quarta-feira, 11 de abril de 2018

CEBOLA WHITE CREOLE

Cebola White CreoleCebola Branca, variedade Baia Creole, da espécie Allium cepa, sabor atrativo, específico para conserva;

A Cebola White Creole é ideal para a fabricação de cebola em conserva, para este método o cilclo leva em torno de 110 dias.


A cebola é uma hortaliça indispensável na culinária de quase todos os povos do mundo. Muito versátil, a cebola é utilizadas nos mais variados pratos; 

A cebola, além de oferecer sabor aos pratos, previne doenças estomacais, cânceres, infecções, micoses, diminuição do nível de glicose no sangue, proteção contra a arteriosclerose, entre muitos outros benefícios.

Cultivo comercial (sem variedade específica) segundo : Embrapa Hortaliças:

Fases de crescimento:

Em boas condições de umidade, a velocidade de germinação das sementes de cebola aumenta linearmente com a elevação da temperatura na faixa de 5 a 25oC, tendo como faixa ótima de 11 a 25oC. Nesta faixa de temperatura, a porcentagem de germinação é máxima, assim como aumentam linearmente a taxa de crescimento da planta toda e a área foliar.
Após a emergência, há um período de crescimento lento até aproximadamente 75 dias após a semeadura, seguido de outro de crescimento rápido, controlado principalmente pela temperatura. Finalmente, ocorre a fase de desenvolvimento de bulbos, quando a planta cessa a emissão de folhas, a taxa de crescimento das folhas decresce, as bainhas foliares do bulbo entumescem para formar o tecido de armazenamento. Esta fase de bulbificação é controlada principalmente pelo fotoperíodo e temperaura e ocorre um alongamento da região do pseudocaule.

Épocas de plantio:
Considera-se como época ideal para o plantio, os meses de março a junho. Com o plantio neste período, a cultura se desenvolve durante época de temperaturas mais amenas, especialmente as noturnas, e menos chuvosas, favorecendo o desenvolvimento das plantas e facilitando o controle de doenças. Entretanto, em algumas regiões da Bahia e de Pernambuco, o plantio pode ser realizado durante o ano todo.
Nas regiões com latitudes maiores, como nos estados do Sul do Brasil, os meses de junho/julho são os melhores para a semeadura da cebola, principalmente em termos de bulbificação. Plantando-se nesta época, o crescimento ocorre sob condições adequadas de pluviosidade, de temperatura em elevação e fotoperíodo crescente.
Nas regiões Centro Oeste, Sudeste e Nordeste, os melhores meses para a semeadura são março/abril, exceto no sistema de bulbinhos, utilizado principalmente em São Paulo, no qual a semeadura para obtenção dos mesmos ocorre de junho a julho, com o plantio dos bulbinhos ocorrendo de janeiro a fevereiro do ano seguinte. Como de abril a setembro, as médias pluviométricas são muito baixas nestas regiões, faz-se necessário o uso de irrigação.
Com a disponibilização de novas cultivares, o plantio de verão tornou-se uma opção de época de cultivo na maioria das regiões tradicionais de cultivo, com o objetivo de complementar ou substituir o sistema de cultivo por bulbinhos, eliminando a necessidade de se realizar dois cultivos e o armazenamento de bulbinhos para se obter produção comercial em maio/junho. A semeadura é realizada de novembro e dezembro nas regiões Sudeste e Centro Oeste e a colheita se dá na mesma época em que se colhe a cebola do sistema de bulbinhos, em maio-junho. Na região Nordeste, a semeadura das cultivares de verão ocorre de julho a novembro, tornando-se possível dois cultivos no mesmo ano agrícola.
Métodos de implantação da cultura
Semeio no local definitivo (semeadura direta)
Este método é utilizado no Brasil, principalmente por médios e grandes produtores, que normalmente dispõem de sistema de irrigação por aspersão do tipo pivô-central, situados nas regiões ceboleiras do Alto Paranaíba em Minas Gerais; Noroeste e Norte de Minas Gerais; São José do Rio Pardo e Altinópolis em São Paulo; Regiões Planalto e Estrada de Ferro em Goiás e Chapada Diamantina na Bahia. A estimativa de plantio por este sistema no Brasil é de cerca de 3.500 ha anuais.
A semeadura é realizada mecanicamente utilizando-se semeadoras convencionais ou a vácuo, com taxas de semeadura entre 3 e 6 kg por hectare. As semeadoras a vácuo fazem a semeadura com maior precisão e utilizando menor quantidade de sementes que as convencionais, em torno de 3 kg por hectare. A maioria dos produtores realizam a semeadura de março a abril, em canteiros com 1,2 m de largura no topo e 15 a 20 cm de altura. Mais recentemente, está sendo testado o plantio sem canteiros, de modo a aumentar o número de plantas por área, pela eliminação das ruas entre canteiros. Isso, porém, pode trazer problemas fitossanitários em épocas ou locais sujeitos ao encharcamento.
A semeadura é feita em linhas simples ou duplas, conforme a máquina empregada, a 1,0–1,5 cm de profundidade. São dispostas de 20 a 30 sementes por metro em cada linha, observando-se tendência de aumento do número de plantas, havendo casos de utilização de até 60 sementes por metro linear. Os bulbos de cebola apresentam grande capacidade de arranjo espacial em altas densidades na linha de plantio. Observa-se que bulbos aparentemente deformados no campo, por vezes até triangulares, em função do adensamento de plantas, tendem a se arredondar no processo de cura, reduzindo estas deformações.
Em alguns casos, a semeadura é realizada diretamente na superfície do solo, sem utilização de canteiros. Para isso, o solo deve ser bem preparado e apresentar boa drenagem.
O método de semeadura direta permite atingir altas populações finais, por vezes superiores a um milhão de plantas por hectare, assim como altas produtividades médias, superiores a 80 t.ha-1.

