Chelidonium maius
Descrição : Planta da família das papavereceae, também conhecida como erva andorinha e erva das verrugas. Herbácea vivaz, que pode atingir até 80 cm de altura, com rizoma subterrâneo, de onde saem as hastes, que são ramificadas e providas de pelos brancos e articulados. As folhas são alternas, de cor verde na superfície superior e verde mais claro, na inferior. As flores são de coloração amarelo dourado, são dispostas em pequenos buquês. O fruto é capsular e a semente esverdeadas, provida de um falso arilo, que ajuda na sua dispersão. O seu cultivo pode ser feito por sementes ou por pedaços de rizomas. Colhe-se a planta inteira antes de florescer ou no começo da floração. A planta tem um bom desenvolvimento em lugares frescos ou sombreados, geralmente sobre escombros e muros velhos. Quando fresca essa planta produz um látex amarelo, de sabor acre e picante, extraído do corte do caule ou do pecíolo da folha. O mesmo sabor têm as folhas quando mascadas frescas, ainda que menos forte, mas igualmente desagradável e nauseante.
Partes utilizadas : Toda a planta.
Habitat: E originária da Europa e Ásia. E aparece no país inteiro.
Origem : Europa e Ásia, tendo se aclimatado muito bem na região sul do Brasil .
Modo de conservar : A planta toda deve ser seca à sombra e guardada em sacos de pano.
Propriedades : Sedativa e balsâmica.
Indicações : Elimina verrugas da pele e calos, ajuda também o tratamento de úlceras escrofulosas ou escorbúticas e de feridas velhas. Apresenta ainda ação sedativa local.
Princípios Ativo : Quelidonina, queleritrina, sanguinarina, protopina, mucilagem, resina e óleo essencial,
Modo de Usar :
Cataplasma -amassar uma porção de 10 gramas de folhas frescas e aplicar sobre o calo, enfaixando o local. Também tem uso ornamental.
Ativador das funções hepáticas e biliares; eliminador de cálculo biliar : amasse 1 folha fresca em 1 xícara de chá de água potável. Deixe em maceração por uma noite. No dia seguinte, coe. Tome 1 xícara de chá de manhã, em jejum.
Afecções da vesícula biliar; estimulante da vesícula biliar : coloque 5 colheres de sopa da planta toda seca e picada em 1 garrafa de vinho branco e acrescente algumas sementes de anis. Deixe em maceração por uma semana. Coe em um pano e esprema. Tome 1 cálice, 30 minutos antes das principais refeições.
Colesterol, normalizador e regularizador da taxa: coloque 3 colheres de sopa da planta toda, seca ou fresca, em 1 xícara de chá de álcool de cereais a 70% e amasse bem. Deixe em maceração por uma semana. Coe em um pano e esprema. Tome 1 colher de café, diluído em um pouco de água, 30 minutos antes das principais refeições.
Toxicologia : Seu uso interno é desaconselhado, pois pode provocar estomatite e gastrite. Evitar o contato com os olhos. Seu uso interno requer acompanhamento de profissional habilitado. Sempre foi creditado a planta efeitos tóxicos, mas as pesquisas mais recentes não confirmaram essa toxidade, em experimentos com cobaias. Também não apareceram reações inflamatórias ao contato com olhos de cobaias, mas aconselha-se evitar o contato da planta diretamente com a região ocular.
Posologia: Adultos: 2,5 a 5ml de tintura divididos em 2 doses diárias, diluídos em água em uso interno para reduzir o colesterol; 1 folha fresca macerada por 1 noite em 1 xícara de água tomada em jejum para ativar as funções hepáticas, biliares e na litíase biliar; Aplicação do látex amarelo do caule e da folha sobre verrugas e calosidades 1 vez ao dia; Extrato fluído: 1 a 2 ml 3 vezes ao dia.
Precauções: A literatura científica antiga creditava toxidade em seu uso intermo, hoje descartada, mesmo assim se aconselha acompanhamento por profissional habilitado.
Efeitos colaterais: A literatura cientifica antiga relata queimação da boca, náusea, vômitos, diarreia sanguinolenta, hematuria e torpor como efeitos colaterais derivados da toxidade da planta.
Superdosagem: Caso ocorra, além das medidas usuais para intoxicação, tratamento sintomático para vômito, cólicas e diarreia deverão ser instituídos.