicados, verde pálido, dispostos em verticilos articulados e finamente estriados; flores nuas, amentáceas, l-valvas, as masculinas terminais com l estame e as femininas laterais, curto pedunculadas, ovoides, cilíndricas.
Fornece madeira vermelho escura, de grão fino e compacta, muito dura, difícil de trabalhar e fixando mal os pregos, assim mesmo é utilizada, de modo geral e conforme os países, para construção civil, dormentes, paralelepípedos para calçamento de ruas, vigas, postes, pontes, rodas de carros, cavernas de navios e de pequenas embarcações, caixilhos de janelas, carvão e lenha do mais alto poder calorífero; peso específico de 0,907 a 1,013.
Nas ilhas Fidji e dos Amigos é utilizada para a fabricação de instrumentos musicais de uso local; os indígenas do Taiti empregavam-na no passado para esculturar os seus ídolos e fazer suas armas de guerra.
Chorão
Plantio : Introduzida no Brasil, há longos anos, como árvore ornamental e de sombra, então mais recomendada para os cemitérios, a sua cultura alastrou-se tanto e com tal facilidade a planta se aclimatou, que é hoje uma das árvores exóticas mais comuns nos parques e campos de todo o sul, desde Minas Gerais e São Paulo, até o Rio Grande do Sul, talvez mais disseminada em Santa Catarina; igualmente utilizada na arborização de várias cidades; cresce rapidamente (23m em 22 anos, São Paulo), adapta-se a quaisquer terrenos, embora prefira os lugares frescos e úmidos, mas não deixa de se desenvolver satisfatoriamente nas areias do litoral, sendo uma das preferidas atualmente para fixar as dunas em vários países e, principalmente, para consolidar terrenos e impedir erosões, graças ao seu sistema de radicação.
É um excelente quebra vento; admite-se que o vento, ao perpassar entre as plantações desta Casuarina, faz ruído idêntico ao das vagas do oceano. A cinza do lenho constitui boa matéria prima para a fabricação de sabões ordinários; as folhas são forrageiras. No Brasil é atacada pelo Oncideres dejeani Thoms e pelo Tracgyderes thoracicus Oliv.
Princípios Ativos: A casca é adstringente, contém elevada porcentagem de tanino e também matéria tintorial que, tratada pelo sulfato de ferro, dá tinta preta ou vermelha; seu melhor emprego está na indústria do curtume,
Propriedades medicinais: Sendo também medicinal e considerada tônica, antidiarreica e antidisentérica.
Plantas medicinais e de uso religioso comercializadas em mercados e feiras livres no Rio de Janeiro, RJ, Brasil1 Sheila Karla Santos de Azevedo e Inês Machline Silva.