Transplante de mudas:

Este método de propagação é o mais utilizado no Brasil. Permite seleção de mudas vigorosas e sadias, o que viabiliza a produção de bulbos mais uniformes em formato e tamanho. O consumo de água de irrigação durante o período de formação de mudas é reduzido, em comparação com a semeadura direta. É um sistema que necessita de muita mão-de-obra. Na escolha do local da sementeira deve-se dar preferência por local ensolarado de manhã e sombreado à tarde, com disponibilidade de água de boa qualidade, de fácil acesso e, na medida do possível, estar próximo do local definitivo de plantio.
Para a produção de mudas, são formados canteiros com 15 a 20 cm de altura, com 1 m de largura no topo e comprimento variável, adubados com adubo orgânico e químico, corrigidos para pH 6,0 a 6,5 e adubados segundo análise de solo.
A semeadura nos canteiros da sementeira pode ser realizada em sulcos ou a lanço. Os sulcos podem ser feitos longitudinais ou transversais aos canteiros, na profundidade de 1 a 1,5 cm, espaçados de 10 cm entre si.
A quantidade de sementes por metro linear de sulco varia de 80 a 115 unidades, gastando-se 2 a 3 g de sementes por metro quadrado de canteiro. Na semeadura a lanço, as sementes são distribuídas na superfície dos canteiros e cobertas com camada de 1 a 1,5 cm de solo e serragem de madeira curtida.
Em média, cada metro quadrado de sementeira fornece mudas para o transplante de 10 m2 no campo. O índice de aproveitamento de mudas varia de 55 a 75%. Para a formação de mudas para um hectare são necessários 2 a 3 kg de sementes.
É recomendável a cobertura dos canteiros da sementeira com fina camada de palha de arroz ou capim seco até o início da emergência das plântulas, quando o material é retirado. O procedimento visa obter maior retenção de umidade na superfície durante o período da semeadura à germinação.
Durante o crescimento das mudas, os canteiros devem ser limpos por meio de capinas manuais ou químicas e efetuar adubação de cobertura, segundo recomendação.
As mudas são transplantadas quando apresentam o pseudocaule com diâmetro entre 4-8 mm ou 3-4 folhas. Nesta fase as mudas estarão com idade entre 40 e 70 dias, dependendo da cultivar e época do ano. Selecionam-se as mudas mais vigorosas e o transplante é realizado em canteiros ou diretamente para sulcos abertos no nível do solo, sem a utilização de canteiros. No transplante em canteiros de 1 m de largura e comprimento variável, são abertos sulcos longitudinais espaçados de 20 cm, cabendo 5 linhas por canteiro. A profundidade de plantio das mudas é de 5 cm e o espaço entre mudas varia de 5 a 10 cm.
O transplante para sulcos, sem utilização de canteiros, é feito em algumas regiões ceboleiras do estado de São Paulo. O preparo e nivelamento do solo é realizado e são abertos sulcos em nível, distanciados de 40 cm. As mudas são transplantadas na distância de 6 cm no sulco. Desta forma, um hectare comporta 416 mil plantas. Este sistema só é utilizado em época de seca, usando-se irrigação por aspersão, ou sob plantio direto na palha.
