quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Pimenta-Rosa

É difícil encontrar brasileiros que não gostem de uma boa pimenta. E uma pimenta boa é aquela que proporciona um maior sabor aos alimentos, deixando os pratos muitos mais saborosos, fazendo a pessoa salivar antes de comer.
O habito de usar a pimenta nas preparações doces e salgadas já é bastante conhecido de muitos povos, como os Chineses, Mexicanos, Indianos e os Brasileiros. Para diferencias os pratos, geralmente o garçom ou vendedor perguntam se vamos querer o prato quente ou não, e esse “quente” se refere exclusivamente à pimenta que é colocada na preparação, já que a mesma irá esquentar o indivíduo, de tanto que será picante.

Aqui no Brasil temos diversas espécies de pimenta, como: malagueta, dedo-de-moça, cambari, e ainda aquelas pimentas que não apresentam tanta ardência e, por isso, são chamadas de pimentas doces, como a Pimenta-rosa, que será o assunto principal de nosso artigo.

Pimenta-Rosa

A pimenta-rosa ainda é conhecida popularmente como pimenta do Brasil, e seu nome científico é Schinus terebinthifolius Raddi, e carrega também os nomes de: aroeira-pimenteira, aroeira-vermelha, aroeirinha, pimenta brasileira ou somente aroeira. De coloração avermelhada, não apresenta um ardor característico e sim um sabor diferenciado e até adocicado.
Essa pimenta pertence à família das anacardiaceae, sendo originária em nosso país, tendo facilidade de multiplicação através de sementes ou estacas. Os frutos são drupas pequenas, de formato esférico, e avermelhado. Há relatos de que várias aves silvestres se alimentam dessa pimenta, por não ter ardência.
Se formos levar em consideração a questão da botânica, a pimenta rosa não possui parentesco nenhum com a família das pimentas comuns, que levamos à mesa. Verdadeiramente é um parente da manga, do caju e do cajá-mirim, portanto, uma fruta.
O Brasil faz a exportação dessa pimenta através do extrativismo e beneficiada, especialmente contando para isso com os estados do Espírito Santo, Bahia, e Rio de Janeiro.
Ela possui muito pouco de picante em seu sabor, que é quase que tomado por seu doce, e por essa combinação maravilhosa é totalmente apropriada para fabricação de molhos que são muito saborosos e que acompanham peixes, aves e demais carnes brancas. Essa pimenta é bastante apreciada na culinária internacional e nacional, sendo incluída diretamente nos pratos preparados. Alem disso, por suas particularidades, tem crescido grandemente sua utilização na indústria de cosméticos.
De acordo com culinaristas, o uso principal é numa composição com a pimenta do reino já desidratada, para aumentar ainda mais o sabor dos pratos. Outro uso da pimenta na culinária está voltado para a fabricação de sorvetes, geleias e chocolates.

O Cultivo da Pimenta-Rosa

É uma planta originária do Brasil cuja área comum de desenvolvimento é a Mata Atlântica, matas de baixada, e restingas do Estado do Rio de Janeiro. Dá frutos de maneira bastante abundante, especialmente nos meses que vão desde março até maio, cujos frutos são muito apreciados por diversas aves. Sua árvore possui porte pequeno, galhos longos e finos e folhas espaçadas.
Esta árvore pode ser usada como ornamento, especialmente por apresentar frutos de cor vermelha intensa, todos comestíveis e muito saborosos. Ocorre que essa árvore não é muito frequente nos projetos paisagistas, ainda que se encaixe de maneira bastante dócil em jardins tropicais e ainda aqueles que levam o estilo japonês.
Essa pimenta pode ser cultivada em diversos lugares, pois não ocupa muito espaço, sendo possível tê-la até mesmo numa sacada de apartamento, desde que a mesma receba sol o por muitas horas do dia e de forma direta. A árvore valoriza bastante o ambiente pelo contraste obtido através da cor vermelha do fruto em contrapartida às das folhas.

Dicas Para Cultivar a Pimenta-Rosa no Brasil:

  • Cultive essa espécie de pimenta sob o sol pleno, num solo que esteja repleto de matéria orgânica.
  • A rega dessa planta deve ser feita somente 01 vez durante a semana.
  • A adubação da mesma deve ser feita através do uso do fertilizante mineral NPK 04-14-08.
  • É necessário que se faça uma poda, desde que seja nos meses que compreendem maio a agosto.
  • O plantio pode ser feito de diversas formas e a planta se desenvolve muito bem em qualquer uma delas, tanto a partir de estacas, sementes, e alporquias.

Opção na Agricultura

O cultivo da pimenta-rosa tem aparecido como uma excelente opção para diversas regiões, dentre elas aquelas que possuem solos arenosos, e que têm baixa fertilidade, já que a planta não necessita de muita coisa para se desenvolver desde que tenha bastante adubo, sol intenso e rega acertada.
O negócio que tem como base a Pimenta-rosa tem se mostrado bastante lucrativo, já que o mercado, tanto o externo quanto o interno, possuem grande aceitação do produto e o manejo com o mesmo não despende de grandes incentivos.
Um pé já adulto de pimenta-rosa, de uma árvore que já tem seus três anos, chega a produzir aproximadamente oito quilos da pimenta, e que pode render muito no mercado. O único problema que o cultivo dessa espécie de pimenta enfrenta é o ataque feito pelos insetos que costumam se alimentar da mesma, nesse quesito há de se haver um controle mais intensivo.
Por isso, o produtor deve estar sempre atento e treinado para combater a essa e outras pragas que possam surgir, não deixando a hora certa passar, para não correr o risco de perder grande parte da produção. Também é necessário que a adubação e a correção do solo seja feita com uma frequência adequada, para que os frutos sejam sempre saudáveis e tenham o tamanho certo, pois assim sua aceitação no mercado será sempre positiva.
Agora, a quem pretende de fato investir no plantio e cultivo da pimenta-rosa, o melhor é que seja feito um estudo aprofundado de mercado e ainda um planejamento de maneira eficiente, pesando os prós e os contras da atividade, antes de partir para o plantio de uma vez por todas.
Também é importante que se faça um consulta com um agrônomo que irá tirar todas as dúvidas que possam surgir quanto ao manejo dessa planta, bem como o tempo para desenvolvimento e produção, além de outras situações que possam ter importância.