Populus alba
Descrição : Da família das Salicáceas. Árvore de casca rugosa na base e brancacenta e lisa na parte superior do caule e nos galhos, folhas longo pecioladas (pecíolos mais ou menos cilíndricos), gemas não viscosas, pubescentes, cobertas de escamas imbricadas, flores pequenas e fruto cápsula 2-4 valvar.
Fornece madeira branca , leve, macia, fácil de trabalhar, muito resistente à umidade e de primeira qualidade para determinados trabalhos, sendo utilizada em vigamentos, obras imersas, vagões de estradas de ferro, aeroplanos, carroçaria, escultura, curvas para construção naval e muitas outras finalidades na marcenaria, caixotaria e carpintaria.
Serve para instrumentos agrícolas, brinquedos, bobinas, tornos, objetos de uso doméstico e uma infinidade de outras utilidades.
É espécie de grande porte, ornamental e elegante , podendo ser cultivada nos jardins.
Propriedades Medicinais : Sua madeira é profundamente unida, sendo que, para se verificar os poros, são necessárias fortes lentes.
Entretanto, sua propriedade medicinal é importantíssima.
As cascas são ricas em tanino, contendo também a "salicina", amargo, febrífugo, e tônico.
Foi usada no passado para falsificar o sulfato de quinina e hoje ainda serve, oxidada, para a fabricação de perfumes , tendo sido mesmo o primeiro perfume artificial que se descobriu.
Seus renovos são balsâmicos e benéficos. De suas folhas extrai-se uma espécie de borracha.
Habitat : No Brasil é pouco cultivada, exceto no Rio Grande do Sul, onde a cultivam e apreciam. Isso se deve talvez à proximidade da Argentina que a cultiva em grande escala, até mesmo para enfeites das ruas de Buenos Aires.
É originária da Europa e de grande parte da Ásia. No Rio Grande do Sul chamam-na álamo.
Existe uma praga que a consome e mata: chama-se Pemphigus, sp., e uma ferrugem denominada Melampsora sp (ferrugem do álamo), que estendem sua ação às demais espécies.
Na Argentina a praga chama-se Trameíes Trogi Brk., praga terrível que causa a piptostelechia do Choupo-branco, doença grave que vai curvando o tronco da árvore até o chão e assim acaba por matá-la.
Plantas medicinais e de uso religioso comercializadas em mercados e feiras livres no Rio de Janeiro, RJ, Brasil Sheila Karla Santos de Azevedo e Inês Machline Silva.