Nos últimos anos, vem se testando em algumas regiões a utilização de bandejas de poliestireno expandido (isopor), com 288 ou 450 células. A viabilidade econômica desta tecnologia deve considerar as realidades locais, tais como o estande tradicionalmente usado, a existência de viveiristas e o custo de produção de mudas na região, além da expectativa de preços no mercado de cebola. Como vantagens, tem-se a praticidade, o melhor aproveitamento de sementes e a redução dos problemas fitossanitários, em função da produção de mudas utilizar substrato desinfestado e não solo como nos canteiros. Como desvantagem, o custo de produção de mudas é, geralmente, maior. Vem se utilizando por hectare cerca de 550 bandejas com 288 células. É comum o uso de 2 a 4 plantas por célula, lembrando que os bulbos apresentam uma grande capacidade de arranjo espacial. O transplantio é feito aos 35-40 dias, não podendo atrasar em função do esgotamento do substrato e da elevação no custo de produção de mudas, pela manutenção dessas no viveiro.
Cultivo por bulbinhos
O objetivo de propagação por este sistema é a obtenção de colheita precoce em relação aos outros sistemas de produção. Consiste de duas etapas: a formação de bulbinhos em uma época e o plantio dos bulbinhos para obtenção da produção comerciável em outra. O método baseia-se na semeadura adensada em época de fotoperíodo crescente e portanto, favorável à bulbificação precoce dos bulbos. Além disso, a grande competição por luz e nutrientes em altas densidades de plantas propiciam a formação de bulbos pequenos.
A produção de bulbinhos é feita com a semeadura em canteiros, em linhas espaçadas de 10 cm, na profundidade de 1 a 1,5 cm, e a taxa de semeadura vai de 2 a 4 g de sementes por m2 de canteiro. São necessários 1 a 2 kg de sementes para obtenção de 1.500 a 1.800 kg, suficientes para o plantio de um hectare. A área a ser semeada para produção de bulbinhos para 1 ha é de 800m2. A semeadura também poderá ser realizada a lanço na superfície dos canteiros.
A colheita é realizada de outubro a novembro, da mesma forma que no sistema de produção de bulbos comerciais, quando houver o estalamento de cerca de 40 a 50% das plantas. Faz-se o arranquio espalhando-se as plantas sobre os canteiros, de maneira que as folhas das plantas posteriores cubram os bulbinhos das anteriores, evitando sua queima pelo sol. Este processo, chamado de cura de campo, é completado com a cura de galpão, onde as plantas são armazenadas em galpão ventilado por mais uns quinze dias. As plantas são armazenadas desta forma até a véspera do plantio, em fevereiro, quando se efetua a limpeza das raízes e da parte aérea. Os bulbinhos são então plantados no campo, em canteiros ou em sulcos, nos mesmos espaçamentos utilizados no sistema de transplantio de mudas. A colheita ocorre de maio a junho.

