quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Hera Terrestre

Há diversos arbustos conhecidos, dentre eles está a Glechoma hederacea, também chamada de Hera Terrestre.

Ficha Técnica:

  • Nome científico: Glechoma hederacea L.
  • Pertence à Família: Lamiaceae
  • Principais sinônimos usados na botânica: Nepeta glechoma Benth.
  • Demais nomenclaturas populares: lotilã-do-mato, erva-de-são-joão, lera-terrestre, Couronne de terre, Cat’s foot,  Herbe de Saint Jean, Rondette, Terrette, e Drienne.
  • Pode ser incluída nas seguintes categorias: Flores Perenes, Forrações à meia sombra, Flores, Folhagens, Forrações e Gramados.
  • Climas nos quais se desenvolve com maior facilidade: Mediterrâneo, Continental, Temperado e Subtropical.
  • Continente de Origem: Europa e Ásia
  • Altura aproximada da planta: pequena atinge até 0,4 metros, em altura média pode atingir os 0,6 metros, e, seu ponto máximo é de menos de 15 centímetros.
  • Luminosidade ideal para que haja um desenvolvimento satisfatório: Meia sombra
  • Seu tempo de vida: Perene

Informações Adicionais

A hera terrestre, também conhecida por diversos outros nomes, é uma planta herbácea, com característica rasteira, de florescimento e folhagem ornamentais. Suas folhas produzem um aroma e apresentam formação arredondada a reniformes, ou seja, com formato de rim, apresentando coloração arroxeada ou esverdeada, com pontas crenadas, e um comprido pecioladas.
Ainda há uma forma variada da planta, que possui as folhas margeadas de branco, sendo bastante comum para cultivar. Os ramos das plantas são longos, quase em formato quadrangular e apresenta áreas cobertas por uma lanugem fina. Da parte de onde provem os nós saem as raízes e os pecíolos foliares, fazendo com que a planta se espalhe pela superfície do lugar.
Essa planta apresenta flores bastante bonitas e delicadas, geralmente em formato tubular e axilar, com coloração que pode variar entre o roxo e o azul. As flores aparecem sempre na primavera. Determinadas variedades oferecem uma folhagem mais de aparência decorativa, enquanto as demais se sobressaem pelo florescimento em excesso.
Em razão de serem bastante variadas, as heras terrestres possuem um forte uso paisagístico. Elas servem tanto para cobrir os canteiros ou até mesmo os maciços que estão à meia sombra, para se transformar em verdadeiros tapetes, especialmente embaixo de arbustos e das copas das árvores. Em lugares com temperatura mais baixa, ela pode ganhar um pouco mais de luz solar, sendo uma excelente opção para ser usada em jardins rochosos, desde que tenham um pouco de umidade.
Quando a mesma é plantada diretamente em vasos, cestas pendentes ou jardineiras suspensas é capaz de formar charmosas e longas cabeleiras. Atuando tanto como pano de fundo para outras espécies de flores, tais como a boca-de-leão, o amor-perfeito, dentre outras. Entretanto, seu crescimento deve ser sempre muito bem supervisionado, já que a mesma pode fugir do controle, chegando a áreas como jardins e dentro da residência.
Apesar de ser bastante vistosa, ela é uma planta delicada e frágil, portanto, não suporta ser pisoteada. Além disso, durante o plantio é preciso que seja manuseada com bastante cuidado, bem como durante a etapa da adubação e do replantio. Para que ocorra a renovação de suas folhagens é necessário que se roce um pouco os arbustos, usando para isso lâminas bem afiadas, senão os galhos não são removidos de acordo.
Além de enfeitar os canteiros e vasos por todos os lugares, a hera terrestre é uma planta comestível, podendo ser ingerida de maneira refogada ou crua. Suas folhas proporcionam uma picante, fresca e saborosa salada. Da mesma forma, a planta serve para a infusão num chá de ervas cheio de vitamina C. Os povos saxões fazem uso da planta para aromatizar tipos de cervejas especiais e ainda vem sendo usada como uma substituta da quimosina para a fabricação de queijos artesanais.

Formas de Cultivo

A Hera Terrestre deve sempre ser cultivada à meia sombra, num solo de grande fertilidade, bem adubado, com a drenagem adequada, e ainda enriquecido com uma grande de matéria orgânica, bem como uma rega frequente, pois ela gosta de água. Essa planta tem preferência pelo clima ameno e não suporta seu solo seco. Quando se vai fazer a aplicação de fertilizantes, é importante que não se aplique aqueles que contenham o boro em sua composição, já que o mesmo apresenta toxidade para essa espécie. A planta não gosta também de muito calor, pois suas folhas e flores acabam murchando com grande rapidez. Sua multiplicação é mais eficaz quando feita através da estaquia dos ramos, mergulhia ou divisão das touceiras enraizadas.

Uso Medicinal

Composição química: colina, óleos essenciais, ácidos-fenólicos, tais como clorgênico, caféico e outros, marrubina, princípios amargos, saponina, taninos, e ainda sais de potássio.
Propriedades medicinais: antiasmática, adstringente, anticatarral, antisséptico, antitussígeno, antiespasmódico, béquico, desobstruinte do fígado, emoliente, depurativo, diurético, promove a estimulação do apetite, suave estimulante generalizado, expectorante, estomáquico, vermífugo, tônico.
Principais Indicações: diarreias, resfriado, afecções das vias respiratórias, asma, afecções do aparelho genital feminino, baço, bronquite, bexiga, cálculos, catarros gastrointestinais, doenças de bexiga e cálculos, doenças de fígado e baço, dor de ouvido, dor de dentes, espasmo, feridas, estômago, flatulências, fígado, gases, garganta, gripe, melhorar as trocas metabólicas, indigestão, perturbações dos órgãos excretores, úlcera nos rins, tosse, vermes, melhora das vias respiratórias.
Parte da planta que é utilizada: especialmente da planta florida, ramos novos e folhas.
Cuidados e Contraindicações: quando ingerido em excesso pode vir a causar irritação gástrica.
Modo de usar a planta: extrato fluido, decocção, infusão, xarope e tintura.
  • ramos floridos, chá de infusão: aproximadamente 10 g da planta para cada 1 litro de água. Ingerir até três xícaras de chá por dia;
  • ramos floridos, chá de infusão, a mesma medida acima: faz-se gargarejos para combater a inflamação de garganta;
  • o caule fresco da planta pode ser consumido em forma de suco, sopa ou salada;
  • ramos floridos, também por infusão: banhos para tratamento de doenças da pele ou feridas;
  • ramos floridos, também em forma de infusão: aproximadamente 30 g da planta em 400 ml de água quente, e aguarde até esfriar durante 15 minutos. Adoçar com açúcar ou mel. Tomar uma xícara de chá até no máximo quatro vezes ao dia;
  • Em composição com Camomila florida: cataplasma próprio para ser usado no combate de tumores e abscessos.
A hera terrestre pode ser usada nos mais variados casos, basta que se saiba a quantidade correta.