Cultivo por bulbos de soqueira:

O sistema utiliza os bulbos oriundos de culturas comerciais, semeadas em março – junho e colhidos em setembro - outubro, os quais não atingiram o diâmetro das classes comerciais ou que não alcançaram boa cotação. O plantio dos bulbos armazenados ocorre de janeiro a fevereiro e o sistema de plantio é o mesmo utilizado no sistema de bulbinhos. A colheita ocorre de maio a junho. Quando se utilizam bulbos de maior diâmetro, há maior incidência de perfilhamento e a produção de bulbos múltiplos com tamanho e aspecto comercial inferior.

Sistemas de plantio direto:

O plantio direto ou cultivo mínimo de cebola pode ser feito pelo método de cultivo por mudas ou de semeadura direta.
Para o transplante de mudas, utiliza-se para o sulcamento rotocultivadores adaptados ou, em áreas menores, o microtrator de rabiças com enxada rotativa adaptada. Nos dois casos, a adaptação consiste na retirada de jogos de facas, deixando-se somente alguns no espaçamento desejado entre linhas. A curvatura das facas é reduzida, ou mesmo eliminada conforme a cobertura morta, o tipo de solo e a largura desejada das linhas de plantio. Um anteparo atrás de cada um dos jogos de facas deposita o solo removido sobre as linhas de plantio. Essas possuem, aproximadamente, 5 a 10 cm de largura por 5 a 10 cm de profundidade. A adubação pode ser feita concomitantemente ao sulcamento. O espaçamento entre linhas utilizado é de 40-45 cm e o espaçamento entre plantas é de, aproximadamente, 5 a 6 cm, proporcionando uma população final em torno de 400 a 500 mil plantas por hectare.
O semeio no local definitivo sobre palhada vem sendo testado com sucesso em algumas regiões, especialmente em São José do Rio Pardo, SP, pelo uso de semeadoras a vácuo com mecanismos de corte da palhada. O espaçamento entre linhas de plantio é de 40 a 45 cm e o número de sementes por metro linear utilizado varia de 30 a 60, resultando em uma população de 800 a 1.300 mil plantas por ha na semeadura e 650 a 900 mil plantas por ha na colheita. As dificuldades mecânicas com relação a obter uma eficiente distribuição de sementes em função da maior irregularidade da superfície que não foi revolvida e da presença de grande volume de resíduos culturais sobre o solo vem sendo solucionadas pelo desenvolvimento e adaptação das plantadoras. Predomina o uso do milho como planta fornecedora de palhada para o cultivo mínimo da cebola. Porém, mesmo após sua trituração, é difícil a operação da semeadora sobre palhada de milho. Alguns produtores, para minimizar este problema, tem efetuado uma leve gradagem niveladora, incorporando parcial e superficialmente a palhada, facilitando a operação da máquina. Todavia, esta prática quebra parcialmente o sistema, desestruturando o solo superficialmente, além de acelerar a decomposição da palhada. A utilização de planta de cobertura que forneça palhada mais fina como o milheto ou a aveia pode melhorar o sistema, devendo-se avaliar sua viabilidade econômica considerando as realidades locais.
Particularmente para cultivos de verão, o semeio no local definitivo sobre a palhada pode proporcionar incrementos produtivos quando comparado ao sistema convencional com o semeio em solo descoberto, em função do enorme efeito maléfico causado pelas fortes chuvas que ocorrem nesta época no estágio inicial de desenvolvimento da cultura.

Fonte: Embrapa Hortaliças.
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Resumo Cultivo Cebola White Creole:

Deve ser cultivada sob sol pleno em solo fértil, bem preparado, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente.

O ciclo é de aproximadamente 150 dias. No plantio, deve ser observado espaçamento de 30 c m x 10 cm. 
-Número de plantas por hectare: 330.000 plantas
-Necessidade de kg/ha: 2.5kg
-Número de sementes/ha: 9000

    
   

Imagens de Cultivo: Isla